Uma das mais antigas doenças
infecciosas que se tem conhecimento no mundo, a tuberculose continua chamando a
atenção de autoridades médicas brasileiras. A enfermidade, que causou inúmeras
mortes nos dois últimos séculos no País, ainda é motivo de preocupação. “O
transmissor da doença está presente no ar. Por isso, em condições de moradia e
nutrição não favoráveis, a tendência de surgimento da tuberculose é maior”,
salienta a pneumologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Dra.
Denise Onodera.
“É importante que a população
saiba que a bactéria se prolifera mais facilmente em ambientes mal ventilados e
em que há aglomeração de pessoas”, afirma a médica. A tuberculose pode ser
transmitida de uma pessoa a outra, mesmo em ambientes limpos e bem ventilados.
“A doença pode acometer a todas as classes sociais, não apenas em comunidades
menos favorecidas”, ressalta Denise.
A doença, transmitida pelo
mycobacterium tuberculosis, o bacilo de Koch, também se aproveita da baixa
imunidade no organismo. A bactéria entra pelas vias respiratórias, podendo se
desenvolver ou permanecer “encapsulada” no pulmão. “Muitas vezes, o indivíduo é
infectado, mas, como goza de boa saúde, não há chances de a doença se
desenvolver e pode permanecer assim por vários anos”, esclarece a
especialista.
Segundo registros do Ministério da Saúde, são notificados cerca de 70 mil novos casos todos os anos no território nacional e 4,6 mil mortes em decorrência da doença. Mundialmente, o Brasil ocupa a 17ª posição entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos no mundo.
Segundo registros do Ministério da Saúde, são notificados cerca de 70 mil novos casos todos os anos no território nacional e 4,6 mil mortes em decorrência da doença. Mundialmente, o Brasil ocupa a 17ª posição entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos no mundo.
A tuberculose tem cura. Por
isso, é preciso ficar atento aos sintomas. Aos sinais de tosse por mais de três
ou quatro semanas, febre baixa, perda do apetite e falta de ar deve-se procurar
um pneumologista. “A cura é possível, mas é necessário que o paciente siga a
recomendação médica e, aqueles que são bacilíferos, ou seja, contenham o bacilo
no escarro, se mantenham isolados durante os primeiros 15 ou 20 dias de
tratamento”, esclarece Dra. Denise.
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