Saúde intensificou inspeções
domiciliares
O acondicionamento inadequado
de água no Distrito Federal tem gerado novos focos do mosquito Aedes aegypti,
transmissor da dengue, da febre amarela, da chikungunya e da zika. Segundo o
Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta
semana, reservatórios como tonéis, tambores e barris são atualmente os
principais focos de criadouro, já que aumentaram de 16% para 38%, quando
comparados os períodos de fevereiro de 2017 com dezembro de 2016.
Desde o início da edição do
boletim informativo, em 2012, essa é a primeira vez que se verifica no
Distrito Federal a predominância de larvas nesses depósitos, classificados como
tipo A2, que incluem também recipientes de barro (moringas, potes), cisternas e
caixas d'água não só nas residências, mas em obras e horticultura. Com isso, a
maior parte das larvas de Aedes aegypti estavam em quintais e jardins de
residências, muito próximas aos moradores.
O diretor de Vigilância
Ambiental em Saúde, Denílson Ferreira de Magalhães, explicou que apesar de
LIRAa mostrar Índice de Infestação Predial (IIP) satisfatório no DF (0,9%), o
deposito inadequado de água tem gerados preocupação sobre a Fercal, que
apresentou Risco de Epidemia com IIP em 6,47%. O relatório também apontou, no
Recanto das Emas, uma porção do território com mesma classificação, já que a
taxa ficou em 4,23%.
"Temos 30% das nossas
regiões administrativas com positividade de criadouros nesses recipientes que a
população tem utilizado para acumular água", explicou o diretor de
Vigilância Ambiental em Saúde, Denílson Ferreira de Magalhães. Ele esclarece
que a classificação do Ministério da Saúde é satisfatória para índices menores
que 1%, de alerta para taxas entre 1% e menor que 3,9% e de risco de surto para
números acima de 3,9%.
Realizada entre os dias 20 a
24 de fevereiro, a pesquisa demonstra que outras 13 localidades apresentam IIP
de alerta, entre elas a Lago Norte (2,03%), Park Way (2,71%), Gama (1,48%),
Itapoã (1,24%) e Lago Norte (2,03%). Outras 17 têm IIP satisfatório. É o caso
de Ceilândia (0,22%), Jardim Botânico (0,98¨%) e Lago Sul (0,90%).
DADOS – Apesar
da situação de água armazenada inadequadamente em residências, o número de
casos prováveis de dengue diminuiu em relação ao ano passado. A redução é de
91,22%. Foram 630 registros de residentes na capital até 27 de março, enquanto
no mesmo período de 2016 totalizavam 10.987 notificações.
A situação é semelhante ao se
verificar casos prováveis de chikungunya e zika, com redução de 84% e 88%,
respectivamente.
PREVENÇÃO – A
Subsecretaria de Vigilância em Saúde intensificou as inspeções domiciliares nas
31 Regiões Administrativas do DF. O trabalho é realizado por agentes de
Vigilância Ambiental em Saúde, com o apoio e participação do Corpo de Bombeiros
Militar do DF, desde outubro de 2016. Além disso, foram realizadas ações de
educação em saúde e de manejo ambiental, monitoramento epidemiológica e lançada
a Campanha Sexta sem Mosquito, quando todos os prédios públicos localizados no
Eixo Monumental foram inspecionados.
INSPECIONE – A
principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
é manter monitoramento constante nas residências, sempre buscando evitar água
parada e a proliferação do mosquito. É necessário manter caixas d'água, tonéis
e barris de água tampados, fechar bem os sacos plásticos com lixo, manter
garrafas de vidro ou plástico sempre com a boca para baixo e encher os
pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda. Também é preciso limpar as
calhas com frequência, evitando que galhos e folhas impeçam a passagem da água.
Em caso de identificação de
focos do mosquito, os moradores podem acionar a Vigilância Ambiental pelo
telefone 160 para que as equipes intensifiquem o trabalho no local.
Confira aqui a pesquisa completa.
Ailane Silva, Agência Saúde
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