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sexta-feira, 7 de abril de 2017

Armazenamento inadequado de água aumenta infestação do Aedes no DF

Saúde intensificou inspeções domiciliares

O acondicionamento inadequado de água no Distrito Federal tem gerado novos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre amarela, da chikungunya e da zika. Segundo o Levantamento Rápido de Índice para o Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta semana, reservatórios como tonéis, tambores e barris são atualmente os principais focos de criadouro, já que aumentaram de 16% para 38%, quando comparados os períodos de fevereiro de 2017 com dezembro de 2016.

Desde o início da edição do boletim informativo, em 2012, essa é a primeira vez que se verifica no Distrito Federal a predominância de larvas nesses depósitos, classificados como tipo A2, que incluem também recipientes de barro (moringas, potes), cisternas e caixas d'água não só nas residências, mas em obras e horticultura. Com isso, a maior parte das larvas de Aedes aegypti estavam em quintais e jardins de residências, muito próximas aos moradores.

O diretor de Vigilância Ambiental em Saúde, Denílson Ferreira de Magalhães, explicou que apesar de LIRAa mostrar Índice de Infestação Predial (IIP) satisfatório no DF (0,9%), o deposito inadequado de água tem gerados preocupação sobre a Fercal, que apresentou Risco de Epidemia com IIP em 6,47%. O relatório também apontou, no Recanto das Emas, uma porção do território com mesma classificação, já que a taxa ficou em 4,23%.

"Temos 30% das nossas regiões administrativas com positividade de criadouros nesses recipientes que a população tem utilizado para acumular água", explicou o diretor de Vigilância Ambiental em Saúde, Denílson Ferreira de Magalhães. Ele esclarece que a classificação do Ministério da Saúde é satisfatória para índices menores que 1%, de alerta para taxas entre 1% e menor que 3,9% e de risco de surto para números acima de 3,9%.

Realizada entre os dias 20 a 24 de fevereiro, a pesquisa demonstra que outras 13 localidades apresentam IIP de alerta, entre elas a Lago Norte (2,03%), Park Way (2,71%), Gama (1,48%), Itapoã (1,24%) e Lago Norte (2,03%). Outras 17 têm IIP satisfatório. É o caso de Ceilândia (0,22%), Jardim Botânico (0,98¨%) e Lago Sul (0,90%).

DADOS – Apesar da situação de água armazenada inadequadamente em residências, o número de casos prováveis de dengue diminuiu em relação ao ano passado. A redução é de 91,22%. Foram 630 registros de residentes na capital até 27 de março, enquanto no mesmo período de 2016 totalizavam 10.987 notificações.

A situação é semelhante ao se verificar casos prováveis de chikungunya e zika, com redução de 84% e 88%, respectivamente.

PREVENÇÃO – A Subsecretaria de Vigilância em Saúde intensificou as inspeções domiciliares nas 31 Regiões Administrativas do DF. O trabalho é realizado por agentes de Vigilância Ambiental em Saúde, com o apoio e participação do Corpo de Bombeiros Militar do DF, desde outubro de 2016. Além disso, foram realizadas ações de educação em saúde e de manejo ambiental, monitoramento epidemiológica e lançada a Campanha Sexta sem Mosquito, quando todos os prédios públicos localizados no Eixo Monumental foram inspecionados.

INSPECIONE – A principal forma de se prevenir contra as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é manter monitoramento constante nas residências, sempre buscando evitar água parada e a proliferação do mosquito. É necessário manter caixas d'água, tonéis e barris de água tampados, fechar bem os sacos plásticos com lixo, manter garrafas de vidro ou plástico sempre com a boca para baixo e encher os pratinhos ou vasos de planta com areia até a borda. Também é preciso limpar as calhas com frequência, evitando que galhos e folhas impeçam a passagem da água.

Em caso de identificação de focos do mosquito, os moradores podem acionar a Vigilância Ambiental pelo telefone 160 para que as equipes intensifiquem o trabalho no local.

Confira aqui a pesquisa completa.

  Ailane Silva, Agência Saúde


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