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sábado, 8 de abril de 2017

Ribociclibe - Novartis, recebe aprovação do FDA como tratamento de primeira linha para câncer de mama metastático HR+/HER2- em combinação com inibidor de aromatase

A aprovação foi baseada nos resultados preliminares de um estudo clínico de Fase III que atingiu o desfecho primário de sobrevida livre de progressão devido a sua eficácia superior em comparação à monoterapia com letrozol¹

Os dados preliminares mostraram que o tratamento com ribociclibe em combinação com letrozol reduziu em 44% o risco de progressão ou morte em comparação à monoterapia com letrozol, além de redução da carga tumoral com taxa de resposta global de 53%.

A combinação de ribociclibe e letrozol mostrou benefícios em todos os subgrupos de pacientes, independentemente da carga tumoral ou localização do tumor.

Em análise subsequente, observou-se uma sobrevida livre de progressão média de 25,3 meses para a combinação de ribociclibe e letrozol, em comparação a 16 meses para a monoterapia com letrozol.

O FDA, agência regulatória americana, aprovou o uso de ribociclibe (anteriormente conhecido como LEE011) em combinação com inibidor de aromatase como tratamento de primeira linha para tratamento de mulheres pós-menopáusicas com câncer de mama avançado ou metastático HR+/HER2-.

Ribociclibe é um inibidor da proteína CDK4/6, aprovado com base em um estudo clínico de Fase III que atingiu seu desfecho primário precocemente, demonstrando melhora significativa na sobrevida livre de progressão em comparação à monoterapia com letrozol¹. Após revisão, ribociclibe foi classificado como terapia revolucionária.

"Ribociclibe é uma representação emblemática da inovação perseguida pela Novartis para o tratamento de pessoas com câncer de mama metastático HR+/HER2", afirma Bruno Strigini, CEO global da Novartis Oncologia. "A companhia se orgulha do abrangente estudo clínico desenhado para ribociclibe e dos resultados que levaram à sua aprovação, pois hoje ele representa uma nova esperança para as pessoas com câncer de mama metastático e suas famílias”.

A aprovação do FDA baseou-se na eficácia superior e na segurança demonstradas no estudo pivotal de Fase III MONALEESA-2, que avaliou o uso da combinação ribociclibe e letrozol em comparação à monoterapia com letrozol. O estudo considerou 668 mulheres pós-menopáusicas com câncer de mama avançado ou metastático HR+/HER2 que não receberam nenhuma terapia sistêmica prévia e mostrou que ribociclibe, em combinação a um inibidor da aromatase (letrozol) reduziu o risco de progressão ou morte em 44% (IC 95%: 19,3 meses - não atingido) versus 14,7 meses (IC 95%: 13,0-16,5 meses), HR = 0,556 (IC 95%: 0,429-0,720), p <0,0001)¹.

Mais da metade dos pacientes tratados com a combinação ribociclibe e letrozol mostrou sobrevida livre de progressão no momento da análise interina – porém a SLP (sobrevida livre de progressão) mediana não pôde ser determinada. Em análise subsequente, com eventos adicionais de acompanhamento e progressão durante 11 meses, observou-se uma sobrevida livre de progressão média de 25,3 meses para a combinação de ribociclibe e letrozol, em comparação a 16 meses para a monoterapia com letrozol². Os dados gerais de sobrevida ainda não estão consolidados e estarão disponíveis posteriormente.

“No estudo MONALEESA-2, a combinação ribociclibe e letrozol reduziu em 44% o risco de progressão da doença ou morte em comparação à monoterapia com letrozol, e mais da metade dos pacientes (53%) com doença mensurável tratada com a combinação experimentou uma redução de, pelo menos, 30% da carga tumoral. É um resultado significativo para as mulheres com esse tipo grave de câncer de mama", afirma Gabriel N. Hortobagyi, Professor de Medicina na Universidade do Texas/ MD Anderson Cancer Center e investigador principal do MONALEESA-2. "Esses resultados afirmam que a terapia combinada com um inibidor CDK4/6, como ribociclibe e um inibidor de aromatase, deve ser um novo padrão de cuidados para o tratamento inicial de câncer de mama avançado ou metastático HR+".

Ribociclibe pode ser administrado com ou sem alimentos, em uma dose oral diária de 600 mg (três comprimidos de 200 mg) durante três semanas, seguida de uma semana sem medicação. ribociclibe é prescrito em associação qualquer inibidor de aromatase¹ por quatro semanas.

O câncer de mama é o segundo câncer mais comum em mulheres americanas³. A Sociedade Americana do Câncer estima que mais de 250.000 mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama invasivo em 2017³. Estima-se que até um terço dos pacientes com câncer de mama em estágio inicial cheguem à fase metastática.4
As informações completas de prescrição para ribociclibe estão disponíveis em:

Sobre ribociclibe
Ribociclibe é um inibidor de quinase ciclina-dependente, uma classe de fármacos que ajuda a retardar a progressão do câncer por meio da inibição de duas proteínas chamadas cininas 4 e 6 ciclina-dependentes (CDK4 /6). Essas proteínas, quando ativadas em excesso, possibilita que as células cancerígenas cresçam e se dividam muito rapidamente. Ao ter como alvo a CDK4/6 com precisão aprimorada, a molécula pode desempenhar o papel de evitar que as células cancerosas continuem a se replicar incontrolavelmente. Ribociclibe foi desenvolvido pela Novartis Institutes for BioMedical Research (NIBR) em parceria com a farmacêutica Astex.

Sobre Pesquisa Clínica MONALEESA
Novartis continua avaliando ribociclibe por meio do robusto programa de pesquisas clínicas MONALEESA, composto por duas pesquisas adicionais em Fase III: MONALEESA-3 e MONALEESA-7, que avaliam o medicamento em combinações com terapia endócrina múltipla em ampla gama de pacientes, incluindo mulheres pré-menopáusicas. MONALEESA-3 está avaliando ribociclibe em combinação com fulvestranto em comparação com fulvestranto sozinho em mulheres pós-menopáusicas com HR+/HER2- câncer de mama avançado que não receberam nenhum ou um máximo de uma terapia endócrina prévia. MONALEESA-7 está investigando ribociclibe em combinação com terapia endócrina e goserelina em comparação com a terapia endócrina e goserelina sozinha em mulheres pré-menopáusicas com câncer de mama avançado HR+/HER2 que não receberam terapia endócrina previamente.

Informações de Segurança
Ribociclibe pode causar um problema cardíaco conhecido como prolongamento do intervalo QT. Esta condição pode causar batimento cardíaco anormal, podendo levar à morte. Os pacientes devem informar imediatamente ao seu médico caso percebam qualquer alteração nos batimentos cardíacos (rápidos ou irregulares) ou se sentirem tontura ou fraqueza. Ribociclibe pode causar sérios problemas hepáticos. Os pacientes devem informar ao seu médico imediatamente se apresentarem algum dos seguintes sintomas: amarelecimento da pele ou dos olhos (icterícia), urina escura ou castanha (cor do chá), sensação de cansaço, perda de apetite, dor no lado superior direito da área do estômago (abdômen), sangramento ou aparecimento de hematomas mais facilmente do que o normal. A baixa contagem de glóbulos brancos é muito comum quando se toma ribociclibe e pode resultar em infecções que podem ser graves. Os pacientes devem informar ao seu médico imediatamente caso apresentem contagem de glóbulos brancos baixos ou infecções como febre e calafrios. Antes de tomar ribociclibe os pacientes devem informar ao seu médico se estiverem grávidas ou pretendem engravidar, uma vez que ribociclibe pode prejudicar o feto. As mulheres que são capazes de engravidar e que tomam ribociclibe devem usar método contraceptivo eficaz durante o tratamento e pelo menos 3 semanas após a última dose de ribociclibe Não amamente durante o tratamento com ribociclibe e durante pelo menos 3 semanas após a última dose de ribociclibe Os pacientes devem informar ao seu médico sobre todos os medicamentos que tomam, incluindo medicamentos de prescrição, vitaminas e suplementos de ervas, uma vez que podem interagir com ribociclibe Devem ainda evitar romã ou suco da fruta e toranja ou suco de toranja enquanto estiver tomando ribociclibe Os efeitos colaterais mais frequentes (incidência ≥ 20%) de ribociclibe quando utilizados com letrozol incluem diminuição da contagem de glóbulos brancos, náuseas, cansaço, diarreia, queda de cabelo ou perda de cabelo, vômitos, constipação, dor de cabeça e dor nas costas. Os efeitos colaterais de grau 3/4 mais comuns (incidência > 2%) foram neutrófilos baixos, leucócitos baixos, testes de função hepática anormais, linfócitos baixos e vômitos. Anormalidades foram observadas em testes laboratoriais de hematologia e química clínica.

Escrito por  Caroline Ferreira, Publicado no www.segs.com.br em Saúde


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