A aprovação foi baseada nos
resultados preliminares de um estudo clínico de Fase III que atingiu o desfecho
primário de sobrevida livre de progressão devido a sua eficácia superior em
comparação à monoterapia com letrozol¹
Os dados preliminares
mostraram que o tratamento com ribociclibe em combinação com letrozol reduziu
em 44% o risco de progressão ou morte em comparação à monoterapia com letrozol,
além de redução da carga tumoral com taxa de resposta global de 53%.
A combinação de ribociclibe e
letrozol mostrou benefícios em todos os subgrupos de pacientes,
independentemente da carga tumoral ou localização do tumor.
Em análise subsequente,
observou-se uma sobrevida livre de progressão média de 25,3 meses para a
combinação de ribociclibe e letrozol, em comparação a 16 meses para a
monoterapia com letrozol.
O FDA, agência regulatória
americana, aprovou o uso de ribociclibe (anteriormente conhecido como LEE011)
em combinação com inibidor de aromatase como tratamento de primeira linha para
tratamento de mulheres pós-menopáusicas com câncer de mama avançado ou
metastático HR+/HER2-.
Ribociclibe é um inibidor da
proteína CDK4/6, aprovado com base em um estudo clínico de Fase III que atingiu
seu desfecho primário precocemente, demonstrando melhora significativa na
sobrevida livre de progressão em comparação à monoterapia com letrozol¹. Após
revisão, ribociclibe foi classificado como terapia revolucionária.
"Ribociclibe é uma
representação emblemática da inovação perseguida pela Novartis para o
tratamento de pessoas com câncer de mama metastático HR+/HER2", afirma
Bruno Strigini, CEO global da Novartis Oncologia. "A companhia se orgulha
do abrangente estudo clínico desenhado para ribociclibe e dos resultados que
levaram à sua aprovação, pois hoje ele representa uma nova esperança para as
pessoas com câncer de mama metastático e suas famílias”.
A aprovação do FDA baseou-se
na eficácia superior e na segurança demonstradas no estudo pivotal de Fase III
MONALEESA-2, que avaliou o uso da combinação ribociclibe e letrozol em
comparação à monoterapia com letrozol. O estudo considerou 668 mulheres
pós-menopáusicas com câncer de mama avançado ou metastático HR+/HER2 que não
receberam nenhuma terapia sistêmica prévia e mostrou que ribociclibe, em combinação
a um inibidor da aromatase (letrozol) reduziu o risco de progressão ou morte em
44% (IC 95%: 19,3 meses - não atingido) versus 14,7 meses (IC 95%: 13,0-16,5
meses), HR = 0,556 (IC 95%: 0,429-0,720), p <0,0001)¹.
Mais da metade dos pacientes
tratados com a combinação ribociclibe e letrozol mostrou sobrevida livre de
progressão no momento da análise interina – porém a SLP (sobrevida livre de
progressão) mediana não pôde ser determinada. Em análise subsequente, com
eventos adicionais de acompanhamento e progressão durante 11 meses, observou-se
uma sobrevida livre de progressão média de 25,3 meses para a combinação de
ribociclibe e letrozol, em comparação a 16 meses para a monoterapia com
letrozol². Os dados gerais de sobrevida ainda não estão consolidados e estarão
disponíveis posteriormente.
“No estudo MONALEESA-2, a
combinação ribociclibe e letrozol reduziu em 44% o risco de progressão da
doença ou morte em comparação à monoterapia com letrozol, e mais da metade dos
pacientes (53%) com doença mensurável tratada com a combinação experimentou uma
redução de, pelo menos, 30% da carga tumoral. É um resultado significativo para
as mulheres com esse tipo grave de câncer de mama", afirma Gabriel N.
Hortobagyi, Professor de Medicina na Universidade do Texas/ MD Anderson Cancer
Center e investigador principal do MONALEESA-2. "Esses resultados afirmam
que a terapia combinada com um inibidor CDK4/6, como ribociclibe e um inibidor
de aromatase, deve ser um novo padrão de cuidados para o tratamento inicial de câncer
de mama avançado ou metastático HR+".
Ribociclibe pode ser
administrado com ou sem alimentos, em uma dose oral diária de 600 mg (três
comprimidos de 200 mg) durante três semanas, seguida de uma semana sem
medicação. ribociclibe é prescrito em associação qualquer inibidor de
aromatase¹ por quatro semanas.
O câncer de mama é o segundo
câncer mais comum em mulheres americanas³. A Sociedade Americana do Câncer
estima que mais de 250.000 mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama
invasivo em 2017³. Estima-se que até um terço dos pacientes com câncer de mama
em estágio inicial cheguem à fase metastática.4
As informações completas de
prescrição para ribociclibe estão disponíveis em:
Sobre ribociclibe
Ribociclibe é um inibidor de
quinase ciclina-dependente, uma classe de fármacos que ajuda a retardar a
progressão do câncer por meio da inibição de duas proteínas chamadas cininas 4
e 6 ciclina-dependentes (CDK4 /6). Essas proteínas, quando ativadas em excesso,
possibilita que as células cancerígenas cresçam e se dividam muito rapidamente.
Ao ter como alvo a CDK4/6 com precisão aprimorada, a molécula pode desempenhar
o papel de evitar que as células cancerosas continuem a se replicar
incontrolavelmente. Ribociclibe foi desenvolvido pela Novartis Institutes for
BioMedical Research (NIBR) em parceria com a farmacêutica Astex.
Sobre Pesquisa Clínica
MONALEESA
Novartis continua avaliando
ribociclibe por meio do robusto programa de pesquisas clínicas MONALEESA,
composto por duas pesquisas adicionais em Fase III: MONALEESA-3 e MONALEESA-7,
que avaliam o medicamento em combinações com terapia endócrina múltipla em
ampla gama de pacientes, incluindo mulheres pré-menopáusicas. MONALEESA-3 está
avaliando ribociclibe em combinação com fulvestranto em comparação com
fulvestranto sozinho em mulheres pós-menopáusicas com HR+/HER2- câncer de mama
avançado que não receberam nenhum ou um máximo de uma terapia endócrina prévia.
MONALEESA-7 está investigando ribociclibe em combinação com terapia endócrina e
goserelina em comparação com a terapia endócrina e goserelina sozinha em
mulheres pré-menopáusicas com câncer de mama avançado HR+/HER2 que não
receberam terapia endócrina previamente.
Informações de Segurança
Ribociclibe pode causar um
problema cardíaco conhecido como prolongamento do intervalo QT. Esta condição
pode causar batimento cardíaco anormal, podendo levar à morte. Os pacientes
devem informar imediatamente ao seu médico caso percebam qualquer alteração nos
batimentos cardíacos (rápidos ou irregulares) ou se sentirem tontura ou
fraqueza. Ribociclibe pode causar sérios problemas hepáticos. Os pacientes
devem informar ao seu médico imediatamente se apresentarem algum dos seguintes
sintomas: amarelecimento da pele ou dos olhos (icterícia), urina escura ou
castanha (cor do chá), sensação de cansaço, perda de apetite, dor no lado superior
direito da área do estômago (abdômen), sangramento ou aparecimento de hematomas
mais facilmente do que o normal. A baixa contagem de glóbulos brancos é muito
comum quando se toma ribociclibe e pode resultar em infecções que podem ser
graves. Os pacientes devem informar ao seu médico imediatamente caso apresentem
contagem de glóbulos brancos baixos ou infecções como febre e calafrios. Antes
de tomar ribociclibe os pacientes devem informar ao seu médico se estiverem
grávidas ou pretendem engravidar, uma vez que ribociclibe pode prejudicar o
feto. As mulheres que são capazes de engravidar e que tomam ribociclibe devem
usar método contraceptivo eficaz durante o tratamento e pelo menos 3 semanas
após a última dose de ribociclibe Não amamente durante o tratamento com
ribociclibe e durante pelo menos 3 semanas após a última dose de ribociclibe Os
pacientes devem informar ao seu médico sobre todos os medicamentos que tomam,
incluindo medicamentos de prescrição, vitaminas e suplementos de ervas, uma vez
que podem interagir com ribociclibe Devem ainda evitar romã ou suco da fruta e
toranja ou suco de toranja enquanto estiver tomando ribociclibe Os efeitos
colaterais mais frequentes (incidência ≥ 20%) de ribociclibe quando utilizados
com letrozol incluem diminuição da contagem de glóbulos brancos, náuseas,
cansaço, diarreia, queda de cabelo ou perda de cabelo, vômitos, constipação,
dor de cabeça e dor nas costas. Os efeitos colaterais de grau 3/4 mais comuns
(incidência > 2%) foram neutrófilos baixos, leucócitos baixos, testes de
função hepática anormais, linfócitos baixos e vômitos. Anormalidades foram
observadas em testes laboratoriais de hematologia e química clínica.
Escrito por Caroline
Ferreira, Publicado no www.segs.com.br em
Saúde
0 comentários:
Postar um comentário