Preço
é para calendário completo de imunização para crianças de até 10 anos,
recomendado por médicos
Quando
um bebê nasce, qualquer gripe pode virar caso de CTI. Com o sistema imunológico
ainda frágil, o que não faltam por aí são vírus, bactérias e mosquitos para
ameaçar os pequenos indefesos. Os pais contam os dias até as primeiras vacinas
ofertadas nos centros de saúde. Mas logo descobrem que nem todas as opções de
defesa indicadas pelos pediatras estão disponíveis gratuitamente.
Se quiserem seguir à risca o calendário ideal de vacinação recomendado pelas Sociedades Brasileira de Imunização (Sbim) e de Pediatria (SBP), terão que pagar R$ 9.500 ao longo dos dez primeiros anos da criança – ou R$ 10,7 mil para pais de meninos que queiram dar a vacina contra o HPV aos 9 anos, como recomendado (o calendário público só oferece para eles a partir dos 12 anos). Isso no orçamento mais barato encontrado pela reportagem em clínicas especializadas em imunização de Belo Horizonte – na opção mais cara, o valor chega a R$ 10,9 mil (para ambos os sexos) e R$ 12,4 mil (incluindo o HPV).
Mas será frescura ou exagero de pais neuróticos? Na opinião de estudiosos, não. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde é um dos mais completos do mundo. Porém, há opções seguras disponíveis no mercado que não estão no calendário público. “Todas as vacinas recomendadas protegem contra doenças importantes. Mas, do ponto de vista de saúde pública, não existe vacina suficiente no mundo para todos. Por isso, o governo tem que otimizar recursos e escolher as que terão melhor resultado”, diz a presidente da Sbim, Isabella Ballala.
Calendário. Das 18 vacinas recomendadas pela Sbim e pela SBP para o público de 0 a 10 anos, dez precisam de complemento na rede privada, seja porque o PNI não oferece todas as doses, seja porque até oferta, mas não a substância de maior eficácia e proteção já vendida no mercado (veja abaixo).
Há ainda três vacinas que não estão no calendário público, uma delas contra meningite B, a mais cara de todas. Cada dose na rede privada não sai por menos de R$ 600, e são necessárias quatro aplicações quando os pais iniciam a imunização aos 3 meses de vida, como recomendado. O Ministério da Saúde, por enquanto, prioriza a proteção contra a meningite C, que tem maior incidência – Minas teve um caso e um óbito da doença neste ano, enquanto o último registro de meningite B foi em 2015, com quatro casos e duas mortes (na faixa etária até 11 anos).
“O calendário do PNI garante boa imunização contra as doenças que são mais frequentes e oferecem maior risco”, explica a pediatra e diretora adjunta de comunicação da Sociedade Mineira de Pediatria, Gabriela Araújo Costa. Mas do ponto de vista da proteção individual, toda vacina é necessária. “Nada é luxo. Se os pais têm condição financeira para pagar por vacinas que não estão disponíveis na rede pública, o ideal é que o façam, pois isso pode ser considerado um investimento na saúde dos filhos”.
COMPLEMENTO
Veja
quais são as vacinas extras recomendas de 0 a 10 anos e qual o preço (menor
orçamento):
Hexavalente. Junção da DTPa (difteria, tétano, coqueluche), que causa menos efeitos colaterais que a DTPw, do SUS; influenzae B (reforço não é oferecido gratuitamente), hepatite B e poliomielite. São três doses e um reforço por R$ 400 cada.
Pentavalente. Protege mais contra o rotavírus que a monovalente. São três doses por R$ 220 cada.
Pneumo 13. Previne contra 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite), enquanto a pneumo 10, do SUS, tem proteção de 70%. São três doses e um reforço, e cada aplicação custa R$ 260.
Meningite ACWY. O SUS só oferece a C. São duas doses e dois reforços por R$ 300 cada.
Meningocócica B. Não tem no SUS e custa R$ 610 cada uma das quatro doses.
Influenza tetravalente. Protege mais contra a gripe que a tri. Quando se inicia aos 6 meses de vida, são 11 doses por R$ 120 cada.
dTpa acelular. Uma dose para reforçar a proteção. Custa R$ 180.
Dengue. Três doses a partir dos 9 anos com intervalo de seis meses, ao preço de R$ 250 cada.
Varicela. Necessário complemento de uma dose de reforço por R$ 180.
Hepatite A. Necessário complemento de uma dose ao preço de R$ 130.
HPV. Recomendação é com 9 anos, mas o SUS só oferta para meninos a partir dos 12. Cada uma das três doses custa R$ 400.
Total: R$ 9.500 (s/HPV) e R$ 10,7 mil ( c/HPV).
Hexavalente. Junção da DTPa (difteria, tétano, coqueluche), que causa menos efeitos colaterais que a DTPw, do SUS; influenzae B (reforço não é oferecido gratuitamente), hepatite B e poliomielite. São três doses e um reforço por R$ 400 cada.
Pentavalente. Protege mais contra o rotavírus que a monovalente. São três doses por R$ 220 cada.
Pneumo 13. Previne contra 90% das doenças graves (pneumonia, meningite, otite), enquanto a pneumo 10, do SUS, tem proteção de 70%. São três doses e um reforço, e cada aplicação custa R$ 260.
Meningite ACWY. O SUS só oferece a C. São duas doses e dois reforços por R$ 300 cada.
Meningocócica B. Não tem no SUS e custa R$ 610 cada uma das quatro doses.
Influenza tetravalente. Protege mais contra a gripe que a tri. Quando se inicia aos 6 meses de vida, são 11 doses por R$ 120 cada.
dTpa acelular. Uma dose para reforçar a proteção. Custa R$ 180.
Dengue. Três doses a partir dos 9 anos com intervalo de seis meses, ao preço de R$ 250 cada.
Varicela. Necessário complemento de uma dose de reforço por R$ 180.
Hepatite A. Necessário complemento de uma dose ao preço de R$ 130.
HPV. Recomendação é com 9 anos, mas o SUS só oferta para meninos a partir dos 12. Cada uma das três doses custa R$ 400.
Total: R$ 9.500 (s/HPV) e R$ 10,7 mil ( c/HPV).
PUBLICADO EM 02/04/17 - 03h00
LUCIENE CÂMARA
Fonte:
http://www.otempo.com.br
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