Quase erradicada há menos de
uma década, a bactéria causadora da sífilis está provocando um novo surto da
doença entre comunidades indígenas da Austrália. Segundo a imprensa local, de
2011 aos dias atuais, o número de pessoas infectadas pela doença sexualmente
transmissível (DST) saltou de 120 para mais de 2.100.
Além disso, nos últimos seis
anos, seis bebês morreram por causa da bactéria, que atualmente atinge regiões
de três estados. O Departamento de Saúde australiano afirma que está
trabalhando para controlar a epidemia e está concedendo financiamento de 8
milhões de dólares em apoio às organizações que atendem a essas comunidades.
A maioria dos infectados pela
DST na Austrália são jovens aborígines que vivem nas regiões mais ao norte ou
ao centro do país, além de comunidades que habitam as Ilhas do Estreito de
Torres, segundo a rede britânica BBC.
O surto começou em uma
comunidade em Queensland, em 2011, onde especialistas em saúde indígena vêm
tentando acabar com a bactéria desde então. Em vez disso, porém, a DST acabou
se espalhando para o resto do estado e, depois, para outros territórios,
incluindo os estados de Northern Territory, Western Austrália e South
Austrália.
O motivo do surto ter
acontecido ainda não é completamente compreendido, mas especialistas afirmam
que ele foi agravado pela falta de resposta das autoridades.
“Perdemos a oportunidade de
controlar [o surto]. Isso é uma indicação de que a resposta da saúde pública é
muito pobre”, disse à BBC o professor James Ward, do Instituto de Saúde e
Pesquisa Médica de South Austrália.
Fonte: Veja
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