A Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) proíbe o uso de silicone industrial na utilização de
procedimentos estéticos. O silicone industrial não deve nunca ser utilizado no
corpo humano e tem como finalidade a limpeza de carros e peças de avião,
impermeabilização de azulejos, vedação de vidros, entre outras utilidades.
Porém, o desvio de sua correta utilização, servindo como material para cirurgia
plástica, por exemplo, é considerado crime e pode causar sérios riscos à saúde.
O silicone atende a uma vasta
gama de aplicações industriais, comerciais e estética, razão pela qual existem
diferentes apresentações do produto, que variam em forma e consistência.
Para aplicações estéticas, o
silicone original é matéria-prima para inúmeros tipos de próteses e implantes
(nunca na forma líquida) que precisam ser aprovados pela Anvisa e que devem ser
manipulados por pessoas especializadas, habilitadas, e em hospitais com a
estrutura necessária para atender o paciente da forma mais segura possível.
Riscos
O silicone dito industrial,
que tem aspecto oleoso, se injetado no organismo pode gerar diversas anomalias,
seja na hora da aplicação ou com o passar dos anos, como deformações, dores,
dificuldades para caminhar, infecção generalizada, embolia pulmonar e, até
mesmo, a morte.
Crime
A aplicação ilegal do silicone
industrial no corpo humano é considerada crime contra a saúde pública previsto
no Código Penal – exercício ilegal da medicina, curandeirismo e lesão corporal.
Orientação
A orientação para quem aplicou
silicone industrial no próprio corpo é a de procurar um médico, mesmo que ainda
não tenha sentido qualquer sintoma. Somente um médico especialista pode avaliar
a gravidade de cada caso.
Uso profissional
Cabe ao profissional
habilitado determinar a maneira mais adequada e segura para realizar o
procedimento cirúrgico e avaliar as orientações técnicas de uso correto do
produto.
Certificação
Vale ressaltar que todos os
produtos usados em procedimentos médicos e estéticos em comercialização no
Brasil precisam ter registro na Anvisa, órgão responsável pela avaliação quanto
à segurança, eficácia e qualidade dos itens. Somente após a análise técnica,
esses produtos são liberados para venda e o uso, visando a proteção do paciente
e do consumidor. Sem essa certificação, o produto se torna irregular no país.
Como saber se um produto é
aprovado?
Para saber se um produto é
registrado e aprovado no Brasil, consulte o sistema de produtos
regularizados ou entre em contato com a central de atendimento pelo
telefone 0800-6429782 ou por um dos Canais de
Atendimento da Anvisa para esclarecer questões relacionadas a
medicamentos, insumos farmacêuticos, cosméticos, alimentos, entre diversos
outros temas.
Denúncia
Caso suspeite do uso de
produtos utilizados de maneira incorreta, o cidadão pode entrar em contato com
a Anvisa por meio da Ouvidoria
da Anvisa.
Para a Ouvidoria da Anvisa, as
denúncias sem a identificação do denunciante são consideradas anônimas.
Diferente das anônimas, as denúncias sigilosas são aquelas em que os dados de
identificação do denunciante são mantidos em sigilo. Para que a Ouvidoria garanta
esse direito, é preciso que o denunciante solicite ou marque a opção de
confidencialidade ao preencher o formulário do Anvis@tende ou do Folder Postal.
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