Durante Congresso do Conasems,
serão apresentadas experiências exitosas para o futuro da saúde nos
municípios brasileiros
Cerca de quatro mil gestores
da área da saúde se reúnem entre os dias 25 e 27 de julho, em Belém (PA) para
debater “ A saúde que queremos para o Brasil – o direito à Saúde, organização
do Sistema e o Financiamento da Política de Saúde”. A ideia é trocar experiências
e boas práticas que tenham gerado impacto na gestão e no fortalecimento do
Sistema Único de Saúde (SUS) e que podem ser replicadas.
O XXXIV Congresso Nacional de
Secretarias Municipais de Saúde e o 6º Congresso Norte e Nordeste de
Secretarias Municipais de Saúde marcam a comemoração dos 30 anos do CONASEMS
(Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde). Durante a abertura do
evento, na última quarta-feira (25), o ministro da Saúde, Gilberto Occhi,
destacou a importância do papel do conselho no fortalecimento do SUS. Além
disso, enumerou avançamos conquistados nas últimas três décadas e o futuro da
saúde, destacando que é preciso o compromisso de todos para garantir
atendimento acessível, eficiente e humanizado e o bem-estar dos brasileiros.
“Nós estamos comemorando os 30
anos de existência do SUS com muitas conquistas e melhorias. No entanto,
queremos mais melhorias que possam agregar novos serviços e procedimentos para
atender a população. E hoje nós vamos ter uma grande oportunidade de debater as
medidas que precisam ser tomadas para melhorar o atendimento no SUS. Temos que
debater a regionalização da saúde e a melhoria da utilização dos recursos.
Temos um orçamento de R$ 130 bilhões para investir em procedimentos neste ano.
Outra ação é a possibilidade de termos hospitais com mais especialidades dentro
de uma região com um número definido de habitantes que possam ser atendidos,
diminuindo as filas. Por isso, é importante que possamos discutir o futuro da
saúde no Brasil e como nós vamos enfrentar o envelhecimento da nossa
população”, ressaltou o ministro, Gilberto Occhi.
O XXXIV Congresso do CONASEMS
reúne gestores municipais de saúde, trabalhadores do SUS, e de todas as esferas
de governo, representantes de instituições ligadas a saúde pública e
autoridades. Durante o congresso, haverá a Feira “ Brasil aqui tem SUS” e
a 15ª Mostra Brasil Aqui Tem SUS. São 342 experiências exitosas de secretarias
municipais de saúde de todo o país que serão apresentadas aos participantes. O
evento conta também com mesas temáticas e seminários, com temas que envolvem,
por exemplo, o fortalecimento e inovação da Atenção Básica no SUS.
ATENÇÃO BÁSICA
Durante o Congresso do
CONASEMS, também foi anunciada a liberação de R$ 309,4 milhões para fortalecer
a Atenção Básica. São R$ 127 milhões para credenciamento de equipes e
serviços cujos pleitos foram feitos até junho deste ano, beneficiando 821 municípios
de todo o país. Ao todo, serão credenciados novos 2.172 agentes comunitários de
saúde (ACS), 860 equipes de saúde da família (ESF), 239 núcleos de apoio à
saúde da família (NASF), 668 equipes de saúde bucal (ESB), 9 unidades
odontológicas móveis (UOM), 7 equipes de saúde da família ribeirinhas (ESFR), 7
consultórios na rua, 292 academias da saúde, 153 laboratórios regional de
próteses dentárias, 4 novos centros de especialidades odontológicas (CEOS) e 31
novas equipes de sistema prisional.
"A nossa preocupação é o
fortalecimento da Atenção Básica. É na prevenção que nós conseguimos fazer com
que uma série de outros procedimentos sejam evitados, que uma série de doenças
possam ser avançadas”, destacou Gilberto Occhi.
A partir de agosto, o
Ministério da Saúde irá liberar R$ 181,53 milhões referente ao 3º ciclo do
Programa Nacional de Melhoria do Acesso à Atenção Básica (PMAQ), que tem o
objetivo de incentivar os gestores a melhorar os serviços de Atenção Básica
oferecidos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Este incentivo eleva o repasse
de recursos para os municípios participantes que atingirem melhora no padrão de
qualidade no atendimento. O programa já está em seu terceiro ciclo e já foram
avaliadas 35.543 equipes de saúde da família, de 21 estados, o que corresponde
a 83% do total, e realizadas mais de 130 mil entrevistas com usuários do SUS
para avaliar a satisfação sobre a oferta dos serviços. A partir desta análise,
é concedido o recurso.
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