Em um comunicado
oficial, disponível no link: https://br.newsroom.fb.com/news/2018/07/garantindo-um-ambiente-autentico-e-seguro/?utm_source=meio&utm_medium=email distribuído
na manhã de ontem, o Facebook anunciou ter removido 196 páginas e 87 perfis
ligados a notícias falsas.
A maioria pertencem ao
Movimento Brasil Livre. Também foi atingida a do Brasil 200, grupo organizado
pelo empresário e ex-presidenciável Flávio Rocha, do PRB. Segundo a empresa, o
conjunto foi excluído por ter violado as regras de identidade da rede social.
Fingir ser outra pessoa, manter muitos perfis, compartilhar sua conta com
alguém ou adotar uma persona falsa estão entre motivos, existentes nas regras,
que podem levar à exclusão.
A política do Facebook para
lidar com fake news tem muitas nuances e deixa muitos confusos. Mas a rede
social não exclui ninguém por divulgar o que é falso. Neste exato momento, nos
EUA, há um imenso debate a respeito do site Infowars, ligado à
extrema-direita. Numa transmissão de vídeo feita na segunda, seu editor, Alex
Jones, acusou de pedófilo Robert Mueller, procurador especial que investiga o
envolvimento da Rússia na campanha de 2016. Afirmou, também, que Mueller
protege uma rede de pedofilia. A informação é patentemente falsa. Jones e seu
site têm, no conjunto, 2,5 milhões de seguidores no Facebook e acusações
infundadas com teorias conspiratórias políticas são sua matéria prima. Há
pressão para que a rede o exclua, mas, por enquanto, a política da empresa tem
sido de apenas não permitir que circulem seus posts comprovadamente falsos.
Jones, afinal, usa sua identidade real e não turbina a distribuição do que fala
com perfis falsos.
Nelson de Sá: “A
derrubada coincidiu com uma entrevista coletiva de executivos da plataforma,
inclusive Diego Bassante, gerente de Política e Governo do Facebook na América
Latina, para tratar das ações contra a ‘desinformação’ nas campanhas do México,
do Brasil e dos próprios EUA. Antes do pleito mexicano de 1º de julho, relatou
Bassante: ‘Derrubamos dezenas de milhares de likes falsos das páginas dos
candidatos. Também derrubamos páginas, grupos e contas falsas que violavam
nossos Padrões da Comunidade. E dezenas de contas que se passavam por
candidatos.’ Já havia sido assim na eleição francesa, no ano passado, com
supressão de usuários por atacado. Quando se vê na reta final, diante do risco
de repetir o fiasco da eleição americana de 2016, a opção é por contra-ataque
em larga escala, deixando de lado aqueles de caráter cosmético. Talvez o maior
problema, como se observa nas duas recentes intervenções no Brasil, é que a
plataforma acaba atuando de forma mais indiscriminada do que é capaz de
reconhecer — e, principalmente, corrigir. Sem editores, sem se aceitar como
mídia, o Facebook não tem Erramos.”
Enquanto isso... Um
estudo do DAPP, da Fundação Getúlio Vargas, identificou um alto percentual de
robôs no Twitter político. De um universo pesquisado entre 22 de junho e 23 de
julho, 22,17% dos tuítes ligados à candidatura Lula; 21,96% ligados à de
Bolsonaro; e 16,18% não alinhados aos polos tradicionais são realizados por
programas e não pessoas.
E por falar... A
Justiça Eleitoral ordenou ao ator Alexandre Frota, filiado ao PSL de Jair
Bolsonaro, que retirasse do Facebook um post. Frota havia dito que um candidato
ao Senado de Brasília havia pedido a prisão de Sérgio Moro. Notícia falsa — que
os TREs começam a investigar.
Com informações do canalmeio
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