Os debates realizados durante
o Fórum Transporte de Medicamentos, evento realizado pelo Comitê de Logística
Farmacêutica da Abralog nesta terça-feira, 24 de julho de 2018, deixaram claro
que a indústria farmacêutica tem uma longa jornada a cumprir até atingir
níveis adequados em relação à temperatura durante o transporte.
O Sindicato das Indústrias de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, o Sindusfarma, presente ao encontro, admitiu o problema, muito importante já que envolve a saúde das pessoas.
Jair Calixto, foto, diretor de Assuntos Técnicos e de Inovação do Sindicato, disse que a questão tinha de ser tratada de forma científica, como o Sindusfarma defende, já que tema tão vital não pode ser tratado com "achômetros”.
Renata Curatolo, foto, farmacêutica que atua nas áreas comercial e técnica do Grupo Emba EPS, associado da Abralog, fez detalhada apresentação sobre técnicas e embalagens utilizadas no resguardo de medicamentos que exigem proteção térmica. A farmacêutica também participou dos debates, que entre diversos aspectos contemplaram a crucial questão da temperatura.
FARMACÊUTICO É FUNDAMENTAL -
Outro item proposto no fórum foi a exigência do farmacêutico no acompanhamento
das operações de transporte, assunto recente de noticiário devido a liminar
concedida no STF em ação iniciada em São Paulo e que chegou ao Supremo.
O presidente do Conselho
Federal de Farmácia de São Paulo, Marcos Machado Ferreira, defendeu a
necessidade do farmacêutico e disse não entender a a chegada da causa ao STF –
afinal, como lembrou, trata-se de liminar referente a lei estadual, sendo que
lei federal, que se sobrepõe à estadual, já definiu a exigência do
farmacêutico.
"É atividade privativa do farmacêutico a atuação em diversas das etapas componentes desse sistema integrado (o transporte), que abrange desde a aquisição de insumos até a entrega do medicamento ao usuário final”, garantiu Machado Ferreira.
"É atividade privativa do farmacêutico a atuação em diversas das etapas componentes desse sistema integrado (o transporte), que abrange desde a aquisição de insumos até a entrega do medicamento ao usuário final”, garantiu Machado Ferreira.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região, o Setcesp, igualmente participante do evento do Comitê de Logística da Abralog, não discutiu a necessidade do farmacêutico, mas lembrou haver várias situações em que essa exigência não se justificava, representando apenas custo, como ponderou Davilson Almeida, da Câmara Técnica de Transporte de Produtos Perigosos do Sindicato.
Ele também abordou outro tema da programação, a tabela do frete mínimo que o governo federal tenta implantar após a greve dos caminhoneiros. Segundo Davilson Almeida, ainda não se tem decisão a respeito, apenas muitas dúvidas. Já Jair Calixto foi taxativo: nenhum tabelamento é bom; não se pode evitar as forças do mercado, resumiu.
O DESAFIO DA COMPLEXIDADE– O presidente da Abralog, Pedro Francisco Moreira, fez a abertura do evento e lembrou a sua importância, não apenas pelo porte do setor(faturamento anual de R$ 65 bilhões), mas também pelo nível dos presentes e qualidade do trabalho realizado pelo Comitê de Logística da Abralog, coordenado por Leila Almeida, gerente da associada Andreani Logística, e Lisa Palla Tavolaro, Executiva de Contas da Thermo Fisher Scientific.
Na foto, da esquerda para a
direita:
Clayton Mangini, responsável pelos cursos de pós-graduação do Instituto Racine; Tatiane
Garcia, da Medapharma; Leila Almeida, Andreani Logística; Lisa Palla
Tavolaro, Thermo Fisher Scientific; Renata Curatolo, Emba EPS; e Vitor
Chainça, Alfaplast. Pelo Comitê de Logística Farmacêutica participaram
ainda Renata Formoso, Faxe Cargo; Gil Meisler, IPDR e Alexandre Brenait,
Correios.Clayton Mangini, responsável pelos cursos de pós-graduação do Instituto Racine; Tatiane
Abralog
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