A primeira edição do Prêmio
Internacional Fiocruz Servier de Neurociência teve como vencedores, a
neurocientista Flávia Alcantara Gomes, bolsista de Produtividade em
Pesquisa 1B do CNPq, ex-membro titular do Comitê de Assessoramento de
Morfologia do CNPq e Professora Titular do Instituto de Ciências Biomédicas da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o neurocientista
Stevens Rehen, bolsista de Produtividade em Pesquisa 1B do CNPq,
pesquisador do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino e Professor Titular do
Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ.
Categoria: Neuroinflamação e
Distúrbios do Neurodesenvolvimento.
O grupo de pesquisa coordenado
pela Profa. Flávia Gomes estuda como as células gliais contribuem para o
desenvolvimento do cérebro e para o aparecimento e progressão de doenças do
sistema nervoso. Para isso, o grupo tem utilizado diferentes abordagens
experimentais, incluindo cultura de células de roedores e humanas e modelos
experimentais pré-clínicos de doenças.
O grupo demonstrou, de forma
inédita, que astrócitos humanos, um tipo de células gliais, classicamente
conhecidas por dar suporte metabólico aos neurônios, ajudam a regular a
formação das conexões neurais através da produção de uma série de moléculas.
Mais recentemente, o grupo demonstrou, de forma pioneira, que disfunções
astrocitárias estão associadas a diversas doenças, incluindo Doença de
Alzheimer, Doença de Parkinson, encefalopatia séptica, dentre outras.
Atualmente, o grupo busca manipular as vias de sinalização dos astrócitos e
suas funções como uma nova perspectiva para orientar a busca de novos alvos
terapêuticos para doenças neurais.
O trabalho envolve a
colaboração entre diversos grupos de pesquisa e instituições do Brasil com o
objetivo de entender o papel das células gliais no desenvolvimento e doenças do
sistema nervoso. O trabalho contou com apoio da Fundação Carlos Chagas
Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de
Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico
e Tecnológico (CNPq), do Departamento de Ciência e Tecnologia do
Ministério da Saúde (Decit) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Nível Superior (CAPES).
Categoria: Neurociência &
infecção pelo vírus zika.
Para mostrar a relação entre
zika e microcefalia, a equipe liderada por Rehen utilizou organoides
cerebrais, também conhecidos como minicérebros, que são um modelo
importante para estudar o desenvolvimento do sistema nervoso central
humano."Células epiteliais foram retiradas da urina de voluntários
e, em laboratório, fizemos com que voltassem ao estágio de
células-tronco embrionárias, isto é, um estágio em que elas têm o
potencial de se transformar em qualquer tipo celular. Depois, demos
instruções a essas células para que se tornassem células do cérebro",
explica o cientista.
As células são cultivadas por cerca de dois meses até formarem pequenos aglomerados de cerca de cinco milímetros. Embora não possuam a complexidade de um cérebro humano formado, os organoides fornecem pistas valiosas sobre como esse órgão se desenvolve. Quando infectados pelo vírus zika, os minicérebros têm seu crescimento comprometido.
Esta pesquisa faz parte de um
esforço colaborativo entre o Instituto D¿Or, a UFRJ, a Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz) e outras instituições para compreender o vírus zika e seus
impactos sobre a saúde humana. O trabalho contou com apoio do Banco
Nacional do Desenvolvimento (BNDES), da Fundação Carlos Chagas Filho de
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, da
Fundação Capes, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Laboratório
Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e da organização norte-americana
Pew Charitable Trusts.
Valorização da ciência
brasileira
A Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e o grupo farmacêutico francês Servier firmaram um acordo de
cooperação do qual faz parte o prêmio de neurociência. As duas categorias
escolhidas para esta primeira edição foram neurociência e infecção
por vírus zika e neurociência e distúrbios de neurodesenvolvimento.
"O programa recebeu um número significativo de projetos, o que
demonstra a alta qualidade da ciência brasileira", disse o
vice-presidente da Fiocruz Rodrigo Correia de Oliveira. Para desenvolver
seu trabalho, o grupo da Profa. Flávia Gomes receberá 120.000 euros em três
anos e o do Prof. Stevens Rehen, 30.000 euros.
Para mostrar a relação entre zika e microcefalia, a equipe liderada por Rehen utilizou organoides cerebrais, também conhecidos como minicérebros, que são um modelo importante para estudar o desenvolvimento do sistema nervoso central humano. "Células epiteliais foram retiradas da urina de voluntários e, em laboratório, fizemos com que voltassem ao estágio de células-tronco embrionárias, isto é, um estágio em que elas têm o potencial de se transformar em qualquer tipo celular. Depois, demos instruções a essas células para que se tornassem células do cérebro", explica o cientista.
As células são cultivadas por cerca de dois meses até formarem pequenos aglomerados de cerca de cinco milímetros. Embora não possuam a complexidade de um cérebro humano formado, os organoides fornecem pistas valiosas sobre como esse órgão se desenvolve. Quando infectados pelo vírus zika, os minicérebros têm seu crescimento comprometido.
Esta pesquisa faz parte de um esforço colaborativo entre o Instituto D'Or, a UFRJ, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outras instituições para compreender o vírus zika e seus impactos sobre a saúde humana. O trabalho contou com apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES), da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, da Fundação Capes, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) e da organização norte-americana Pew Charitable Trusts.
Valorização da ciência
brasileira
A Fundação Oswaldo Cruz
(Fiocruz) e o grupo farmacêutico francês Servier firmaram um acordo de
cooperação do qual faz parte o prêmio de neurociência. As duas categorias
escolhidas para esta primeira edição foram neurociência e infecção
por vírus zika e neurociência e distúrbios de neurodesenvolvimento.
"O programa recebeu um número significativo de projetos, o que
demonstra a alta qualidade da ciência brasileira", disse o
vice-presidente da Fiocruz Rodrigo Correia de Oliveira.
Além de Rehen, a pesquisadora
Flávia Alcântara Gomes, da UFRJ, também foi premiada, por suas pesquisas
sobre as células gliais como novos alvos terapêuticos para doenças
neurais.
ASCOM – CNPQ, Foto: Paulo
Henrique (PH)
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