A Nanovetores criou uma forma
de evitar que ativos como óleos essenciais e extratos vegetais oxidem ao longo
do tempo, o que compromete seu efeito. A empresa de Florianópolis faz micro e
nano cápsulas que envolvem porções desses insumos para a indústria. Assim,
protege o material e controla sua reação com outras substâncias.
Um problema enfrentado pela
indústria é justamente a falta de eficácia dos ativos, porque as substâncias
misturam-se e podem também oxidar. A encapsulação mantém a ação dos insumos. Nos
cosméticos, a técnica permite ainda que as substâncias cheguem às camadas mais
profundas da pele, onde ficam as células vivas e onde os ativos surtem maior
efeito, explica o CEO, Ricardo Ramos.
As cápsulas são biodegradáveis
e feitas com materiais naturais. Além de cosméticos, a empresa trabalha com a
indústria têxtil - com roupas com ação repelente, por exemplo - e com os
segmentos odontológico e alimentício.
A empresa vende os ativos
encapsulados por litro e a granel. De acordo com Ramos, os preços oscilam de R$
80 a R$ 6 mil o litro, dependendo do produto. Entre os clientes destacam-se a
varejista Polishop, que tem uma linha própria de cosméticos, e a farmacêutica
Vidfarma.
Ativos encapsulados vistos em
microscópio
Criada em 2008, a empresa
fechou o ano de 2017 com faturamento de quase R$ 12 milhões, abaixo do
esperado, de R$ 20 milhões. A projeção para 2018, segundo Ramos, é de R$ 20
milhões. Até 2022, o plano é chegar à marca anual de R$ 100 milhões.
Nascida no Centro Empresarial
para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), incubadora da Fundação Certi,
no campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), hoje a companhia
tem também uma sede nos EUA e distribuidores em 26 países. Turquia, França,
Espanha, China, Rússia e Irã são alguns locais onde a Nanovetores tem
representantes.
A venda dos ativos
encapsulados aos distribuidores de outros países é feita por um preço menor que
no Brasil, para que eles coloquem sua margem de lucro ao revender para as indústrias
estrangeiras, diz Ramos.
Segundo o CEO, a empresa tem
atuação mais forte na indústria de produtos capilares na Austrália e na
indústria têxtil na Turquia. Em 2018, as vendas internacionais devem
representar 20% do faturamento da empresa, estima.
Investida em 2012 pelo fundo
Criatec, a Nanovetores também participou de ações do Serviço Brasileiro de
Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da Financiadora de Estudos e
Projetos (Finep). Agora, participa do Plano de Desenvolvimento e Inovação da
Indústria Química (Padiq), uma inciativa da Finep com o Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
(Fonte: DCI – 20/07/2018)
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