A FAPESP, a GlaxoSmithKline
Brasil (GSK) e a Biominas Brasil assinaram nesta quinta-feira (12/07) acordo de
cooperação para apoiar projetos inovadores de pesquisa científica de startups
na área da saúde.
A parceria, no âmbito do
Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), prevê apoio
para pequenas e médias empresas do Estado de São Paulo desenvolverem pesquisas
focadas em doenças respiratórias, imunoinflamação, imuno-oncologia e HIV.
Os investimentos da FAPESP
devem somar até R$ 5 milhões em três anos, período durante o qual a GSK
fornecerá às empresas selecionadas orientação científica, planejamento e
assessoria técnica-empresarial, e a Biominas dará suporte e orientação sobre
modelagem e planejamento de negócios, bem como o acesso a redes de
investidores.
Por meio de chamada serão
selecionadas 10 propostas de pesquisas que receberão da FAPESP até R$ 200 mil
não reembolsáveis para testar a viabilidade técnica dos projetos por um período
de até nove meses, na fase 1 do PIPE. Três projetos incialmente selecionados
receberão apoio adicional de até R$ 1 milhão em dois anos para o
desenvolvimento do projeto de pesquisa, na fase 2 do PIPE.
“O acordo com a GSK e a
Biominas abre novas oportunidades para empresas do PIPE. É uma iniciativa
importante, pois permite que as empresas que recebem fomento da FAPESP tenham
acesso a diferentes oportunidades que colaborarão para que os resultados das
pesquisas cheguem até a sociedade por meio de novos produtos e serviços”, disse
Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.
Há 21 anos, o PIPE oferece
recursos não reembolsáveis para o desenvolvimento de pesquisa em empresas com
até 250 funcionários. Há três anos, também disponibiliza aos responsáveis pelos
projetos treinamento em empreendedorismo em alta tecnologia para subsidiar a
elaboração de planos de negócios.
Agora, passa a incorporar a
esse cardápio a oportunidade de conexão de startups com uma grande empresa na
área da saúde e uma fundação especializada na aceleração e gestão de negócios,
mantida pelo setor privado, para melhor direcionar e posicionar a inovação
desenvolvida por startups no mercado.
“A GSK está impulsionando
avanços científicos em várias áreas terapêuticas para fornecer a próxima
geração de medicamentos inovadores. Acreditamos que a parceria com a FAPESP
oferece muitas oportunidades para alavancar a ciência no Brasil”, disse José
Carlos Felner, vice-presidente e gerente-geral da GSK.
“O acordo é uma soma das competências
e experiências das três instituições [FAPESP, GSK e Biominas Brasil] para o
desenvolvimento de projetos e empresas de forte componente científico e alto
potencial de mercado para melhorar a vida de pacientes”, disse Eduardo Emrich
Soares, diretor-presidente da Biominas Brasil.
Centros de Pesquisa em
Engenharia
A cooperação entre GSK e
FAPESP começou em 2011, como parte do Programa Trust in Science, uma iniciativa
global da GSK que posiciona a empresa como parceira para o desenvolvimento de
medicamentos na América Latina, além de contribuir para o pipeline de
medicamentos, por meio de interações científicas com importantes instituições
de pesquisa e governo local. No âmbito desse acordo foram lançadas duas
chamadas de propostas e selecionados seis projetos.
Em 2015 e 2016, GSK e FAPESP
constituíram, também por meio de acordos, dois Centros de Pesquisa em
Engenharia (CPEs), com investimentos de longo prazo em investigações
estratégicas. O Centro de Pesquisa para Descoberta de Alvos Moleculares, com
sede no Instituto Butantan, e o Centro de Pesquisa em Química Sustentável, com
sede na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Para Isro Gloger, diretor do
Trust in Science, o acordo mostra que o desenvolvimento científico do Brasil
está indo na direção certa. “Nossa parceria com a FAPESP ao longo dos anos tem
sido excelente. Nós acreditamos fortemente que este novo acordo irá direcionar
a realização de pesquisas de longo prazo, reafirmando o compromisso para a
descoberta de novos medicamentos para doenças relevantes”, disse.
(Fonte: Agência Fapesp –
13/07/2018)
0 comentários:
Postar um comentário