Dados da International
Diabetes Federation (IDF) colocam o Brasil como a quarta nação do mundo em
número de pessoas com diabetes – 13 milhões de pacientes.
Dados da International
Diabetes Federation (IDF) colocam o Brasil como a quarta nação do
mundo em número de pessoas com diabetes – 13 milhões de pacientes. Destes,
grande parte já está na terceira idade, faixa que pede cuidados especiais no
manejo da doença, a fim de atingir as metas de controle metabólico e
preservação arterial e de massa corporal. Para se ter uma ideia, de
acordo com levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e
Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), quase
um terço das pessoas com diabetes têm mais de 65 anos.
Primeiramente, é necessário considerar que o idoso já está mais predisposto a complicações cardiovasculares. Além disso, está mais sujeito a ser poli medicado e ter perdas funcionais e cognitivas, que se somam a problemas como depressão, quedas e fraturas, incontinência urinária e dores crônicas. Ou seja, a atenção a esta população deve ser diferenciada e respeitar todas essas condições na hora de pensar a estratégia para tratamento do diabetes.
João Salles, médico endocrinologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, esclarece que um terço dos idosos apresenta algum tipo de alterações no metabolismo da glicose e, por isso, é fundamental atentar-se às questões que tangem o acompanhamento comportamental e nutricional. O especialista, que também é coordenador do Departamento de Diabetes no Idoso da SBD, afirma ainda que o diabetes tipo 2 está ligado ao envelhecimento, ao sedentarismo e à obesidade. “Estes dois últimos fatores podem ser potencializados com o avançar da idade – por isso, o controle da doença passa pela prática de atividades físicas regularmente e pela dieta saudável e equilibrada”.
Corpo em movimento para a produção de insulina não parar!
Uma das razões para o aumento da incidência de diabetes na terceira idade é a diminuição da produção de insulina, hormônio responsável por manter a glicose dentro das células. Logo, sua falta acarreta em mais açúcar na corrente sanguínea e na sobrecarga do pâncreas. Além disso, é nessa fase da vida em que há redução da prática de exercícios, já que se observa diminuição da massa muscular, a sarcopenia.
“Os músculos consomem glicose e contribuem para regular os níveis dela no sangue. Com a sarcopenia e a falta de exercícios, cresce a massa gorda: mais gordura, maior resistência à insulina. Esse quadro abre espaço não só para o surgimento do diabetes tipo 2, mas, também, para suas complicações”, avalia Salles.
O médico da SBD também indica a prática de atividades aeróbicas, como caminhada, e de resistência, por exemplo, a musculação. “Mas, é claro, sem descuidar do cardápio! Em geral, nessa fase ingerem-se menos fontes de proteínas e mais de carboidratos – até por serem mais fáceis de mastigar. Assim, durante o acompanhamento nutricional, é fundamental manter uma dieta rica em fibras e proteínas, reservando a qualidade na nutrição”.
Estilo de vida saudável é um mecanismo de prevenção e de controle do diabetes, inclusive passível de ser prescrito no consultório médico. Soma-se também à realização de exames para checar o bom funcionamento dos olhos, rins e coração. Além disso, os índices glicêmicos devem sempre ser monitorados, para que não haja hipoglicemia. “Os quadros de hipoglicemia podem ser revertidos rapidamente – os sinais de alerta são escurecimento da visão, suor excessivo, fome, arritmia e tremores”, comenta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Cuidado com a medicação!
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) recomenda, no documento “Escolhas Sensatas na Assistência ao Paciente Idoso”, não prescrever medicamentos com intuito de atingir alvos de hemoglobina glicada menor que 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional e/ou cognitivo ou em extremos etários. Considerando tal indicação, Salles afirma que é importante manter-se atualizado acerca das alternativas terapêuticas capazes de controlar o diabetes e evitar suas complicações.
“Conhecimento e acesso aos tratamentos adequados são fundamentais para cuidar da doença no idoso e aumentar sua expectativa e qualidade de vida. Principalmente, na terceira idade devemos avaliar e respeitar toda a amplitude do paciente na hora de tomarmos decisões clínicas”, conclui o especialista.
Assessoria
Primeiramente, é necessário considerar que o idoso já está mais predisposto a complicações cardiovasculares. Além disso, está mais sujeito a ser poli medicado e ter perdas funcionais e cognitivas, que se somam a problemas como depressão, quedas e fraturas, incontinência urinária e dores crônicas. Ou seja, a atenção a esta população deve ser diferenciada e respeitar todas essas condições na hora de pensar a estratégia para tratamento do diabetes.
João Salles, médico endocrinologista e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, esclarece que um terço dos idosos apresenta algum tipo de alterações no metabolismo da glicose e, por isso, é fundamental atentar-se às questões que tangem o acompanhamento comportamental e nutricional. O especialista, que também é coordenador do Departamento de Diabetes no Idoso da SBD, afirma ainda que o diabetes tipo 2 está ligado ao envelhecimento, ao sedentarismo e à obesidade. “Estes dois últimos fatores podem ser potencializados com o avançar da idade – por isso, o controle da doença passa pela prática de atividades físicas regularmente e pela dieta saudável e equilibrada”.
Corpo em movimento para a produção de insulina não parar!
Uma das razões para o aumento da incidência de diabetes na terceira idade é a diminuição da produção de insulina, hormônio responsável por manter a glicose dentro das células. Logo, sua falta acarreta em mais açúcar na corrente sanguínea e na sobrecarga do pâncreas. Além disso, é nessa fase da vida em que há redução da prática de exercícios, já que se observa diminuição da massa muscular, a sarcopenia.
“Os músculos consomem glicose e contribuem para regular os níveis dela no sangue. Com a sarcopenia e a falta de exercícios, cresce a massa gorda: mais gordura, maior resistência à insulina. Esse quadro abre espaço não só para o surgimento do diabetes tipo 2, mas, também, para suas complicações”, avalia Salles.
O médico da SBD também indica a prática de atividades aeróbicas, como caminhada, e de resistência, por exemplo, a musculação. “Mas, é claro, sem descuidar do cardápio! Em geral, nessa fase ingerem-se menos fontes de proteínas e mais de carboidratos – até por serem mais fáceis de mastigar. Assim, durante o acompanhamento nutricional, é fundamental manter uma dieta rica em fibras e proteínas, reservando a qualidade na nutrição”.
Estilo de vida saudável é um mecanismo de prevenção e de controle do diabetes, inclusive passível de ser prescrito no consultório médico. Soma-se também à realização de exames para checar o bom funcionamento dos olhos, rins e coração. Além disso, os índices glicêmicos devem sempre ser monitorados, para que não haja hipoglicemia. “Os quadros de hipoglicemia podem ser revertidos rapidamente – os sinais de alerta são escurecimento da visão, suor excessivo, fome, arritmia e tremores”, comenta o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Cuidado com a medicação!
A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) recomenda, no documento “Escolhas Sensatas na Assistência ao Paciente Idoso”, não prescrever medicamentos com intuito de atingir alvos de hemoglobina glicada menor que 7,5% em idosos diabéticos com declínio funcional e/ou cognitivo ou em extremos etários. Considerando tal indicação, Salles afirma que é importante manter-se atualizado acerca das alternativas terapêuticas capazes de controlar o diabetes e evitar suas complicações.
“Conhecimento e acesso aos tratamentos adequados são fundamentais para cuidar da doença no idoso e aumentar sua expectativa e qualidade de vida. Principalmente, na terceira idade devemos avaliar e respeitar toda a amplitude do paciente na hora de tomarmos decisões clínicas”, conclui o especialista.
Assessoria
Por Redação Portal T5
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