Anvisa aprova nova indicação
terapêutica para os medicamentos Opdivo e Yervoy, que poderão ser usados, de
forma combinada, contra carcinoma de células renais.
Pacientes portadores de
carcinoma de células renais de risco, um tipo de câncer nos rins, contam com
uma nova indicação terapêutica, que é resultado da combinação de dois produtos
biológicos usados em tratamentos oncológicos. Os medicamentos são o Opdivo (nivolumabe) e o Yervoy (ipilimumabe), que integram o rol de novas opções de
terapias para o combate ao câncer, denominadas imunoterapias.
No caso do Opdivo
(nivolumabe), trata-se de um anticorpo monoclonal de imunoglobulina G4 (IgG4),
totalmente humano, que se liga ao receptor de morte programada 1 (PD-1) e
bloqueia sua interação com as proteínas PD-L1 e PD-L2. Com isso, o medicamento
potencializa as respostas das células T (linfócitos), responsáveis pela defesa
do organismo, incluindo respostas antitumorais, por meio do bloqueio da ligação
das proteínas PD-1 aos ligantes PD-L1 e PD-L2.
Já o Yervoy também é um
anticorpo monoclonal que age por meio de outros receptores, denominados CTLA-4.
A nova indicação aprovada pela
Anvisa é indicada para o tratamento de primeira linha em pacientes adultos com
carcinoma de células renais, de risco intermediário ou alto.
Anteriormente, o Opdivo já
havia sido aprovado para o tratamento de carcinoma de células renais avançado,
após terapia prévia antiangiogênica (segunda linha de tratamento).
De acordo com informações do
portal do Hospital Sírio-Libanês, o câncer de rim é o terceiro mais frequente
do aparelho geniturinário (sistema de órgãos formado pelo rim, ureter e bexiga)
e representa aproximadamente 3% das doenças malignas de adultos.
Segundo estimativa do
Instituto Nacional do Câncer (Inca), publicada no portal do Instituto Oncoguia,
em 2018 o Brasil deverá registrar 6,2 mil novos casos de câncer do rim.
Imunoterapia
De acordo com o Inca, a
imunoterapia é um tipo de tratamento oncológico que visa promover a estimulação
do sistema imunológico, por meio do uso de substâncias que modificam respostas
biológicas no organismo. Segundo o Instituto, essas reações imunológicas podem
ser resultado da interação entre antígeno e anticorpo ou dos mecanismos
envolvidos na imunidade medida por células.
Xgeva
A Anvisa também aprovou nova
indicação terapêutica para o produto biológico Xgeva (denosumabe),
desta vez para a prevenção de eventos relacionados ao esqueleto, em pacientes
com mieloma múltiplo, doença que afeta a medula óssea.
O objetivo é tratar uma das
consequências causadas pela doença, que é a destruição óssea mediada por
osteoclastos (células do tecido ósseo), que leva pacientes a eventos
relacionados ao esqueleto (SREs), como fratura patológica, terapia de radiação
ou cirurgia óssea, além de compressão da medula espinhal. Esta destruição
óssea, muitas vezes, causa os efeitos mais graves na morbidade, dor e qualidade
de vida desses pacientes.
A eficácia e a segurança do
produto Xgeva para essa nova indicação foram comprovadas pelos dados de um
amplo estudo (Fase 3), realizado com 31.718 indivíduos, com resultados
positivos para o uso do produto.
Confira as novas indicações terapêuticas aprovadas pela Anvisa nesta
semana e publicadas no Diário Oficial da União (D.O.U).
Por: Ascom/Anvisa
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