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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Governo anuncia primeiras 10 'Fábricas do Futuro' do país


Esse processo acelera e barateia a inovação em direção à Indústria 4.0. Em 2019, outras 10 iniciativas serão financiadas

O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) publicaram nesta quarta-feira o resultado final do Edital de Chamamento público nº 1/2018 para as chamadas “Fábricas do Futuro” (testbeds, no termo em inglês). Os 10 projetos de fábricas inovadoras habilitados serão financiados com até R$ 300 mil cada um pelo governo brasileiro.

Essas fábricas funcionam da seguinte maneira: centros de tecnologia de universidades ou empresas desenvolvem projetos de soluções inovadoras para resolver problemas reais. Em seguida, produzem protótipos e realizam testes. Quando a iniciativa está testada e ajustada ao processo produtivo já existente, ela é implantada nas fábricas das empresas que contribuíram com o projeto, acelerando e barateando o processo de inovação.

Das 10 iniciativas que serão as vitrines da indústria 4.0 nos próximos anos, cinco são de São Paulo, duas de Minas Gerais, duas do Paraná e uma do Rio Grande do Sul. Em 2019, outras 10 “fábricas do futuro” serão selecionadas para receberem financiamento do governo federal.

As propostas escolhidas terão um apoio financeiro da ABDI no valor máximo de R$ 300 mil por projeto. Aos empreendedores cabe aportar pelo menos 10% do valor total do projeto, seja como contrapartida econômica ou financeira. Isto é, considerando os investimentos em bens e serviços, como, por exemplo, horas dispendidas por técnicos das empresas beneficiárias, horas técnicas dos membros da governança e disponibilização de espaços (auditórios, salas de reunião), ou em recursos.

Para o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, é fundamental que o Estado cumpra o papel de indutor nesse processo de modernização dos parques fabris brasileiros. “Incentivar as chamadas fábricas do futuro é nosso dever. Os ganhos serão enormes. As tecnologias testadas poderão ser aplicadas em linhas de produção ou em processos produtivos, de maneira geral, com mais assertividade. Isso garante mais eficiência e maior retorno econômico-financeiro para o setor privado”, explica ele. Marcos Jorge diz ainda que o aumento da densidade tecnológica do setor produtivo brasileiro trará como reflexo oportunidades de trabalho mais complexas e, portanto, mais bem-remuneradas.

O secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Rafael Moreira, acredita que a iniciativa contribui para que o Brasil tenha uma espécie de “vitrine da indústria 4.0”, um “showroom”. Segundo ele, até 2019, serão financiadas 20 “fábricas do futuro”, que demonstrarão como tecnologias 4.0 poderão ser aplicadas em diferentes setores da economia brasileira.

As 10 selecionadas:

1 - Parque Tecnológico São José dos Campos
2 - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo - POLI USP
3 - Universidade Federal de Uberlândia
4 - Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTRPF
5 - METALSA
6 - Universidade do ABF – UFABC
7 - SENAI MG
8 - Embraer
9 - Assintecal
10 - Justino de Morais, Irmãos S/A - JUMIL

Assessoria de Comunicação Social do MDIC


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