Henrique Prata, de Barretos,
que pode ser ministro de Bolsonaro
O presidente do Hospital Amor,
antigo Hospital de Câncer de Barretos, o pecuarista Henrique Prata, cotado para
ser ministro da Saúde em caso de vitória do presidenciável Bolsonaro (PSL), afirmou
que irá aceitar convite para o cargo. Prata afirmou que está sendo
"preparado por Deus" para transformar a "história nojenta da
saúde pública" no país. Prata disse ainda que se for governo vai
"virar do avesso o ministério para acabar com a corrupção".
As afirmações foram dadas por
Prata em entrevista ao jornal "Valor Econômico" divulgada nesta
quinta-feira, 11.
"Se Deus permitir que eu
ponha a mão nisso [ministério], eu viro do avesso. Não vai sobrar pedra sobre
pedra. Não é tirar sujeira debaixo do tapete, é virar do avesso, é mostrar a
raiz", disse Prata. O presidente do hospital referência mundial na
pesquisa e tratamento do câncer, Prata afirmou conhecer Bolsonaro e os filhos
parlamentares do presidenciável há cerca de quatro anos e afirma que a entidade
foi ajudada por emendas destinadas pela família. Em agosto, Prata recebeu o
candidato, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho dele, e uma comitiva da
campanha no hospital, durante caravana do presidenciável pelo interior
paulista.
"Aceitei a ideia de ser
ministro", afirma. "Só Bolsonaro, que não tem rabo preso com
partidos, terá coragem de mudar", acrescentou Prata, que critica a maioria
dos governos por ter diretrizes "politiqueiras" na área da saúde. Com
experiência de 30 anos na gestão do hospital do câncer, está há oito anos na
pesquisa de pequena e média complexidade e há dois anos na alta complexidade.
Foi nesse último período que diz ter visto os piores tipos de desvios e de
falta de gestão."O pior de tudo é a desonestidade que existe na saúde",
diz. No comando da alta complexidade, afirma ter reduzido em 30% as mortes em
UTI. "Antes não tinha intensivista, não tinha médico atendendo na
UTI", afirmou. "Em dois anos transformei a água em vinho, só sendo
honesto. Metade das pessoas que morrem é por algum tipo de desonestidade [no
atendimento]".
Apesar de ter uma boa relação
com políticos de diferentes partidos, Prata diz não seguir nenhuma cartilha
partidária. "O único livro que leio todos os dias é a Bíblia", disse
ao jornal econômico.
Prata diz que antes de entrar
na vida pública pretende "acertar sua vida pessoal". Fazendeiro e
pecuarista, afirma que está transformado seus bens em uma "holding
familiar", com seus três filhos como sócios. A ideia é preservar o
patrimônio, conquistado desde que começou a trabalhar, aos 11 anos de idade.
Até novembro, diz, deve terminar o processo sucessório dos bens para seus
filhos. "Deus está me preparando para virar essa história nojenta do país,
da corrupção na saúde pública", afirma. "Hoje a saúde pública é muito
desonesta, porque quanto pior, melhor para o setor privado", diz.
Mais ministros
Em encontro com parlamentares
eleitos pelo PSL, o candidato a presidente Jair Bolsonaro anunciou o deputado
Onyx Lorenzoni (DEM-RS) como seu futuro chefe da Casa Civil, caso seja eleito
no segundo turno. Ele, como previsto, também anunciou o general da reserva
Augusto Heleno como seu nome para o Ministério da Defesa e, como já sabia,
confirmou Paulo Guedes como chefe de uma futura pasta da Economia (Fazenda e
Planejamento).
Da Redação, Fundação
Pio XII/Divulgação (Folhapress)
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