De todas as 358 candidaturas
registradas para as 54 vagas em disputa para o Senado, 82,4% são de homens. As
mulheres representam apenas 17,6%. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE), têm como base a autodeclaração dos candidatos e reúnem informações sobre
outras características , como raça, grau de instrução e ocupação.
Os números estão disponíveis
no site DivulgaCand, mas ainda podem mudar, já que muitas
candidaturas permanecem sub judice.
A diferença entre gêneros
também é acentuada ao se analisar o perfil dos candidatos para todos os casos.
Somando os postulantes às assembleias legislativas, à Câmara Legislativa do
Distrito Federal, aos governos estaduais, à Câmara dos Deputados, ao Senado e à
Presidência da República, os candidatos são 68,3% do total, contra 31,7% de
candidatas. De acordo com o IBGE, a população brasileira é formada
majoritariamente por mulheres: 51,8%.
Para a assessora política do Instituto de Estudos
Socioeconômicos (Inesc) Carmela Zigoni, o perfil médio dos candidatos não
reflete a população porque os partidos têm uma estrutura pouco democrática e
perpetuam padrões dominantes na sociedade.
Os postulantes ao Senado são
também ligeiramente mais velhos do que a média dos candidatos para todos os
cargos nestas eleições. Mais da metade (51,6%) ultrapassou os 55 anos de idade.
Somando todos os cargos, os candidatos se encontram mais frequentemente na
faixa etária entre 45 e 49 anos.
O ensino superior é o
grau de instrução predominante entre os candidatos ao Senado. Mais de 80%
informaram ao TSE ter concluído um curso universitário. Entre todos os
candidatos que disputam as eleições, o percentual é menor: 48,7%. Segundo o
IBGE, porém, apenas 15,3% da população brasileira tem ensino superior completo.
Dos candidatos deste ano,
12,57% dizem ter o ensino médio completo e 5% informam ter ensino superior
incompleto. Um candidato afirma ter o ensino fundamental completo (0,28%) e
dois não concluíram sequer essa etapa de formação (0,56%).
Em 2018, 65,3% dos candidatos
ao Senado informaram ser de raça branca, seguidos por parda (24%), preta
(9,7%), indígena (0,5%) e amarela (0,2%). A proporção não reflete a da
população brasileira, em que 46,7% se identificam como pardos, 8,2%, pretos e
44,2%, brancos. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua 2016, do IBGE.
O percentual de casados entre
os candidatos é de 67,8%. Já 15,9% estão solteiros, 12,8%, divorciados, 2,2%,
viúvos e pouco mais de 1% separado judicialmente.
Ocupação
Advogados são maioria entre as
profissões citadas pelos candidatos. Dos 358 postulantes ao cargo de
senador, 44 declaram ter essa profissão como ocupação, o que
corresponde a 12,2%. Muitos também informam ocupar algum cargo eletivo: 40
deputados, 30 senadores, 1 prefeito e 5 vereadores tentam uma das 54 vagas em
disputa. Somados, eles correspondem a 21,2% dos candidatos. Empresários (8,6%),
professores universitários (6,1%) e médicos (3,3%) são outras profissões
frequentes entre aqueles que concorrerão no dia 7 de outubro.
A Constituição determina que,
para se tornar senador, o cidadão precisa ter nacionalidade brasileira, pleno
exercício dos direitos políticos, domicílio eleitoral no estado que vai
representar e filiação partidária. A idade mínima exigida é 35 anos.
Marcos Oliveira/Agência
Senado
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