Participação foi permitida
pelo Congresso Nacional em 2015, e a proposta quer retomar o sentido original
da Lei Orgânica da Saúde
relator, deputado Helder
Salomão, lembrou que os capitais estrangeiros não têm compromisso com a saúde
nacional e que projeto protege o SUS
A Comissão de Desenvolvimento
Econômico, Indústria, Comércio e Serviços da Câmara dos Deputados aprovou o
Projeto de Lei 1721/15, da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que proíbe
a participação de empresas de capital estrangeiro na assistência à saúde.
A participação estrangeira no
setor foi autorizada pela Lei 13.097/15, que alterou a Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90). Até então, a presença de capitais externos
estava restrita aos organismos internacionais vinculados à organização das
Nações Unidas (ONU), às entidades de cooperação técnica e às de financiamento e
empréstimos.
Pela proposta aprovada, o
capital estrangeiro somente poderá atuar na saúde em duas situações: por meio
de organismos vinculados à ONU e de empréstimos e doações, retomando a redação
anterior da Lei Orgânica da Saúde; e para atender empregados de empresas, desde
que não haja ônus para a seguridade social e não tenha fins lucrativos.
O parecer do relator, deputado
Helder Salomão (PT-ES), foi favorável à proposta. “Os capitais estrangeiros,
naturalmente descompromissados com a promoção da saúde nacional, centrariam,
obviamente, suas atenções nos nichos mais lucrativos do mercado”, disse. “A abertura
do mercado nacional poderia provocar a drenagem de profissionais da saúde hoje
pertencentes ao Sistema Único de Saúde”, completou.
Tramitação
Já aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família, o projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Já aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família, o projeto será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Reportagem – Lara Haje, Edição
– Roberto Seabra, Foto - Will Shutter/Câmara dos Deputados
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