Estudo
mostra que droga é mais potente que o MDMA e vem sendo consumida como o ecstasy
Pesquisadores
da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) descobriram casos de intoxicação
e overdose provocados por uma nova droga sintética que contém a substância N-etilpentilona,
também conhecida como efilona. Usada como se fosse ecstasy, ela circula em
comprimidos semelhantes, tem poder estimulante, mas produz efeitos diferentes
que podem resultar na morte dos usuários.
Durante
os estudos na universidade, foram analisados sangue e urina de seis pacientes
que ingeriram superdosagem de drogas sintéticas e, em todos os casos, a
substância nova foi identificada. “Ela provoca o aumento da pressão arterial e
da frequência cardíaca, e isso desencadeia principalmente infarto agudo do
miocárdio e, no caso mais grave, a gente observa também acidente vascular
cerebral (AVC)”, explica o farmacêutico Rafael Lanaro.
As
pesquisas tiveram início em 2017 e, como a droga era desconhecida, os
cientistas precisaram desenvolver uma metodologia para identificar a
substância. As análises de sangue mostraram que pequenas quantidades são
suficientes para provocar danos no organismo. Um dos seis pacientes morreu,
enquanto outro está em estado vegetativo por causa das sequelas de um AVC.
“Essa
droga é considerada, possivelmente, mais potente que o MDMA. Ela atua no
sistema de dopamina, responsável pelo efeito estimulante. O ecstasy atua mais
no sistema nervoso central, tendo mais efeito de alucinação”, conta Lanaro.
Dados da Polícia Federal indicam que a N-etilpentilona foi a segunda substância
mais detectada entre as drogas sintéticas em 2017. A circulação foi
identificada no ano anterior. De acordo com a instituição, também constam casos
na Europa e Estados Unidos.
Fonte: univadis.com.br
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