Juntos,
esses medicamentos somaram 2,9 bilhões de caixas vendidas em 2017.
Os
genéricos e similares foram os campeões de vendas de medicamentos no Brasil em
2017. De acordo com dados inéditos da Anvisa, esses produtos alcançaram a marca
de 2,9 bilhões de embalagens comercializadas no ano passado, o que representou
65% do total de caixas de medicamentos vendidas no país (4,4 bilhões).
Separados,
os números são os seguintes: mais de 1,5 bilhão de caixas de genéricos
comercializadas (34,6% do total) e mais de 1,3 bilhão de embalagens de
medicamentos similares vendidas (30,6%).
Juntos,
esses dois tipos de medicamentos foram responsáveis por 4.770 itens (72,4%) do
total de produtos cadastrados pela indústria farmacêutica. Também representaram
um terço do faturamento global do setor, chegando a R$ 23,5 bilhões em produtos
comercializados – 33,9% do total das vendas.
Os
dados confirmam um fato importante: a participação dos medicamentos genéricos e
dos similares (que atendem às mesmas exigências regulatórias que os genéricos)
no mercado nacional coloca o Brasil em nível próximo ao de países como os
Estados Unidos (EUA) e o Canadá.
Para
a Anvisa, as informações também indicam o êxito da política pública nacional de
acesso a medicamentos e a confiança da população brasileira nessa classe de
produtos, que custam no mínimo 35% menos para os consumidores do que os
medicamentos de referência.
Importância
dos genéricos no mercado
As
estatísticas mostram que o percentual de comercialização de genéricos em 2017
foi maior do que os percentuais de 2016 (32,4%) e de 2015 (30%), o que indica
um crescimento contínuo das vendas desses produtos.
No
ano passado, o volume de negócios envolveu 88 empresas produtoras de genéricos,
que, juntas, venderam um total de 2.450 produtos diferentes, em 4.202
apresentações. Sozinhos, os genéricos renderam R$ 9,3 bilhões.
Outro
dado interessante é que 63% do faturamento total dos genéricos foi composto por
medicamentos com preço de fábrica inferior a R$ 25 por unidade. Apenas 9%
ficaram acima da faixa de R$ 250.
Entre
as 20 maiores empresas produtoras dessa classe de medicamentos, teve destaque a
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), laboratório público que ocupou o 10º lugar
no ranking, com vendas entre R$ 250 milhões e R$ 500 milhões em
2017.
Especificamente
em relação aos medicamentos similares, 149 empresas produziram um total de
2.320 produtos, em 4.409 apresentações diferentes, com faturamento de R$ 14,1
bilhões.
Outras
categorias de medicamentos
Além
dos genéricos e similares, existem outras três categorias de medicamentos:
biológicos, específicos e novos.
De
acordo com os dados sobre o mercado farmacêutico, os medicamentos novos, em
termos de quantidade de vendas, ocuparam a terceira posição no ano passado, com
905,1 milhões de embalagens comercializadas. No entanto, esses medicamentos
foram os que apresentaram maior faturamento (R$ 26,5 bilhões). Percebe-se,
porém, uma queda consistente no faturamento desses produtos nos últimos três
anos – 40% em 2015, 39,4% em 2016 e 38,2% em 2017.
No
sentido oposto, os medicamentos biológicos, embora representem a menor
quantidade de unidades vendidas em 2017 (168,1 milhões), apresentaram o maior
crescimento em faturamento, passando de 16% (2015) para 22% (2017) do total de
vendas registradas no país.
Com
relação aos medicamentos específicos, a quantidade de embalagens
comercializadas chegou a 469,6 milhões (10,5%), gerando um faturamento de R$
3,9 bilhões (5,7%).
Anuário
Os
dados são da terceira edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico, produzido pela
Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) com base em informações
de 2017. A publicação traça o perfil da indústria brasileira e traz dados
detalhados sobre a quantidade de produtos farmacêuticos comercializados,
faturamento, tipos de medicamentos mais vendidos, principais finalidades de uso
dos produtos (tratamentos) e rankingdas empresas produtoras, além
de características regionais do mercado, entre outros tópicos.
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