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quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Mosquitos que transmitem leishmaniose preferem se alimentar de maconha


Estudo aponta que planta é preferida, mesmo quando há abundância de outros tipos de vegetais

Mosquitos transmissores da leishmaniose preferem maconha a qualquer outra planta na hora de se alimentar. A descoberta é de um estudo publicado pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, conduzido no Brasil, Israel, Palestina, Etiópia e Cazaquistão. A pesquisa mostra que a predileção foi unânime entre todas as populações do inseto analisadas. O trabalho mostrou ainda que, uma vez encontrada a planta, o consumo é em grandes proporções.

A constatação representa um trunfo para se traçar estratégias de combate a essa população. “A partir desse dado, podemos pensar em criar armadilhas. Outra medida possível seria colocar atrativos em áreas longes da residências, justamente para evitar a presença do mosquito nas casas”, afirma o pesquisador da Fiocruz, Artur Queiroz, responsável pelo estudo no país.

No Brasil, os insetos analisados na pesquisa foram coletados em Camaçari (BA). “Identificamos vestígios da planta da maconha tanto na área rural quanto urbana”, conta Queiroz. As coletas foram feitas também em cinco pontos do Oriente Médio e África. A preferência pela folha da maconha ocorreu em todos locais, mesmo onde havia uma oferta abundante de outros vegetais.

Para fazer o estudo, pesquisadores analisaram o sistema digestivo dos insetos. Os mosquitos com maior concentração da erva no organismo foram encontrados na região de Tubas, território sobre autoridade da Palestina. Além de Tubas e Camaçari, as regiões observadas no estudo são: o Deserto da Judeia, na região da Cisjordânia; a cidade de Bura, no Cazaquistão; a região de Sde Eliyahu, em Israel; e de Sheraro, na Etiópia.



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