Edmar Soares – 26.06
- Relatório da LDO autoriza
reajuste salarial e contratações para polícias federais e do DF
Segurança pública e a Política
Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica estão entre as
prioridades da LDO
* O senador Marcos do Val
(Podemos-ES) apresentou o relatório final do projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO - PLN 5/22), que determina as metas e prioridades para os
gastos públicos do ano que vem e oferece os parâmetros para a elaboração do
projeto de lei orçamentária (LOA) de 2023. De acordo com o cronograma, a
Comissão Mista de Orçamento poderá votar a proposta até a semana que vem.
* O projeto original da LDO dá
prioridade a reajustes e reestruturação de carreiras em 2023. Para que isso
ocorra, o plano deve ser enviado ao Congresso pelo Poder Executivo no projeto
de lei orçamentária do ano que vem.
- Governo não perde
arrecadação com redução do ICMS, afirma presidente do Sincopetro
José Alberto Paiva Gouveia
lembrou que, quanto mais altos os preços, maiores também são os tributos e
defendeu que, neste momento de alta, os Estados estariam recebendo mais do que
o necessário
* Nesta terça-feira, 28,
presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do
Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, concedeu uma
entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, para falar sobre
a possibilidade de redução do preço dos combustíveis nas bombas após a redução
do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 25% para 18%,
sobre a gasolina, anunciada pelo governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), na
última segunda. Segundo ele, “com certeza” os postos de combustíveis vão
repassar a redução no preço para o consumidor final, nas bombas. Entretanto, a
redução deve ser gradual e não de uma única só vez. Gouveia também criticou o
pronunciamento do governo de São Paulo de que iria perder arrecadação. Segundo
ele, o Estado só vai deixar de ganhar um valor extra que estava sendo computado
no ICMS. “Eu acho que faltou um pouquinho de atenção do governo, porque o preço
alto significa muito mais imposto, então quando se vem para a televisão e se
fala que vai perder arrecadação, é uma arrecadação que não era real, porque os
preços que estão no mercado não são os preços reais, é um preço superalto, e o
imposto vem junto. Quanto mais caro o produto, mais imposto se colhe. De
repente o governador vem e diz que vai perder dinheiro, não, não vai. Ele vai
deixar de receber um a mais que ele estava recebendo”, afirmou.
- Mudar política de preços é
desafio para Caio Paes de Andrade, dizem analistas
Especialistas acreditam que
promover as mudanças necessárias para reduzir o valor dos combustíveis é muito
difícil
* O novo presidente da
Petrobras, Caio Paes de Andrade, toma posse nesta terça-feira, 28, em uma
cerimônia curta e protocolar. A principal missão do novo comandante da estatal
seria mudar a política de paridade preços. Especialistas que atuam no mercado
de óleo e gás foram consultados pela Jovem Pan e afirmam que a alteração é
muito difícil. O Preço de Paridade de Importação, conhecido como PPI, é alvo de
constantes críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de integrantes do
Governo Federal. Foi este impasse, inclusive, que derrubou todos os últimos
presidentes da companhia.
* De acordo com o
ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, não
basta mudar o comando da Petrobras para mudar a política de preços, é preciso
alterar o estatuto da empresa, que foi aprovado em 2016 e impõe a paridade
entre os preços internos e os preços internacionais dos combustíveis. “Se o
governo desejar realmente desvincular o preço dos derivados nacionais dos
derivados internacionais, ele tem que usar a sua maioria no Conselho de
Administração e na Assembleia de Acionistas e alterar o estatuto da empresa”,
argumenta o especialista.
- Governo federal apresenta
novo passaporte com tecnologia antifraude
Secretaria-Geral da
Presidência alegou que o documento é ‘temático’ e presta homenagem de ‘todas as
regiões do Brasil’
* O governo federal lançou
nesta segunda-feira, 27, por meio de uma cerimônia que contou com a presença do
presidente Jair Bolsonaro (PL), o novo modelo de passaporte. O novo documento
terá tecnologia antifraude e prestará homenagens a “todas as regiões do Brasil
por meio de ícones representativos dos biomas e da cultura de cada local”. De
acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, o novo
passaporte entrará em vigor neste ano, em meados de setembro, e terá o custo de
emissão de R$ 257,25. “Será o primeiro passaporte temático do Brasil. Outra
novidade do novo modelo são os fundos invisíveis fluorescentes. Antes, apenas o
número da página variava sob exposição UV. A nova versão apresenta sete
composições diferentes. A página de identificação também foi atualizada,
apresentando uma imagem fantasma da foto do cidadão em preto e branco, além de
uma imagem da foto formada por dados biométricos do portador. Essas informações
são protegidas por um laminado de segurança”, alegou. O presidente da República
alegou que as homenagens que encontram-se no novo passaporte irá despertar
“curiosidade” na população.
- Demanda por bens industriais
sobe 0,9% em abril, aponta IPEA
Produção nacional de bens
avança 0,2% e importações crescem 3,3%
* A demanda por bens
industriais no Brasil cresceu 0,9% em abril, frente ao resultado do mês de
março, apontou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de acordo com
o Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais. Entre os componentes do
índice, produção nacional destinada ao mercado doméstico avançou 0,2%, enquanto
a importação de bens industriais cresceu 3,3%. Na comparação com o mesmo mês de
2021, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 3,7% em abril deste
ano. No entanto, no acumulado em doze meses encerrados em abril, a demanda
interna cresceu 1,7% e as importações de bens industriais avançaram 18,7%. No
acumulado apenas dos quatro meses de 2022 contabilizados pelo IPEA, que tem
como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a demanda por produtos
industriais no País recuou 5,7%.
- Alvaro Dias minimiza
pesquisa que aponta derrota para Moro no Paraná
Levantamento aponta
ex-ministro da Justiça com 30% das intenções de voto, ante 23% do senador, que
o apadrinhou na política e defendia sua candidatura à Presidência
* O senador Alvaro Dias, líder
do Podemos, minimizou a pesquisa divulgada pelo Real Time Big Data nesta
segunda-feira, 27, que mostra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública,
Sergio Moro (União Brasil), à frente da disputa ao Senado Federal pelo Paraná.
O cenário apresentado mostra o ex-juiz da Lava Jato com 30% das intenções
votos, seguido de Dias, que chega a 23%, figurando como os principais candidatos
do Estado. Além deles, Dr. Rosinha (PT) tem 7%, Paulo Martins (PL), 6%, Aline
Sleutjes (Pros), 2% e Alex Canziani (PSD) e Guto Silva (Progressistas) chegam a
1% cada. Brancos e nulos somam 11% e 19% dos entrevistados não souberam
responder.
* A disputa paranaense é
peculiar porque opõe, nas urnas, um parlamentar com mais de 30 anos de
experiência no Senado e seu apadrinhado político. Entusiasta da candidatura de
Moro à Presidência da República e um dos principais aliados do ex-juiz no
Podemos, Alvaro Dias prometia levar o agora adversário para o Ministério da
Justiça se fosse eleito presidente na corrida pelo Planalto em 2018. Em
conversa com a Jovem Pan, o senador minimizou o resultado e, aos risos, afirmou
que “não fala dessa pesquisa porque tem outras”, insinuando que o resultado não
reflete, necessariamente, o futuro das eleições 2022 no Estado.
Em segundo cenário, sem o nome
de Sergio Moro, a pesquisa encomendada pelo Grupo RIC mostra que Dias chega a
35% das intenções de voto, enquanto Paulo Martins, aliado do presidente Jair
Bolsonaro (PL) na Câmara, tem 8%, Dr. Rosinha, 7%, Alex Canziani, 4%, Aline
Sleutjes, 3%, e Guto Silva, 2%. O plano inicial de Moro é disputar a única
cadeira paranaense para o Senado, mas o União Brasil não descartou uma
candidatura à Câmara dos Deputados. Dentro do partido, que nasceu da fusão
entre DEM e PSL, o ex-juiz é tido como um “trunfo”, que, neste caso, serviria
para ampliar a bancada da legenda. A pesquisa ouviu 1,5 mil paranaenses, com
mais de 16 anos, entre 24 e 25 de junho. O nível de confiança é de 95%, com
margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.
- Bolsonaro diz a apoiadores
que Auxílio Brasil pode subir para R$ 600
Presidente esteve em frente ao
Palácio da Alvorada nesta segunda-feira e comentou o possível aumento ainda
nesta semana
* O presidente Jair Bolsonaro
(PL) afirmou nesta segunda-feira, 27, a apoiadores em frente ao Palácio da
Alvorada, em Brasília, que o piso do Auxílio Brasil pode ser elevado de R$ 400
para R$ 600 “amanhã”. O plano do governo é inserir a elevação do benefício
social – a menos de 100 dias das eleições – na Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) dos combustíveis, relatada pelo senador Fernando Bezerra
Coelho (MDB-PE). O parlamentar deve apresentar seu texto final nesta
terça-feira, 28, às 11h. Para o aumento ser oficializado em ano eleitoral sem
ferir a lei, no entanto, é preciso declarar emergência nacional. O Palácio do
Planalto também negocia a inserção do status de emergência na PEC dos
combustíveis. Na conversa, o presidente também voltou a criticar o ministro
Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele chamou o
magistrado de “ministro do PT” por ter afirmado que não há clima para discutir
aborto na Corte. Bolsonaro evitou comentar o pedido de um apoiador que pediu
solução para “a questão das urnas”. “Não vou te responder, está sendo tratado
isso aí. Se tivesse inquérito sério de fake news, investigaria o Datafolha“,
afirmou, em novo ataque, sem apresentar provas, ao sistema eleitoral brasileiro
e ao instituto de pesquisas.
- Alta da Selic faz custo da
dívida local subir 62%
Setores cíclicos sentem mais o
impacto da inflação e dos juros altos
* Na semana passada, a Americanas concluiu a emissão de R$ 2 bilhões em debêntures, que chamou a atenção não só pelo volume mas também pelas condições: vencimento em 11 anos, a 2,75% mais CDI. A taxa é inferior até mesmo à que a companhia paga pelos bônus negociados no mercado internacional (4,6% acima do CDI, se fosse feito o “swap” da operação para reais). Essa operação contrasta com outro movimento visto nos últimos dias, quando a construtora Tenda aprovou, em assembleia, o acordo de repactuação das condições de sua dívida, de cerca de R$ 1 bilhão, junto aos credores. A medida implicou aumento da taxa de retorno aos investidores, definição de garantias e limites para metas de crescimento.
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