Destaques

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo

Edmar Soares – 26.06

- Relatório da LDO autoriza reajuste salarial e contratações para polícias federais e do DF

Segurança pública e a Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica estão entre as prioridades da LDO

* O senador Marcos do Val (Podemos-ES) apresentou o relatório final do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO - PLN 5/22), que determina as metas e prioridades para os gastos públicos do ano que vem e oferece os parâmetros para a elaboração do projeto de lei orçamentária (LOA) de 2023. De acordo com o cronograma, a Comissão Mista de Orçamento poderá votar a proposta até a semana que vem.

* O projeto original da LDO dá prioridade a reajustes e reestruturação de carreiras em 2023. Para que isso ocorra, o plano deve ser enviado ao Congresso pelo Poder Executivo no projeto de lei orçamentária do ano que vem.

- Governo não perde arrecadação com redução do ICMS, afirma presidente do Sincopetro

José Alberto Paiva Gouveia lembrou que, quanto mais altos os preços, maiores também são os tributos e defendeu que, neste momento de alta, os Estados estariam recebendo mais do que o necessário

* Nesta terça-feira, 28, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Paiva Gouveia, concedeu uma entrevista ao vivo para o Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, para falar sobre a possibilidade de redução do preço dos combustíveis nas bombas após a redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 25% para 18%, sobre a gasolina, anunciada pelo governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), na última segunda. Segundo ele, “com certeza” os postos de combustíveis vão repassar a redução no preço para o consumidor final, nas bombas. Entretanto, a redução deve ser gradual e não de uma única só vez. Gouveia também criticou o pronunciamento do governo de São Paulo de que iria perder arrecadação. Segundo ele, o Estado só vai deixar de ganhar um valor extra que estava sendo computado no ICMS. “Eu acho que faltou um pouquinho de atenção do governo, porque o preço alto significa muito mais imposto, então quando se vem para a televisão e se fala que vai perder arrecadação, é uma arrecadação que não era real, porque os preços que estão no mercado não são os preços reais, é um preço superalto, e o imposto vem junto. Quanto mais caro o produto, mais imposto se colhe. De repente o governador vem e diz que vai perder dinheiro, não, não vai. Ele vai deixar de receber um a mais que ele estava recebendo”, afirmou.

- Mudar política de preços é desafio para Caio Paes de Andrade, dizem analistas

Especialistas acreditam que promover as mudanças necessárias para reduzir o valor dos combustíveis é muito difícil

* O novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, toma posse nesta terça-feira, 28, em uma cerimônia curta e protocolar. A principal missão do novo comandante da estatal seria mudar a política de paridade preços. Especialistas que atuam no mercado de óleo e gás foram consultados pela Jovem Pan e afirmam que a alteração é muito difícil. O Preço de Paridade de Importação, conhecido como PPI, é alvo de constantes críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de integrantes do Governo Federal. Foi este impasse, inclusive, que derrubou todos os últimos presidentes da companhia.

* De acordo com o ex-presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, não basta mudar o comando da Petrobras para mudar a política de preços, é preciso alterar o estatuto da empresa, que foi aprovado em 2016 e impõe a paridade entre os preços internos e os preços internacionais dos combustíveis. “Se o governo desejar realmente desvincular o preço dos derivados nacionais dos derivados internacionais, ele tem que usar a sua maioria no Conselho de Administração e na Assembleia de Acionistas e alterar o estatuto da empresa”, argumenta o especialista.

- Governo federal apresenta novo passaporte com tecnologia antifraude

Secretaria-Geral da Presidência alegou que o documento é ‘temático’ e presta homenagem de ‘todas as regiões do Brasil’

* O governo federal lançou nesta segunda-feira, 27, por meio de uma cerimônia que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (PL), o novo modelo de passaporte. O novo documento terá tecnologia antifraude e prestará homenagens a “todas as regiões do Brasil por meio de ícones representativos dos biomas e da cultura de cada local”. De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, o novo passaporte entrará em vigor neste ano, em meados de setembro, e terá o custo de emissão de R$ 257,25. “Será o primeiro passaporte temático do Brasil. Outra novidade do novo modelo são os fundos invisíveis fluorescentes. Antes, apenas o número da página variava sob exposição UV. A nova versão apresenta sete composições diferentes. A página de identificação também foi atualizada, apresentando uma imagem fantasma da foto do cidadão em preto e branco, além de uma imagem da foto formada por dados biométricos do portador. Essas informações são protegidas por um laminado de segurança”, alegou. O presidente da República alegou que as homenagens que encontram-se no novo passaporte irá despertar “curiosidade” na população.

- Demanda por bens industriais sobe 0,9% em abril, aponta IPEA

Produção nacional de bens avança 0,2% e importações crescem 3,3%

* A demanda por bens industriais no Brasil cresceu 0,9% em abril, frente ao resultado do mês de março, apontou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de acordo com o Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais. Entre os componentes do índice, produção nacional destinada ao mercado doméstico avançou 0,2%, enquanto a importação de bens industriais cresceu 3,3%. Na comparação com o mesmo mês de 2021, a demanda interna por bens industriais retrocedeu 3,7% em abril deste ano. No entanto, no acumulado em doze meses encerrados em abril, a demanda interna cresceu 1,7% e as importações de bens industriais avançaram 18,7%. No acumulado apenas dos quatro meses de 2022 contabilizados pelo IPEA, que tem como base de comparação o mesmo período do ano anterior, a demanda por produtos industriais no País recuou 5,7%.

- Alvaro Dias minimiza pesquisa que aponta derrota para Moro no Paraná

Levantamento aponta ex-ministro da Justiça com 30% das intenções de voto, ante 23% do senador, que o apadrinhou na política e defendia sua candidatura à Presidência

* O senador Alvaro Dias, líder do Podemos, minimizou a pesquisa divulgada pelo Real Time Big Data nesta segunda-feira, 27, que mostra o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro (União Brasil), à frente da disputa ao Senado Federal pelo Paraná. O cenário apresentado mostra o ex-juiz da Lava Jato com 30% das intenções votos, seguido de Dias, que chega a 23%, figurando como os principais candidatos do Estado. Além deles, Dr. Rosinha (PT) tem 7%, Paulo Martins (PL), 6%, Aline Sleutjes (Pros), 2% e Alex Canziani (PSD) e Guto Silva (Progressistas) chegam a 1% cada. Brancos e nulos somam 11% e 19% dos entrevistados não souberam responder.

* A disputa paranaense é peculiar porque opõe, nas urnas, um parlamentar com mais de 30 anos de experiência no Senado e seu apadrinhado político. Entusiasta da candidatura de Moro à Presidência da República e um dos principais aliados do ex-juiz no Podemos, Alvaro Dias prometia levar o agora adversário para o Ministério da Justiça se fosse eleito presidente na corrida pelo Planalto em 2018. Em conversa com a Jovem Pan, o senador minimizou o resultado e, aos risos, afirmou que “não fala dessa pesquisa porque tem outras”, insinuando que o resultado não reflete, necessariamente, o futuro das eleições 2022 no Estado.

Em segundo cenário, sem o nome de Sergio Moro, a pesquisa encomendada pelo Grupo RIC mostra que Dias chega a 35% das intenções de voto, enquanto Paulo Martins, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara, tem 8%, Dr. Rosinha, 7%, Alex Canziani, 4%, Aline Sleutjes, 3%, e Guto Silva, 2%. O plano inicial de Moro é disputar a única cadeira paranaense para o Senado, mas o União Brasil não descartou uma candidatura à Câmara dos Deputados. Dentro do partido, que nasceu da fusão entre DEM e PSL, o ex-juiz é tido como um “trunfo”, que, neste caso, serviria para ampliar a bancada da legenda. A pesquisa ouviu 1,5 mil paranaenses, com mais de 16 anos, entre 24 e 25 de junho. O nível de confiança é de 95%, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

- Bolsonaro diz a apoiadores que Auxílio Brasil pode subir para R$ 600

Presidente esteve em frente ao Palácio da Alvorada nesta segunda-feira e comentou o possível aumento ainda nesta semana

* O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira, 27, a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, em Brasília, que o piso do Auxílio Brasil pode ser elevado de R$ 400 para R$ 600 “amanhã”. O plano do governo é inserir a elevação do benefício social – a menos de 100 dias das eleições – na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos combustíveis, relatada pelo senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE). O parlamentar deve apresentar seu texto final nesta terça-feira, 28, às 11h. Para o aumento ser oficializado em ano eleitoral sem ferir a lei, no entanto, é preciso declarar emergência nacional. O Palácio do Planalto também negocia a inserção do status de emergência na PEC dos combustíveis. Na conversa, o presidente também voltou a criticar o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele chamou o magistrado de “ministro do PT” por ter afirmado que não há clima para discutir aborto na Corte. Bolsonaro evitou comentar o pedido de um apoiador que pediu solução para “a questão das urnas”. “Não vou te responder, está sendo tratado isso aí. Se tivesse inquérito sério de fake news, investigaria o Datafolha“, afirmou, em novo ataque, sem apresentar provas, ao sistema eleitoral brasileiro e ao instituto de pesquisas.

- Alta da Selic faz custo da dívida local subir 62%

Setores cíclicos sentem mais o impacto da inflação e dos juros altos

* Na semana passada, a Americanas concluiu a emissão de R$ 2 bilhões em debêntures, que chamou a atenção não só pelo volume mas também pelas condições: vencimento em 11 anos, a 2,75% mais CDI. A taxa é inferior até mesmo à que a companhia paga pelos bônus negociados no mercado internacional (4,6% acima do CDI, se fosse feito o “swap” da operação para reais). Essa operação contrasta com outro movimento visto nos últimos dias, quando a construtora Tenda aprovou, em assembleia, o acordo de repactuação das condições de sua dívida, de cerca de R$ 1 bilhão, junto aos credores. A medida implicou aumento da taxa de retorno aos investidores, definição de garantias e limites para metas de crescimento.

0 comentários:

Postar um comentário

Calendário Agenda