Foto: Divulgação/ Ascom
Manaus/AM - Cinco unidades da segunda fase do Sistema Amazônico de Laboratórios Satélites (SALAS 2), no valor de R$ 80 milhões, serão implantadas no Distrito Agropecuário da Suframa (DAS), visando ampliar a infraestrutura de pesquisa científica e tecnológica na Amazônia, por meio da construção ou reforma de laboratórios satélites (bases), tanto terrestres quanto flutuantes.
De acordo com a Suframa, na
segunda fase do SALAS serão instaladas, em todo o território amazônico, 47
bases de infraestrutura de pesquisa, sendo 33 flutuantes e 14 terrestres. Das
47 bases previstas, cinco delas serão construídas no DAS e servirão como ponto
de apoio para pesquisadores nacionais e internacionais.
No total, cinco estruturas
devem ser estabelecidas ao longo do ramal ZF-2, sendo uma delas localizada no
quilômetro 14, próximo ao quilômetro 934 da rodovia BR-174 (antigo Km 50) onde
hoje funciona uma torre de observação do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia (Inpa), que ficará com a responsabilidade de gestão dos laboratórios
satélites.
Outras instituições que
comandarão as sedes geográficas do SALAS na Amazônia serão o Instituto
Mamirauá, e o Museu Paraense Emílio Goeldi, explicou o superintendente da
Suframa, Algacir Polsin, destacando que a autarquia apoia as iniciativas que
facilitam o funcionamento do ecossistema científico e acreditando que muitos
avanços podem surgir dessas pesquisas, com impactos positivos para a população
amazônica.
Polsin disse haver uma
infinidade de possibilidades de pesquisas, para diferentes áreas científicas e
algumas delas podem despertar interesse de empresas do Polo Industrial de
Manaus, que podem financiá-las para cumprimento de obrigações de investimento
em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
As estruturas a serem
construídas no DAS seguirão os modelos arquitetônicos sustentáveis utilizados
nos dois laboratórios satélites que estão sob responsabilidade do Instituto
Mamirauá nas Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã,
integrantes do projeto SALAS.
A inauguração dos laboratórios
Vitória-régia e Peixe-boi ocorreu em fevereiro e contou com a presença do
ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, astronauta Marcos Pontes. No caso,
por exemplo, do laboratório flutuante Peixe-boi, localizado a 600 quilômetros
de Manaus, conta com estrutura de geração de energia solar, tratamento de
resíduos e paredes feitas com garrafas PET e atualmente alberga 16
pesquisadores.
Coordenado pelo Ministério da
Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o SALAS tem por objetivo instalar
laboratórios satélites no território Amazônico que servirão como ponto de apoio
e polos de pesquisa científica, a fim de proporcionar, geração de conhecimento
e desenvolvimento tecnológico com vistas à geração de riqueza, a partir da
biodiversidade brasileira, com benefícios econômicos e sociais para a população
da região da Amazônia.
O CNPq já está fazendo a
primeira chamada pública para pesquisadores interessados em usar as bases do
SALAS em suas pesquisas. Semelhantemente ao que ocorre em projetos científicos
como o Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR), as Forças Armadas darão
suporte logístico e de segurança para os pesquisadores utilizarem os
laboratórios satélites localizados na Amazônia.
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