A Secretaria de Estado da
Saúde (Sesau) de Alagoas esclarece que, segundo orientações do Ministério da
Saúde, não há caracterização de que o Estado é área de circulação do vírus da
febre amarela, ou seja, não há municípios classificados como “região afetada”
ou “região ampliada”. Importante também esclarecer que a febre amarela é uma
doença endêmica e que há circulação do vírus de forma permanente em várias
regiões do País, em razão da manutenção do ciclo de transmissão silvestre no
qual estão envolvidas diferentes espécies de mosquitos, sendo os mais
importantes em nossa região, os do gênero Haemagogus e Sabethes, que atuam como
vetores do vírus para primatas não humanos (PNH), representando os principais
hospedeiros e amplificadores dos vírus.
Com isso, é importante deixar
claro que a VIGILÂNCIA da febre amarela em qualquer lugar do País é atividade
permanente dos órgãos queintegram o Sistema Único de Saúde (SUS) e o surgimento
de qualquer suspeita clínica pelos profissionais é imediatamente notificada como
caso suspeito, desde que atenda aos critérios de suspeição, exigindo a adoção
das medidas de investigação de praxe, orientadas pelo Ministério da Saúde (MS),
vez que é um problema que ultrapassa fronteiras.
Caso suspeito de febre amarela
(critérios de suspeição)
É a pessoa que apresenta
quadro febril agudo (até 7 dias), de início súbito, acompanhado de icterícia
e/ou manifestações hemorrágicas, nos últimos 15 dias, não vacinado contra febre
amarela ou com estado vacinal ignorado, residente ou procedente de área de
risco para a doença ou proveniente de locais com registro de epizootia
confirmada em primatas não humanos ou com isolamento de vírus em mosquitos
vetores.
Em função disso, a Sesau vem
divulgando notas informativas, no portal www.saude.al.gov.br, sobre a situação,
a partir de janeiro deste ano, bem como sobre as condutas que devem ser
adotadas relativas ao manejo do paciente, coleta de amostra para exames e
bloqueio na área onde o paciente com suspeita da doença esteve nos últimos
dias, visando avaliar possíveis focos do vetor transmissor na área urbana (o
Aedes aegypti). Além disso, vêm sendo investigados todos os rumores de morte de
primata não humano (macacos e saguis).
A Sesau, em conjunto com os
municípios, mantém-se em situação de alerta, orientando/solicitando que todo
caso suspeito deva ser comunicado de imediato, por telefone ou e-mail, ao
Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde – CIEVS por meio do
plantão 24 horas, de domingo a domingo e cujos contatos os serviços de saúde possuem.
Ressalta, ainda, que a notificação no Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan) deve ser feita pelo profissional de saúde, por meio do
preenchimento da Ficha de Investigação de Febre Amarela. A notificação no Sinan
permite a visualização do caso suspeito por todas as instâncias do SUS, não
havendo possibilidade de sonegação ou sigilo para a informação.
Investigação de caso suspeito
A Sesau salienta que não
possui caso confirmado da doença e que o último caso suspeito no Estado ocorreu
em 2013 e, em 2017, já foi encaminhado ao CIEVS Nacional, relatório com o
detalhamento de 2 casos suspeitos, conhecidos até o momento. Ressalta, ainda,
que as pessoas vieram ou viajaram para outras regiões do País. Os dois estão em
situação de investigação com a coleta de amostras de sangue, aguardando
resultados, situação que não permite a classificação conclusiva dos casos.
Vacinação – Sobre a vacinação,
deve ser ressaltado, mais uma vez, que Alagoas é ÁREA SEM RECOMENDAÇÃO DE
VACINAÇÃO (ASRV), significando que a vacina não faz parte do calendário básico
de rotina dos serviços de saúde, estando disponível em determinadas unidades de
saúde e deve ser buscada somente quando a pessoa (criança ou adulto) dirigir-se
às áreas endêmicas, seja para residir, seja em viagem.
Nesses casos, a pessoa deve
tomar a vacina dez (10) dias antes da viagem, apresentando a comprovação do
deslocamento para a “região afetada” ou “região ampliada”, conforme divulgado
pelo Ministério da Saúde, que Áreas Com Recomendação de Vacinação (ACRV). Após
a vacinação, é fornecido o Cartão Nacional de Vacinação, que deve ser
conservado como documento pessoal.
Fonte: Secretaria de Estado da
Saúde de Alagoas
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