Nesta terça-feira, 31/01, a
UNA-SUS lança mais uma oferta do curso Atualização do Manejo Clínico da
Dengue. Aberto para profissionais de saúde de todo Brasil, o curso é livre,
gratuito, autoinstrucional e utiliza recursos multimídia para facilitar a
dinâmica de aprendizagem. As inscrições podem ser realizadas até 21 de maio, pelo site.
O curso é fruto da parceria
entre a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e o Ministério da Saúde, por meio
das Secretarias de Vigilância em Saúde (SVS) e de Gestão do Trabalho e da
Educação na Saúde (SGTES).
Com visual repaginado e
protocolo de manejo atualizado, conforme as mudanças anunciadas pelo Ministério da Saúde no ano
passado, a nova oferta traz conteúdo ampliado e novos desfechos para os já
conhecidos oito casos clínicos apresentados.
Segundo a consultora técnica
da Coordenação-Geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária
e das Doenças transmitidas pelo Aedes do Ministério da Saúde, Juliane Malta,
com a atualização do protocolo de manejo da Dengue se fez necessário atualizar,
também, o conteúdo do curso.
“O vídeo de apresentação do
curso, como também os casos clínicos estavam apresentando informações e
materiais desatualizados como, por exemplo, o fluxograma da classificação de
risco, manejo clínico do paciente. Por isso, foi necessário atualizar e adequar
o conteúdo do texto/fala de acordo com as informações técnicas contidas nesta
5ª revisão do Manual de Dengue”, explica.
A enfermeira e roteirista do
curso, Olga Rodrigues, explica que, com a chegada do chikungunya e do Zika ao
Brasil, o protocolo ministerial para Dengue foi atualizado com informações que
incluem um quadro de auxílio ao diagnóstico diferencial das arboviroses e
readequação dos volumes de reidratação oral.
“O foco do curso continua
sendo o diagnóstico oportuno da dengue, com adequada classificação de risco e
correta condução clínica. No entanto, na nova versão, há também discussões
importantes sobre o diagnóstico diferencial, que incluem outras arboviroses,
como o Zika e o chikungunya", explica Olga.
Com carga horária de 10h, a
capacitação tem como objetivo familiarizar os profissionais com as
recomendações atuais do Ministério da Saúde no que tange ao manejo clínico da
doença. A partir da análise de casos clínicos, os alunos poderão refletir sobre
os sintomas apresentados em situações fictícias e avaliar qual seria a melhor
forma de tratamento para cada paciente.
Para Olga, o curso está mais
moderno e, como a oferta anterior, objetiva, principalmente, instrumentalizar
os profissionais de saúde para a ação. “Todos os casos buscam focar a
aprendizagem no diagnóstico diferencial, na classificação de risco e no manejo
adequado dos casos, buscando prevenir as complicações. Isso, provavelmente,
fortalece o profissional e o SUS na luta contra a dengue”, enfatiza.
Embora, tenha sido ampliada a
disponibilidade de materiais de apoio, todo o conteúdo do curso continua sendo
apresentado por meio de casos clínicos, com foco no fluxograma de manejo da
dengue, a partir da classificação de risco. “Agora todos os casos ganharam
discussões finais, com especialistas, apresentadas em vídeos”, finaliza.
Diante do cenário
epidemiológico enfrentado pelo país, a consultora técnica do Ministério da
Saúde, Juliane Malta, acredita que o profissional de saúde encontrará um curso
que refletirá a conduta e o manejo clínico adequados, evitando as possíveis
complicações da doença e diminuição da morbimortalidade por dengue.
O curso da dengue em números
Desde a primeira oferta, em
2012, mais de 35 mil profissionais, espalhados por 3.752 municípios, se
inscreveram no curso. A maioria, composta por enfermeiros (42,7%) seguido por
médicos (28,6%) e auxiliares de enfermagem e agentes comunitários (10,7%).
Destes, 16.789 profissionais concluíram o curso.
São mais de 435 regiões de
saúde cobertas com profissionais qualificados. O estado com maior número de
matrículas foi São Paulo, com 3.426 beneficiados; seguido por Minas Gerais com
2.949 e Bahia, com 2.042.
Fonte: SE/UNA-SUS
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