A China tornou-se uma das 20
economias mais inovadoras do mundo, enquanto a Suíça manteve o primeiro lugar
no ranking do Índice Global de Inovação (GII, na sigla em inglês), publicado
anualmente por Universidade de Cornell, Instituto Europeu de Administração de
Empresas (INSEAD) e Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI).
Os vinte primeiros lugares
ficaram com:
Atualmente em sua 11ª edição,
o índice é uma ferramenta quantitativa detalhada que ajuda os tomadores de
decisão do mundo todo a entender melhor como estimular a atividade inovadora
que impulsiona o desenvolvimento humano e econômico.
O índice classifica 126
economias com base em 80 indicadores, que vão de taxas de registro de
propriedade intelectual à criação de aplicativos móveis, gastos com educação e
publicações científicas e técnicas.
A China ficou em 17º lugar no
ranking, o que representa um avanço para uma economia que passa por uma rápida
transformação, guiada por políticas governamentais que priorizam o investimento
intensivo em pesquisa e desenvolvimento.
Embora os Estados Unidos
tenham voltado ao posto número seis da lista, o país permanece como uma
potência inovadora que produziu muitas das principais empresas de alta
tecnologia do mundo e outras inovações que mudaram o cotidiano das pessoas.
“A rápida ascensão da China
reflete uma direção estratégica da alta liderança do país para o
desenvolvimento da capacidade de inovação e a mudança da base estrutural da
economia para indústrias mais intensivas em conhecimento que dependem da
inovação para manter vantagem competitiva”, disse o diretor-geral da WIPO.
Francis Gurry. “Isso anuncia a chegada da inovação multipolar”.
América Latina e Caribe
O Chile ocupa o 47º lugar no
ranking deste ano, o primeiro lugar da região da América Latina e Caribe, com
pontos fortes em qualidade regulatória, matrícula no ensino superior, acesso a
crédito, empresas que oferecem treinamento formal, criação de novos negócios e
entradas e saídas de investimentos estrangeiros diretos.
A Costa Rica ocupa o segundo
lugar na região. O país se destaca nos gastos com educação, acesso ao crédito,
produtividade por trabalhador, pagamento de propriedade intelectual e alta
participação da exportação de serviços de informação, comunicação, impressão e
outras mídias.
O México, terceiro na região,
tem como pontos fortes a facilidade de obtenção de crédito, manufatura técnica,
importações e exportações técnicas e exportações de bens criativos.
O Brasil, a maior economia da
região, ficou em 64º lugar no ranking deste ano, subindo cinco posições. O país
tem força comparativa nos gastos com pesquisa e desenvolvimento, importações e
exportações de alta tecnologia, qualidade de publicações científicas e de
universidades, com destaque para a Universidade de São Paulo (USP), a
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ).
“O Índice de Inovação Global é
importante para construir e aperfeiçoar as políticas de inovação do Brasil, uma
vez que aponta nossas oportunidades de melhorias e também nossos pontos
fortes”, disse Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria
(CNI).
“É também um instrumento vital
para a definição de novas políticas. Com a nova revolução industrial, a
inovação tem um novo peso para o desenvolvimento e a competitividade dos países,
e o Brasil deveria seguir esse caminho”, disse.
“As pequenas empresas são uma
força econômica e social fundamental para o desenvolvimento de nosso país, e
inovar é estratégico na busca de maior competitividade na economia brasileira”,
afirmou Heloísa Menezes, diretora técnica no exercício da presidência do
Sebrae. A CNI e o Sebrae também são parceiros do GII.
Xangai, China. Foto:
ONU-Habitat/Julius Mwelu
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