O
câncer de cabeça e pescoço atinge 40 mil pessoas todos os anos no Brasil. No
mundo, a estimativa é que 500 mil novos casos sejam diagnosticados anualmente.
Ele pode ocorrer na boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe e
laringe. O câncer de boca chega a ser o quarto tipo de tumor mais frequente em
algumas regiões do País.
Para
conscientizar a população sobre a gravidade desse tipo de câncer e alertar para
as causas e sintomas, a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço
promove o julho verde. A doença foi o tema de audiência pública realizada pela
Comissão de Seguridade Social e Família.
A
Presidente da Associação de Câncer de Boca e Garganta, Melissa do Amaral,
destacou a falta de atenção do SUS com esse câncer, mesmo com sua gravidade.
Ela é portadora de câncer de laringe e usuária da prótese que permite a fala
para pessoas que tiveram a laringe removida e disse que o acesso a esse
aparelho é muito difícil a pessoas que não têm condições financeiras.
"Esse
é um problema grave, a falta de atenção para conosco. Se você sabe que tem
cerca de 12 mil laringectomizados mudos no País, por que nós estamos há quatro
anos pedindo para o Ministério da Saúde regularizar a prótese? Por que é
demorada uma coisa que não precisa de explicação para dizer que é grave, é
urgente?", questionou.
Sobrevivência
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Luiz Eduardo de Melo, afirmou que os índices de sobrevivência desses cânceres praticamente não evoluíram nas últimas décadas, o que considera inadmissível. Ele explicou que a atenção nos postos de saúde básica é essencial, pois o diagnóstico rápido é bom para o paciente e para o governo, pois os custos do tratamento no estágio inicial da doença são baixos, o que não ocorre quando o câncer já está avançado.
O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Luiz Eduardo de Melo, afirmou que os índices de sobrevivência desses cânceres praticamente não evoluíram nas últimas décadas, o que considera inadmissível. Ele explicou que a atenção nos postos de saúde básica é essencial, pois o diagnóstico rápido é bom para o paciente e para o governo, pois os custos do tratamento no estágio inicial da doença são baixos, o que não ocorre quando o câncer já está avançado.
A
representante do Ministério da Saúde na audiência, Maria Cecilia Camargo,
destacou os principais fatores de risco para o câncer de cabeça e pescoço, que
são tabagismo, consumo de álcool, infecção por HPV e falta de higiene bucal.
Ela admitiu que a rede pública não consegue atender esse problema adequadamente
em nenhum lugar do País, mas disse que há um plano de expansão ocorrendo desde
2012.
A
deputada Zenaide Maia (PHS-RN) afirmou que a audiência foi de extrema
importância. Ela acredita que um passo importante nessa luta é retirar
propagandas de bebidas alcoólicas da televisão.
Já a
deputada Flávia Morais (PDT-GO) destacou a necessidade dos deputados
trabalharem de forma a acelerar a ampliação dos serviços de radioterapia.
O
próximo dia 27 é o Dia Mundial de Conscientização e Combate ao Câncer de Cabeça
e Pescoço. O palácio do Congresso Nacional está iluminado de verde para ajudar
na campanha para dar visibilidade à doença.
Foto
- Will Shutter, Reportagem - Giovanna Maria, Edição – Wilson Silveira, Agência
Câmara Notícias
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