O Comité de Medicamentos de
Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) concedeu parecer
positivo para uma nova abordagem terapêutica, iniciando, assim, o caminho para
a introdução da terapia celular na União Europeia (UE).
A terapia celular com células
CAR-T no tratamento do linfoma difuso de grandes células B, pertence a uma nova
geração de imunoterapias personalizadas para o tratamento de doenças
hemato-oncológicas.
Trata-se de uma imunoterapia
que modifica as células T do sistema imunitário do próprio doente, para que
estas reconheçam e ataquem as células tumorais. Esta terapia tem o potencial de
induzir respostas completas – sem cancro detetável – nos doentes com linfoma
difuso de grandes células B. De salientar que esta abordagem terapêutica
inovadora integrou o programa PRIME (Medicamentos Prioritários) da EMA em 2016.
O parecer positivo do CHMP
surge no seguimento da revisão pelos reguladores da UE, incluindo o Comité de
Terapias Avançadas. Esta recomendação será analisada pela Comissão Europeia, a
qual tem competência para aprovação de medicamentos a utilizar nos 28 países da
UE, Noruega, Islândia e Liechtenstein.
Esta opinião positiva do CHMP
é um passo muito importante para os doentes europeus que vivem com linfoma difuso
de grandes células B refratário ou em recidiva após duas ou mais linhas de
tratamento. Note-se que, até agora, estes doentes não tinham praticamente
nenhumas opções de tratamento eficazes.
Estima-se que, em 2018,
existam 7.700 doentes, na UE, cuja elegibilidade para a terapia celular com
células CAR-T pode agora ser avaliada
Jornal Médico -PT
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