Iniciativa internacional visa
à redução da mortalidade neonatal no país africano
Com a coordenação da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), foi
inaugurado em Moçambique o primeiro Banco de Leite Humano (BLH) do país, no
Hospital Central de Maputo. A unidade é a segunda do continente africano nos
moldes do modelo brasileiro. Cabo Verde já conta com um BLH em funcionamento
desde 2011 e em processo de implantação da segunda unidade. Angola será o
próximo país a ganhar um BLH, em Luanda.
Moçambique registra cerca de
20 mil partos prematuros por ano e possui uma taxa de mortalidade neonatal
estimada em 28 mortes a cada mil nascimentos. A iniciativa do BLH representa um
importante marco para a diminuição da morbimortalidade infantil, sobretudo no
que tange à segurança alimentar e nutricional de recém-nascidos do país
africano. “Abrimos hoje uma página na história da qualidade de serviços de
assistência a pacientes pediátricos, especialmente dos cuidados neonatais”,
declarou a ministra da Saúde de Moçambique, Nazira Abdula, durante a
inauguração.
Representando a Fiocruz, o
coordenador executivo do Complexo dos Institutos Nacionais de Saúde da
Fundação, Carlos Maciel, ressalta a importância da iniciativa no contexto da
Agenda 2030. “A inauguração do BLH de Moçambique reforça o compromisso da
Fiocruz com a redução da mortalidade infantil, especialmente no âmbito da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A partir de hoje, passamos a ter
333 BLHs em funcionamento. Trata-se de uma ação estratégica para o alcance dos
objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030”, destaca Maciel.
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