Estudo
americano utilizou dados de gestantes e nascidos vivos no Brasil para chegar à
conclusão
A infecção
pelo vírus da dengue durante a gravidez pode aumentar em 50% o risco de
anomalias neurológicas no bebê, sugere estudo do Centro de Controle e Prevenção
de Doenças (CDC), do governo dos Estados Unidos. O flavivírus, gênero que
também inclui o vírus da zika e o da febre amarela, estaria associado a essas
malformações. A pesquisa utilizou dados de nascidos vivos no Brasil e de suas
mães, no período entre 2006 e 2012.
Dos
16.103.312 nascidos vivos, as anomalias neurológicas congênitas foram raras,
presentes em 13.634 (0,08%) deles. No entanto, entre as mulheres que tiveram a
confirmação da dengue durante a gravidez, os casos de anomalia neurológica
foram 50% mais prevalentes. Em cerca de metade desses casos, os sintomas da
dengue ocorreram no primeiro trimestre da gravidez. Os defeitos neurológicos
foram divididos em categorias. Em sete delas, incluindo a microcefalia, a
associação não foi estatisticamente significante.
Porém,
dois tipos de anomalias neurológicas (na medula espinhal e em outras partes do
cérebro) foram quatro vezes mais frequentes em mulheres que tiveram infecção
por dengue na gravidez. Segundo os pesquisadores, o padrão de anomalias
cerebrais descritas tem semelhanças com o da síndrome congênita do zika.
Ainda se
sabe pouco sobre a relação entre dengue e anomalias fetais. Até agora, esse era
um problema tido como limitado à zika. A recomendação dos pesquisadores é que
haja uma observação cuidadosa e o registro da infecção por dengue ao longo do
pré-natal, bem como investigação completa de nascidos vivos com malformações
neurológicas.
Fonte: univadis.com.br


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