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quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Infecção por dengue na gravidez pode aumentar risco de anomalias neurológicas no bebê


Estudo americano utilizou dados de gestantes e nascidos vivos no Brasil para chegar à conclusão

A infecção pelo vírus da dengue durante a gravidez pode aumentar em 50% o risco de anomalias neurológicas no bebê, sugere estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), do governo dos Estados Unidos. O flavivírus, gênero que também inclui o vírus da zika e o da febre amarela, estaria associado a essas malformações. A pesquisa utilizou dados de nascidos vivos no Brasil e de suas mães, no período entre 2006 e 2012.

Dos 16.103.312 nascidos vivos, as anomalias neurológicas congênitas foram raras, presentes em 13.634 (0,08%) deles. No entanto, entre as mulheres que tiveram a confirmação da dengue durante a gravidez, os casos de anomalia neurológica foram 50% mais prevalentes. Em cerca de metade desses casos, os sintomas da dengue ocorreram no primeiro trimestre da gravidez. Os defeitos neurológicos foram divididos em categorias. Em sete delas, incluindo a microcefalia, a associação não foi estatisticamente significante.

Porém, dois tipos de anomalias neurológicas (na medula espinhal e em outras partes do cérebro) foram quatro vezes mais frequentes em mulheres que tiveram infecção por dengue na gravidez. Segundo os pesquisadores, o padrão de anomalias cerebrais descritas tem semelhanças com o da síndrome congênita do zika.

Ainda se sabe pouco sobre a relação entre dengue e anomalias fetais. Até agora, esse era um problema tido como limitado à zika. A recomendação dos pesquisadores é que haja uma observação cuidadosa e o registro da infecção por dengue ao longo do pré-natal, bem como investigação completa de nascidos vivos com malformações neurológicas.



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