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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

STF COMEÇA JULGAR ENVOLVIDOS NA MÁFIA DOS SANGUESSUGAS (MÁFIA DAS AMBULÂNCIAS)


Ao julgar o segundo recurso do deputado federal Nilton Capixaba contra sua condenação por corrupção passiva, a 2ª turma do Supremo Tribunal Federal – STF -determinou o início da execução da pena, em regime inicial semiaberto. O parlamentar integrou a chamada Máfia dos Sanguessugas, que desviava recursos de emendas parlamentares destinadas à compra de ambulâncias para prefeituras municipais. A decisão da turma foi unânime acompanhando o relator ministro Gilmar Mendes. (AP 644).

Para quem não sabe e para lembrança dos que acompanharam o caso da Máfia dos Sanguessugas também conhecido como Máfia das Ambulâncias, foi um escândalo de corrupção que estourou em 2006 devido à descoberta de uma quadrilha que tinha como objetivo desviar dinheiro público destinado à compra de ambulâncias. Entre seus principais envolvidos estavam os ex-deputados Ronivon Santiago, Carlos Rodrigues, Cabo Júlio e Cleuber Brandão Carneiro.

Em ofício encaminhado em 30 de novembro de 2004, a Controladoria Geral da União (CGU), finalmente em pleno funcionamento, alertou o então Ministro da Saúde Humberto Costa sobre a existência de uma “quadrilha operando em âmbito nacional” para desviar dinheiro público destinado à compra de ambulâncias. As fraudes em processos licitatórios haviam sido detectadas em municípios fiscalizados pela Controladoria por meio de sorteios. A CGU apontava fragilidade no controle e pedia providências.

Em 4 de maio de 2006 a Polícia Federal (PF) deflagrou a Operação Sanguessuga para desarticular o esquema de fraudes em licitações na área de saúde. De acordo com a Polícia, a quadrilha negociava com assessores de parlamentares a liberação de emendas individuais ao Orçamento da União para que fossem destinadas a municípios específicos. Com recursos garantidos, o grupo – que também tinha um integrante ocupando cargo no Ministério da Saúde – manipulava a licitação e fraudava a concorrência valendo-se de empresas de fachada. Dessa maneira, os preços da licitação eram superfaturados, chegando a ser até 120% superiores aos valores de mercado. O lucro era distribuído entre os participantes do esquema. Dezenas de parlamentares foram acusados, entre eles dois capixabas.

Segundo a  Polícia, a organização negociou o fornecimento de mais de mil ambulâncias em todo o País.

Redação Multimídia ESHOJE, por Paulo Cesar Dutra


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