Documento pretende ampliar a
capacidade do país para desenvolver novos métodos de prevenção, diagnóstico e
tratamento da saúde da população brasileira
O Ministério da Saúde lançou
neste ano um plano para aumentar a capacidade do Brasil para o desenvolvimento
de pesquisas que resultem novos métodos e novas tecnologias para prevenção,
diagnóstico e tratamento de doenças. O Plano de Ação de Pesquisa Clínica no
Brasil demonstra a preocupação da pasta em oferecer o que há de melhor e mais
moderno para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
Para a diretora do
Departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia,
Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE), Camile Sachetti, as pesquisas
servirão para subsidiar políticas públicas e dar suporte para a incorporação de
novas técnicas, novos procedimentos, além de tecnologias mais efetivas ao SUS,
melhorando assim a qualidade do atendimento à população.
Aperfeiçoar a pesquisa clínica
também é importante para a inovação em saúde e, consequentemente, para a
independência do Brasil em relação a produtos e tecnologias. “O Plano também
oferece a oportunidade de tratamento de ponta aos pacientes que, muitas vezes,
não tem outra alternativa terapêutica, além de promover a melhoria da assistência
nos centros e hospitais onde a pesquisa ocorre”, acrescentou a diretora.
Economia e sustentabilidade
Pesquisa clínica é aquela
realizada em seres humanos na qual o pesquisador interage direta ou
indiretamente com os participantes, o que inclui o manejo dos seus dados e/ou
dos seus materiais biológicos. São considerados tipos de pesquisa clínica os
estudos sobre os mecanismos de doença (etiopatogênese); os estudos sobre
conhecimento clínico, detecção, diagnóstico, prognóstico e história natural da
doença; os estudos epidemiológicos; as intervenções terapêuticas, incluindo os
ensaios clínicos de drogas, produtos biológicos, dispositivos e instrumentos;
os estudos de prevenção (primária e secundária) e promoção da saúde; e as
pesquisas comportamentais e de avaliação de serviços de saúde, incluindo os
estudos de custo efetividade.
O conjunto dessas pesquisas
contribui para a economia do país e para a sustentabilidade do SUS ao mesmo
tempo que o torna apto a responder os desafios futuros em relação à saúde da
população.
Objetivos
O Plano de Ação de Pesquisa
Clínica no Brasil, publicado no dia 15 de janeiro, pretende aumentar a
capacidade do país em desenvolver e atrair pesquisas por meio de ações que
visem aperfeiçoar o sistema de análise ética em estudos envolvendo seres
humanos e apoiar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no
aprimoramento do sistema regulatório sanitário para pesquisa clínica.
Ele também visa fomentar a
capacidade científica instalada na área e promover a formação continuada de recursos
humanos. Aprimorar a governança da Rede Nacional de Pesquisa Clínica (RNPC) e
apoiar a troca de conhecimento entre gestores, pesquisadores e a população
também são metas do plano.
Dentre as ações que já estão
em andamento, destacam-se os cursos de educação continuada para profissionais
da saúde que tenham interesse em pesquisa clínica. No momento estão abertas as
inscrições para o Curso Intermediário de Pesquisa Clínica com tutoria e
parceria do Ministério da Saúde com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC).
A formação tem apoio do
Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (PROADI-SUS). Até o
final do ano, espera-se lançar outros 14 cursos autoinstrucionais. As
inscrições para o curso podem ser feitas pelo endereço: https://sig.eadhaoc.org.br/processo_seletivo/ficha/pre/53368
Da Agência Saúde
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