Aparelho, entregue pelo
Ministério da Saúde, permitirá a realização de mais de 1300 sessões de
radioterapia por ano e deve dobrar número de pacientes atendidos no Hospital de
Amor Amazônia
O Ministério da Saúde
entregou, nesta quinta-feira (20), um novo equipamento de radioterapia
utilizado no tratamento de pacientes com câncer, atendidos no Hospital de Amor
Amazônia, em Porto Velho (RO). A expectativa é de que com a entrega do
equipamento seja possível dobrar o número de pacientes atendidos por mês. O
Ministério da Saúde investiu R$ 2,7 milhões na compra do equipamento por meio
do Plano de Expansão da Radioterapia (PERSUS),
que permitirá a realização de cerca de 1.300 sessões de radioterapia ao ano,
segundo a direção do hospital.
O programa tem como objetivo
ampliar e criar novos serviços de radioterapia em hospitais. A ideia é reduzir
os vazios assistenciais e atender as demandas regionais de assistência
oncológica em conformidade com estados e municípios com a entrega de
aceleradores lineares. Esses equipamentos possibilitam tratar quase todos os
tipos de cânceres e tumores com maior precisão e com menos efeitos colaterais
para o paciente.
O Hospital de Amor Amazônia,
especializado em oncologia, começou a funcionar em 2017 e atende 100% pelo SUS.
Agora, ele recebe um dos aceleradores previstos no PERSUS, que ao todo
entregará, no país, 100 equipamentos de radioterapia adquiridos a preço abaixo
de mercado.
O Secretário de Atenção
Especializada em Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, acompanhou a inauguração
do equipamento e destacou o papel do hospital no atendimento à população.
“Vocês têm feito um trabalho eficiente no cuidado às pessoas com câncer.
Continuem contando conosco para cuidar bem da nossa população”, disse.
Os procedimentos de
radioterapia realizados no Hospital de Amor (19.093 sessões) representam quase
metade de toda a produção do município de Porto Velho, que foi de 39.046
sessões, em 2019. O Hospital do Amor também foi responsável por 81% das
cirurgias oncológicas do município. E, na quimioterapia, realizou 74% dos
procedimentos da rede municipal de saúde vinculada ao SUS.
Hoje, o SUS disponibiliza 281
equipamentos de radioterapia na rede pública, sendo 261 aceleradores lineares e
20 cobaltos, distribuídos em quase todos os estados brasileiros.
PLANO DE EXPANSÃO DA
RADIOTERAPIA
O PERSUS prevê a implantação
de 100 equipamentos, sendo que 80 deles são soluções de radioterapia
contemplando, além dos equipamentos, obras de infraestrutura. Com o
investimento federal de R$ 700 milhões no Plano de Expansão da Radioterapia, já
foram implantados 24 aceleradores pelo PERSUS pelo país. Além dos aceleradores
lineares do PERSUS, outros 13 convênios para aquisição desses equipamentos
foram celebrados e encontram-se em execução.
O Ministério da Saúde abriu
licitação e a empresa vencedora foi a norte-americana Varian Medical Systems,
que produz os equipamentos, elabora os projetos de construção das casamatas,
além de fiscalizar a execução das obras de construção dos locais destinados a
abrigar os equipamentos.
O plano promove ainda a
utilização de poder de compra do Estado como instrumento para compensação
tecnológica para reduzir a dependência dessa tecnologia do país. Como parte do
acordo de compensação tecnológica foi construída uma fábrica da empresa
produtora dos aceleradores lineares no Brasil, possibilitando a implantação de
um Centro de Treinamento que é referência para toda a América Latina.
Localizado em Jundiaí (SP), o centro treina profissionais para operação e
manutenção dos equipamentos. A Varian também é responsável pela identificação
de fornecedores locais de peças e acessórios e também a transferência de
tecnologia em desenvolvimento de software para institutos
tecnológicos brasileiros.
A implantação das soluções de
radioterapia envolve a contratação de obras públicas e a aprovação dos projetos
em órgãos como vigilâncias sanitárias e comissão nacional de energia nuclear. A
importação e instalação do equipamento ocorre de forma sincronizada com a
evolução das obras, que são acompanhadas pela equipe técnica do Ministério da
Saúde. O pagamento para a empresa só ocorre após a licença de operação, quando
o serviço está autorizado a iniciar os tratamentos.
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