Ministério da Saúde já
descartou 32 casos suspeitos em sete estados. Ministro da Saúde reforçou que o
momento agora é de vigilância e de planejamento
Foto: Gustavo Frasão /
ASCOM MS
O Brasil permanece sem
registro do novo coronavírus que já atinge 24 países além da China. Porém,
segundo o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o momento agora é de
vigilância e de planejamento de diferentes cenários. “Temos que trabalhar desde
o cenário super otimista, de que não teremos casos, o realista, que é o que tem
probabilidade de ocorrer, e o pessimista, que é ter uma epidemia global”,
ressaltou. Mandetta afirmou que pela grande circulação de pessoas no mundo, é
difícil saber como será a linha do tempo. “O cenário pode mudar muito rápido,
por isso a manutenção da vigilância está extremamente elevada”, disse.
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O ministro da Saúde afirmou ainda
que irá ao Paraguai no dia 19 de fevereiro para uma reunião com os ministros da
saúde do Mercosul sobre o novo coronavírus. “O Brasil tem 17 mil quilômetros de
fronteiras. É muito importante que esses países tenham sistema de vigilância
para bloquear possíveis casos”, disse Mandetta.
O Ministério da Saúde
atualizou nesta segunda-feira (10) as informações repassadas pelas Secretarias
Estaduais de Saúde sobre a situação dos casos suspeitos no Brasil. O número
reduziu em quatro casos se comparado ao informe anterior. Agora, 7 notificações
se enquadram na atual definição de caso suspeito para o novo coronavírus: Minas
Gerais (1), Rio de Janeiro (1), São Paulo (3), Paraná (1) e Rio Grande do Sul
(1).
O secretário de Vigilância em
Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira, explicou que a capacidade
de realização dos testes foi ampliada desde a semana passada. “Já capacitamos
tanto o Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, quanto o Instituto Evandro Chagas
(IEC), no Pará, além da Fiocruz, no Rio de Janeiro, que já realizava o
diagnóstico para o novo coronavírus”, disse o secretário.
O Ministério da Saúde realizou
na semana passada, em parceria com a Fiocruz e a OPAS, a capacitação dos
profissionais de laboratórios de nove países (Argentina, Uruguai, Paraguai,
Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador e Panamá). “Esses países levaram a
tecnologia na identificação do novo coronavírus. O Brasil tem se colocado à
disposição desses países, adotando todas as orientações que a Organização
Mundial da Saúde recomenda, seguindo o que há de mais atual na ciência sobre
esse tema”, afirmou.
Os casos descartados para
investigação de possível relação com a infecção humana pelo coronavírus
aumentaram para 32, quatro a mais do que o boletim divulgado no domingo (9/2).
Todas as notificações foram recebidas, avaliadas e discutidas com especialistas
do Ministério da Saúde, caso a caso, junto com as autoridades de saúde dos
estados e municípios. Esses descartes aconteceram principalmente por causa do
resultado positivo para outros vírus respiratórios.
Para manter a população
informada a respeito do novo coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza
diariamente, os dados na Plataforma
IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições
desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação a situação
epidemiológica. Os estados estão finalizando os planos de contingência para que
sejam publicados no site do Ministério da Saúde.
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