O caso estava sendo
investigado pelo Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias estadual e
municipal de São Paulo
Ministério da Saúde confirmou,
nesta quarta-feira (26/2), o primeiro caso de coronavírus em São Paulo. O homem
de 61 anos deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein, nesta terça-feira
(25/2), com histórico de viagem para Itália, região da Lombardia. O Ministério
da Saúde, em conjunto com as secretarias de saúde estadual (SES) e municipal
(SMS) de São Paulo, investigava o caso desde então. A SES/SP e SMS/SP estão
realizando a identificação dos contatos no domicílio, hospital e voo, com apoio
da Anvisa, junto à companhia aérea.
Ao confirmar o primeiro caso
no país, o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou que já era
esperada a circulação do vírus, mas que, diferente dos demais países com
transmissão, o Brasil ainda não está no inverno – período em que há maior risco
de contágio. “É mais um tipo de gripe que a humanidade vai ter que atravessar.
Das gripes históricas com letalidade maior, o coronavírus se comporta à menor e
tem transmissibilidade similar a determinada gripes que a humanidade já
superou”, explicou. “Nosso sistema já passou por epidemias respiratórias
graves. Iremos atravessar mais esta, analisando com os pesquisadores e
epidemiologistas brasileiros, qual é o comportamento desse vírus em um país
tropical”, ressaltou.
O ministro Luiz Henrique Mandetta
garantiu ainda que “a população brasileira terá todas as informações
necessárias para que cada um tome suas precauções que são cuidados com a
higiene e etiqueta respiratória, como lavar as mãos e o rosto com água e sabão.
Este é um hábito importante e higiênico para evitar não só doenças
respiratórias como outras doenças de circuito oral”.
Para o ministro da Saúde, Luiz
Henrique Mandetta, o Brasil está preparado para testar os casos e para garantir
que casos confirmados sejam monitorados e tratados. “Agora vamos acompanhar o
comportamento do vírus no hemisfério sul, qual o grau de transmissibilidade e
letalidade. Gostaria de parabenizar o sistema de vigilância, os laboratórios, o
Instituto Adolfo Lutz, pela agilidade para realizar os exames e a contra-prova.
Vamos sair mais forte do que entramos e com mais capacidade de reagir a essas
situações”, garantiu.
Todas as ações e medidas
seguidas estão de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde e da
Organização Mundial da Saúde (OMS) e, diariamente, atualizações são informadas
em coletivas e boletins epidemiológicos. Para mais informações, acesse www.saude.gov.br/coronavirus.
Para evitar contaminação, o
Ministério da Saúde recomenda medidas básicas de higiene, como lavar as mãos
com água e sabão, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir o nariz
e a boca com um lenço de papel quando espirrar ou tossir e jogá-lo no lixo.
Evitar tocar olhos, nariz e boca sem que as mãos estejam limpas.
ATUALIZAÇÃO DE CASOS SUSPEITOS
Até esta quarta-feira (26), 20
casos suspeitos de infecção pelo coronavírus são monitorados pelo Ministério da
Saúde em sete estados do país (PB, PE, ES, MG, RJ, SP e SC)). Nesta
quarta-feira (20), o Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus, em São
Paulo. Ao todo, outros 59 casos suspeitos já haviam sido descartados após
exames laboratoriais apresentarem resultados negativos para o coronavírus.
Para manter a população
informada a respeito do coronavírus, o Ministério da Saúde atualiza,
diariamente, os dados na Plataforma
IVIS, com números de casos descartados e suspeitos, além das definições
desses casos e eventuais mudanças que ocorrerem em relação à situação
epidemiológica.
Por Vanessa Aquino, da Agência Saúde
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