Aparelho, entregue pelo Ministério da
Saúde, permitirá a realização de mais de 1300 sessões de radioterapia e deve dobrar
número de pacientes atendidos por mês no Hospital de Amor Amazônia
O
Ministério da Saúde entrega, nesta quinta-feira (20), um novo equipamento de
radioterapia utilizado no tratamento de pacientes com câncer, atendidos no
Hospital de Amor Amazônia, em Porto Velho (RO). A expectativa é de que com a
entrega do equipamento seja possível dobrar o número de pacientes atendidos por
mês. O Ministério da Saúde investiu R$ 2,7 milhões na compra do equipamento por
meio do Plano de Expansão da Radioterapia (PERSUS), que permitirá a realização de 1.320 sessões de
radioterapia, segundo a direção do hospital.
O
programa tem como objetivo ampliar e criar novos serviços de radioterapia em
hospitais. A ideia é reduzir os vazios assistenciais e atender as demandas
regionais de assistência oncológica em conformidade com estados e municípios
com a entrega de aceleradores lineares. Esses equipamentos possibilitam tratar
quase todos os tipos de cânceres e tumores com maior precisão e com menos
efeitos colaterais para o paciente.
O
Hospital de Amor Amazônia, especializado em oncologia, começou a funcionar em
2017 e atende 100% pelo SUS. Agora, ele recebe um dos aceleradores previstos no
PERSUS, que ao todo entregará, no país, 100 equipamentos de radioterapia
adquiridos a preço abaixo de mercado.
Com
o investimento federal de R$ 700 milhões no Plano de Expansão da Radioterapia,
já foram implantados 24 aceleradores pelo PERSUS pelo país. Além dos
aceleradores lineares do PERSUS, outros 13 convênios para aquisição desses
equipamentos foram celebrados e encontram-se em execução.
Hoje,
o SUS disponibiliza 281 equipamentos de radioterapia na rede pública, sendo 261
aceleradores lineares e 20 cobaltos, distribuídos em quase todos os estados
brasileiros.
PLANO DE EXPANSÃO DA
RADIOTERAPIA
O
PERSUS prevê a implantação de 100 equipamentos, sendo que 80 deles são soluções
de radioterapia contemplando, além dos equipamentos, obras de infraestrutura. O
plano promove ainda a utilização de poder de compra do Estado como instrumento
para compensação tecnológica para reduzir a dependência dessa tecnologia do
país.
O
Ministério da Saúde abriu licitação e a empresa vencedora foi a norte-americana
Varian Medical Systems, que produz os equipamentos, elabora os projetos de
construção das casamatas, além de fiscalizar a execução das obras de construção
dos locais destinados a abrigar os equipamentos.
Como
parte do acordo de compensação tecnológica foi construída uma fábrica da
empresa produtora dos aceleradores lineares no Brasil, possibilitando a
implantação de um Centro de Treinamento que é referência para toda a América
Latina. Localizado em Jundiaí (SP), o centro treina profissionais para operação
e manutenção dos equipamentos. A Varian também é responsável pela identificação
de fornecedores locais de peças e acessórios e também a transferência de
tecnologia em desenvolvimento de software
para institutos tecnológicos brasileiros.
A
implantação das soluções de radioterapia envolve a contratação de obras
públicas e a aprovação dos projetos em órgãos como vigilâncias sanitárias e
comissão nacional de energia nuclear. A importação e instalação do equipamento
ocorre de forma sincronizada com a evolução das obras, que são acompanhadas
pela equipe técnica do Ministério da Saúde. O pagamento para a empresa só
ocorre após a licença de operação, quando o serviço está autorizado a iniciar
os tratamentos.
Por Natália Monteiro e Silvia Pacheco, da Agência Saúde
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à imprensa
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