Ele é investigado por
suspeitas de irregularidades nos contratos assinados durante a pandemia de
Covid no estado.
Por Márcia Brasil, Pedro
Figueiredo e Otávio Guedes, Bom Dia Rio
Edmar Santos, ex-secretário estadual de Saúde do RJ — Foto: Reprodução/TV Globo
O ex-secretário de Saúde Edmar
Santos foi preso manhã desta sexta-feira (10) em Itaipava, na Região Serrana do
Rio. Ele é investigado por suspeitas de irregularidades nos contratos de Saúde
do RJ durante a pandemia de Covid-19.
Há suspeitas de fraudes,
inclusive já apontadas pelo Tribunal
de Contas do Estado, em alguns contratos firmados sem licitação, entre
eles, o de compra de respiradores, oxímetros e medicamentos e o de contratação
de leitos privados. O governo do RJ gastou R$ 1 bilhão para fechar contratos
emergenciais.
A prisão de Santos aconteceu
durante uma operação do Ministério Público estadual. Além de Itaipava, os
promotores estão também no endereço residencial de Santos, em Botafogo, na Zona
Sul da capital.
Santos e outras sete pessoas
são acusados pelo Ministério Público de improbidade administrativa.
Quebra de sigilo bancário
Na semana passada, a Justiça
determinou a quebra
do sigilo bancário e o bloqueio dos bens de Edmar Santos.
Também na semana passada, ele
se recusou a responder as perguntas feitas pelas Comissões de Fiscalização dos
Gastos do Estado, da Assembleia Legislativa do RJ (Alerj), contra a Covid-19 e
de Saúde durante uma sessão virtual.
"Ainda não tive acesso
integral aos elementos de prova do inquérito 1338 do Distrito Federal do
Superior Tribunal de Justiça, cujos fatos ali investigados dizem respeito
direta ou indiretamente aos motivos me trouxeram aqui para prestar declarações
para seus interesses de esclarecimento. Dessa forma, fui expressamente orientado
por meus advogados e, por ora, exerço meu direito de silêncio às perguntas que
eventualmente sejam direcionadas", disse o ex-secretário, logo no início a
sessão.
Edmar Santos foi exonerado
no dia 17 de maio. A decisão do governador Wilson Witzel foi motivada
por conta dos atrasos e problemas nas entregas dos hospitais de campanha,
incluindo o desgaste provocado por denúncias de fraudes na licitação para a
compra de respiradores.
Pagamento antecipado de R$ 36
milhões
O governo pagou R$ 36 milhões
antecipadamente para três empresas, mas nenhum respirador chegou até os
hospitais.
A investigação do Ministério Público revelou que o ex-secretário de Saúde foi quem definiu a quantidade de respiradores que seriam comprados. E que Edmar Santos deixou nas mãos de Gabriell Neves, então subsecretário executivo de saúde, os processos de contratações emergenciais.
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