RodrigoPereira (Bio-Manguinhos/Fiocruz)
Como uma iniciativa conjunta, a Fiocruz e a Universidade de Aveiro (UA/Portugal) lançaram o Laboratório Binacional (Brasil - Portugal) para Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (LBCTIS). Esta ação faz parte do Acordo de Cooperação Internacional para CT&I, que contemplará projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação de interesse dos dois países.
No Brasil, a instalação do
Laboratório Binacional é tratada por diversas unidades da Fiocruz, dentre elas,
o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), o Instituto
Oswaldo Cruz (IOC), o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) e a
Fiocruz Ceará. A iniciativa conta também com o apoio manifestado por diversos
órgãos, institutos, ministérios, embaixadas e empresas do eixo Brasil-Europa.
O projeto para criação do
Laboratório Binacional vem sendo discutido entre a Fiocruz e a Universidade de
Aveiro há alguns anos, e envolve a participação de alguns colaboradores, como é
o caso de Felipe Rodrigues da Silva, que fez pós-doutorado na universidade
portuguesa. Ele representa Bio-Manguinhos/Fiocruz nas reuniões e tratativas
para a consolidação do Laboratório Binacional no Parque de Ciência e Inovação
(PCI), um polo tecnológico localizado nas proximidades de Aveiro e ligado à
Universidade. “O polo já está em funcionamento e tem a perspectiva de se tornar
um dos maiores centros de tecnologia de Portugal e Europa”, explica.
Durante o período em que morou
em Portugal devido ao seu pós-doutorado, Felipe percebeu que seu tema de estudo
poderia ser utilizado como um dos pilares do projeto do Laboratório Binacional
e, consequentemente, incluir Bio-Manguinhos/Fiocruz no mesmo. “Estudei a
‘aplicação dos conceitos e elementos da Indústria 4.0 na produção de vacinas e
biofármacos’. Este assunto apresenta relação direta com o plano diretor de
digitalização que vem sendo estruturado pelo Fernando Serva e Simone Rosal em
conjunto com toda a equipe da nova planta industrial de Bio (o Complexo
Industrial de Biotecnologia em Saúde [Cibs], em construção em Santa Cruz) e que
pode contar, por exemplo, com o conhecimento de especialistas de instituições
portuguesas e europeias no tema”, afirmou.
Felipe, inclusive, conversou
com alguns desses especialistas por conta do seu pós-doutorado e acrescenta que
existem outros projetos e iniciativas previstos no contexto da parceria, para
além do plano de digitalização do Cibs, que podem ser do interesse do
Instituto.
Sobre a possibilidade de haver alguma iniciativa voltada para o enfrentamento da pandemia da Covid-19, Felipe comentou que, por enquanto, as tratativas estão focadas principalmente na inserção e consolidação do Laboratório Binacional em Aveiro. “Porém, iniciativas que possam ser objeto dessa parceria já estão sendo discutidas e, entre elas, há algumas relacionadas à Covid-19 sim”, concluiu.
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