Escrito ou enviado por
Renata Monteiro
Fonte: www.segs.com.br
Por Dr. Hésio Vicente Juliano - Cirurgião Geral do Hospital Igesp e Doutor em Ciências Médicas pela FMUSP - SP
No calendário de campanhas
nacionais de conscientização, o mês de julho visa conscientizar e reduzir o
número de pacientes com hepatites virais. As principais são os tipos A,
transmitidas por alimentos mal lavados, água ou fezes de pessoas infectadas, B
e C, que são mais graves e transmitidas por transfusão de sangue ou
compartilhamento de materiais cortantes infectados (ex: uso de drogas
injetáveis) ou contato sexual, e D (delta) com transmissão semelhante às
anteriores, mas que afeta apenas as pessoas que já têm hepatite B. Estas
últimas também podem ser transmitidas de mãe para filho na gestação, parto ou
amamentação.
As hepatites virais crônicas
podem levar ao aparecimento de cirrose, câncer hepático e são uma das principais
causas de transplante hepático no mundo. A hepatite A tem curso agudo e
geralmente é benigna nas crianças, podendo ser grave nos adultos. Recentemente,
observamos um aumento no número de casos de hepatite A em homens que fazem sexo
com homens. As hepatites B, C e D podem evoluir para a forma crônica e cursar
de forma assintomática por muitos anos. Quando aparecem os sintomas,
provavelmente já estão em forma avançada, por isso a necessidade do diagnóstico
precoce.
A hepatite na forma aguda pode
se manifestar com dor abdominal, náuseas e vômitos, olhos amarelados e urina
escura. As enzimas hepáticas (TGO e TGP avaliadas por testes laboratoriais)
encontram-se bastante aumentadas. Já as hepatites crônicas, em seus estágios
avançados, cursam com cirrose e outros sinais de insuficiência hepática, como
ascite e encefalopatia.
O diagnóstico das hepatites
virais é feito por exames de sangue laboratoriais e, às vezes, são necessários
exames de imagem adicionais para avaliar o estágio da doença. A prevenção das
hepatites A e B já pode ser feita através de vacinação e a hepatite C já pode
ser tratada com medicamentos orais de alta eficácia disponíveis no SUS.
Os cuidados são importantes
para prevenção, como não compartilhar objetos de higiene pessoal, usar
preservativos nas relações sexuais, ter cuidados ao fazer procedimentos como
piercings, tatuagens e uso de objetos cortantes em salões de beleza, sempre
verificando se estão bem esterilizados.
Acredita-se que no Brasil
existem em torno de 700.000 pessoas infectadas pela hepatite C, mas a maioria
delas não tem diagnóstico. Fale com seu médico para solicitar exames para as
hepatites virais.
Sobre o Hospital IGESP –
Fundado em 1956, o Hospital IGESP é um hospital geral de máxima eficiência e
perfil cirúrgico, conceito atestado em sua competente equipe de profissionais
da saúde, mobilizada para cuidar dos pacientes de forma global. O corpo clínico
é composto por especialistas renomados que estão em constante processo de
atualização e aprimoramento de novas técnicas que visam garantir a eficiência
técnica e o bem-estar dos pacientes.
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