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quinta-feira, 9 de junho de 2022

Conexão Brasília com o jornalista Olho Vivo Edmar Soares

09.06.2022

CCJ aprova admissibilidade de PEC que proíbe aposentadoria de juízes como medida disciplinar

Proposta prevê pena de perda do cargo para juízes que atentarem contra a dignidade, a honra e o decoro de suas funções

* A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, com 39 votos favoráveis, dois contrários e uma abstenção, a admissibilidade da PEC 163/12, que proíbe a concessão de aposentadoria a magistrados como medida disciplinar. O objetivo é acabar com a pena de aposentadoria compulsória com salário proporcional ao tempo de serviço, aplicável a juízes acusados de atos de corrupção ou ofensivos à moralidade administrativa.

A proposta foi apresentada pelo deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR) e pelo ex-deputado Arnaldo Jordy. Para Bueno, a medida acaba com um privilégio. “Há uma preocupação muito grande da esmagadora maioria dos juízes brasileiros por esse absurdo da aposentadoria compulsória. Sentem-se constrangidos de ter uma meia dúzia de juízes punidos e sendo pagos pelo resto da vida com dinheiro público pelo crime que cometeram. Ou seja, o crime compensa”, afirmou o deputado.

A proposta prevê a pena de perda do cargo para juízes que atentarem contra a dignidade, a honra e o decoro de suas funções. E atribui ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a competência de decretar, por decisão administrativa, a perda do cargo de membros do Poder Judiciário. Atualmente, a exoneração de um juiz só pode se dar por decisão judicial transitada em julgado.

- Com Bolsonaro, Lira e Mourão fora, Pacheco assume a Presidência do país até sábado

É a segunda vez que senador exerce o comando do país interinamente. Senador deve viajar à Paraíba

* O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assumiu a Presidência da República na noite desta quarta-feira interinamente. O senador vai exercer provisoriamente o posto já que estarão fora do país tanto o presidente Jair Bolsonaro (PL) quanto os primeiros na linha sucessória, o vice-presidente, Hamilton Mourão (Republicanos), e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Pacheco fica no cargo até sábado, quando Bolsonaro volta ao Brasil. O presidente viajou para a Cúpula das Américas, nos Estados Unidos, na noite desta quarta-feira. O senador assumiu a Presidência ainda na Base Aérea de Brasília, logo após Bolsonaro decolar para o exterior.

- Sem registro em SP, Moro enfrentará bolsonaristas do União Brasil no Paraná, além de investigação criminal

Ex-ministro deve tentar concorrer a uma vaga na Câmara ou Senado, mas precisa convencer diretório de seu partido. Inquérito da PF também investiga mudança de domicílio para São Paulo

* Depois de ter a transferência de seu domicílio eleitoral negada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) recalculou seus planos e tentará emplacar uma candidatura ao Senado Federal pelo Paraná. A tarefa, no entanto, depende de acertos políticos no estado, onde o seu partido apoia a reeleição do governador Ratinho Júnior (PSD) e tem bolsonaristas no comando do diretório estadual.

* O ex-juiz ainda precisa enfrentar outra pendência com a Justiça: um inquérito da Polícia Federal que investiga suposta fraude na mudança de domicílio para a capital paulista. Se condenado por órgão colegiado, ele poderá se tornar inelegível ainda este ano, mas a hipótese é considerada pouco provável, considerando o tempo de tramitação do processo.

Apesar de desejar a vaga no Senado, pessoas próximas ao ex-juiz dizem que ele está aberto a ouvir outras propostas do partido. Uma ala do União Brasil continua defendendo a candidatura à Câmara dos Deputados como a melhor opção para Moro. Além de ser uma vitória quase garantida, o ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) atuaria como puxador de votos e ajudaria a ampliar a bancada da sigla no Congresso — tarefa importante para manter o fundo eleitoral nas próximas disputas.

Se quiser seguir com a candidatura ao Senado, Moro terá como primeiro obstáculo o diretório estadual do União Brasil, presidido pelo deputado federal Felipe Francischini, apoiador de Bolsonaro e filho do deputado Fernando Francischini (União Brasil), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por divulgar notícias falsas nas eleições de 2018. Felipe vinha articulando apoio à reeleição do atual governador, Ratinho Júnior, que também é aliado do presidente da República.

- Bolsonaro volta a criticar ministros do STF após confirmar cassação de aliado por fake news

Presidente acusou os membros da Corte de perseguição e novamente cogitou descumprir decisões do Supremo

* O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e a colocar dúvidas no processo eleitoral nesta quarta-feira, durante encontro com empresários na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). Em discurso na capital carioca, o chefe do Planalto acusou os membros da Corte de perseguição e novamente cogitou descumprir decisões do Supremo, ao comentar o julgamento sobre o marco temporal das terras indígenas.

* Ao fim do discurso, que durou cerca de 20 minutos, o presidente foi ovacionado aos gritos de "mito, mito, mito", segundo o colunista Lauro Jardim. Entre os presentes na plateia, estavam bolsonaristas como o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), os ex-ministros Eduardo Pazuello e Onyx Lorenzoni e empresários.

Na tarde de ontem, pouco depois da decisão da Segunda Turma do STF que manteve a cassação do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (União-PR), o presidente já havia subido o tom contra membros da Corte. Bolsonaro repetiu a notícia falsa que custou o mandato do parlamentar, sobre fraude nas urnas no pleito de 2018, e teve como seu alvo preferido o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Edson Fachin, um dos que votaram pela manutenção da cassação de Francischini.

- Com litro de gasolina a R$ 15, Hong Kong é cidade mais cara para expatriados. Na outra ponta, Teerã tem combustível a R$ 0,44

Pesquisa foi realizada no mês de março pela ECA International, que comparou os dados com igual período do ano passado

* Hong Kong é a cidade mais cara do mundo para se viver como expatriado pelo segundo ano consecutivo, de acordo com um novo estudo. Nova York e Genebra ficaram em segundo e terceiro lugares no ranking, respectivamente.

* Preços mais altos e uma moeda mais forte no ano passado mantiveram a cidade asiática no topo da lista, segundo a ECA International, que realizou a pesquisa em março. Londres e Tóquio completam os cinco primeiros do ranking.

* Os altos custos de aluguel foram uma das razões pelas quais Londres e Nova York ficaram entre os cinco primeiros do ranking, com os preços subindo 20% e 12%, respectivamente.

- Zema e Kalil trocam ofensas, e aliados afirmam que tom na campanha será o mesmo

Ataques incluíram "lava a boca para falar do meu pai' e desafio para teste de QI

* Uma nova rodada com dois dias consecutivos de ataques entre os pré-candidatos ao governo de Minas Gerais Romeu Zema (Novo), que tentará a reeleição, e o ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), reforça projeção de uma campanha à moda de "socos e pontapés" para ver quem começa 2023 comandando o estado.

Aliados de ambos os lados não acreditam em mudança no cenário, mesmo com a campanha começando oficialmente apenas em 16 de agosto e a eleição marcada para 2 de outubro, ou seja, daqui a quase quatro meses.

Há pouco mais de um mês os dois já haviam se estranhado por causa da instalação da fábrica de cervejas Heineken no estado e estradas esburacadas. Os embates ocorrem via pronunciamentos, alfinetadas em redes sociais e entrevistas.

- Precatórios do INSS serão pagos em julho; veja quem receberá

Conselho da Justiça deve liberar R$ 25,4 bilhões; dinheiro cai na conta do aposentado até agosto

O CJF (Conselho da Justiça Federal) liberará R$ 25,4 bilhões para o pagamento dos precatórios alimentares no mês que vem. A maior parte deste valor é destinada aos aposentados que venceram o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na Justiça. Os precatórios são dívidas judiciais do governo acima de 60 salários mínimos.

O ofício comunicando o pagamento foi enviado aos TRFs (Tribunais Regionais Federais) nesta semana pelo ministro Humberto Martins. No comunicado, o ministro diz que o dinheiro será liberado conforme publicação do "Cronograma de Desembolso Mensal da Justiça Federal".

* Os depósitos aos tribunais ocorrerão em julho, mas a quitação dos valores aos segurados pode ocorrer até a primeira quinzena de agosto. "A efetiva disponibilização dos valores na conta dos beneficiários, em face dos procedimentos administrativos internos nos tribunais e instituições financeiras, está prevista para ocorrer até a primeira quinzena do mês de agosto", diz o CJF.

Neste ano, o pagamento dos precatórios deverá seguir o que está determinado nas emendas constitucionais 113 e 114, da PEC (proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios. Segundo a advogada Adriane Bramante, presidente do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), a partir de agora, haverá limite de valores. "O que superar este limite será pago no ano seguinte."

* Em nota, o TRF-5 (Tribunal Regional Federal da 5ª Região), que atende estados do Nordeste, informa que recebeu nesta quarta (8) ofício do Conselho da Justiça Federal comunicando o pagamento no mês de julho. O tribunal diz que não há data exata para liberar os valores aos segurados. "O pagamento será a partir de julho, mas não há como, nesse momento, precisar data nem valores, tampouco número de beneficiários", informa.

O TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), que atende os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, também confirma o recebimento do comunicado e diz que ainda não sabe qual o montante destinado à região nem quantos serão os beneficiários.

PAGAMENTO TEM MUDANÇAS; VEJA QUAIS SÃO

Segundo o texto da emenda constitucional, o valor total dos precatórios tem um teto que congela o montante a ser pago. Até 2026, o pagamento terá como base o valor pago em atrasados em 2016 mais os restos a pagar de anos anteriores.

Parte do valor que seria para quitar as dívidas judiciais vai para o Auxílio Brasil, substituto do Bolsa Família e principal programa do governo como aposta para a reeleição.

"O precatório não será mais pago exatamente no ano indicado como previsto. Além de ter o precatório expedido, o segurado deverá aguardar a segunda lista, que será divulgada após os valores a serem pagos, dentro do teto trazido pelas duas emendas constitucionais", diz ela.

- STF usou Francischini para mandar recado ao presidente, diz Flávio Bolsonaro à CNN

Deputado bolsonarista teve sua cassação mantida após votação da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)

* O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou, nesta quarta-feira (8), em entrevista exclusiva à CNN, que a manutenção da cassação do deputado estadual do Paraná Fernando Francischini (União Brasil) pela Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) foi um recado da Corte ao presidente Jair Bolsonaro (PL), do qual é coordenador da campanha à reeleição.

“Eu perdi já a esperança. Eu tinha a esperança que internamente o Supremo conseguisse se resolver e evitar esse arroubos individuais de alguns em momentos diferentes, que são aberrações jurídicas. Olha, o que fizeram com o deputado Francischini: uma aberração jurídica sem tamanho, uma perseguição que ele sofreu organizada por algumas dessas pessoas para mandar recado para Bolsonaro”, afirmou Flávio Bolsonaro.

“Como se fosse o seguinte: olha, se alguém falar que o processo eleitoral tem algum problema é isso que vai acontecer você vai ser cassado, preso. Isso acontece na Coreia do Norte, em Cuba, não era para acontecer no Brasil”, continuou.

* Foram três votos a dois contra a decisão monocrática do ministro Nunes Marques que derrubou a determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra Francischini.

Os ministros Nunes Marques e André Mendonça votaram favoráveis ao parecer. Já Edson Fachin, presidente do TSE, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes foram contra.

Procurado pela CNN, o STF disse que não comentará as declarações de Flávio Bolsonaro.

- "A esquerda não pode voltar", diz Damares Alves

Ex-ministra afirma que reúne melhores condições do que Flávia Arruda para ocupar a única vaga aberta para a Casa legislativa. Diz não acreditar nas pesquisas de intenção de voto e se junta ao presidente nas críticas aos integrantes do STF

* A ex-ministra Damares Alves (Republicanos-DF) está convencida de que disputará a única vaga para senador que será aberta nas eleições de outubro. Em entrevista ao CB.Poder, ela diz que aguardará as convenções partidárias, em julho, para ser a escolhida do grupo bolsonarista a concorrer à Casa Legislativa. Damares mantém-se defensora fiel do presidente Bolsonaro e afirma que é preciso, sim, questionar a Corte Suprema. "Não vamos pregar ódio, vamos pregar coerência".

- Senado aprova prorrogação até 2023 de remarcação de serviços e eventos adiados pela Covid

O texto muda uma lei já aprovada e que trata de medidas emergenciais adotadas para minimizar a crise provocada pela pandemia

* O Senado aprovou nesta quarta-feira (8) a medida provisória que prorroga até o final de 2023 a remarcação de serviços e eventos adiados pela pandemia de Covid-19.

A medida provisória foi aprovada em votação simbólica na Casa. O texto já tinha sido aprovado na Câmara e, agora, segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).

* O texto muda uma lei já aprovada e que trata de medidas emergenciais adotadas para minimizar a crise provocada pela pandemia nos setores de turismo e cultura.

As regras já haviam sido prorrogadas devido à persistência da pandemia. Em fevereiro deste ano, o governo enviou nova MP para estender o período para aplicação da lei.

A medida abrange adiamento ou cancelamento de shows, espetáculos e outros eventos de 1º de janeiro de 2020 a 31 de dezembro de 2022 –antes, ia até 31 de dezembro de 2021.

Segundo o texto, o empresário e o prestador de serviços não serão obrigados a reembolsar o consumidor desde que cumpram determinadas exigências, como possibilitar que o crédito gerado pelo evento seja utilizado pelo usuário até 31 de dezembro de 2023.

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