Produto será oferecido em duas
unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro. Grupo DPSP diz que vai atender
adultos "interessados na aplicação da 3ª dose ou adicional de reforço,
conforme liberação da Anvisa".
Doses da vacina Covishield,
produzida pela universidade inglesa de Oxford — Foto: Agência Saúde
DF/Divulgação
Drogarias do Grupo DPSP anunciaram
nesta quarta-feira (1º) que vão vender doses da vacina AstraZeneca contra a
Covid-19 por R$ 229 para pessoas acima de 18 anos e que tenham recebido a
imunização anterior há ao menos 4 meses.
De acordo com o grupo, o
serviço estará disponível a partir deste final de semana inicialmente em três
unidades das Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo nas cidades do Rio de
Janeiro e na capital Paulista (veja dados abaixo). O agendamento deve ser feito
via WhatsApp.
“Agora, com o fim da
emergência sanitária no Brasil e o recente aval de aquisição das vacinas por
parte de clínicas e empresas privadas, tornou-se possível ampliar o acesso à
vacina, especialmente para as pessoas que desejam reforçar sua imunização,
proporcionando a aplicação de forma muito mais cômoda, inclusive aos finais de
semana”, afirmou, em nota, Daniel Cavallete, Gerente Executivo de Negócios do
Grupo DPSP.
Ainda segundo o Grupo DPSP,
"os clientes interessados deverão ter mais de 18 anos, apresentar na
ocasião RG e a carteirinha de imunização contra a Covid-19, com intervalo de
quatro meses desde a última dose". O foco do atendimento serão, de acordo
com o grupo, adultos "interessados na aplicação da 3ª dose ou adicional de
reforço, conforme liberação da Anvisa".
Unidades em SP e no RJ
Em São Paulo, o serviço será
oferecido em Moema (Avenida Lavandisca, 116 - telefone 11 9 1035-2935) e Paulista
(Avenida Paulista 266, telefone 11 9 4217-1071). No Rio de Janeiro, a unidade
fica na Barra da Tijuca (Avenida das Américas, 1800, telefone: 21 9 9947-9447).
Critério diferente da ABCVAC
Na última segunda-feira (30),
a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) também anunciou que
doses da AstraZeneca estariam sendo liberadas para a rede privada de clínicas
do país nesta semana, contudo, o critério recomendado pela associação é
diferente do anunciado pelo grupo DPSP.
De acordo com a ABCVAC, nas
clínicas, a ideia é que a vacina não seja de busca espontânea, ou
seja, cada paciente deve entrar em contato com sua clínica de confiança, se
informar e fazer uma agendamento conforme a disponibilidade de doses, pois os
frascos após abertos tem 48 horas de validade.
Além disso, as clínicas também
devem checar as doses que o paciente já tomou e efetuar as devidas orientações.
Carla Kobayashi,
infectologista do Hospital Sírio Libanês explica que essa avaliação
individualizada com o profissional de saúde que acompanha o paciente (ou na
clínica de imunização) é fundamental para que o esquema prévio de imunização
seja analisado e uma prescrição específica possa ser direcionada,
principalmente para aqueles pacientes com imunossupressão e com comorbidades.
Ela destaca que não há
necessidade criar insegurança na população quanto a uso dos imunizantes, mas o
ideal é o paciente seguir as orientações da Organização
Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de
Imunização, não excedendo o limite de doses recomendado.
"A liberação da
comercialização das vacinas é algo positivo, pois aumenta o acesso, mas deve
ser visto com cautela", ressalta.
"Não podemos esquecer que
vacina é um imunobiológico, ou seja, semelhante a medicamentos tem as suas
regulamentações da Anvisa, indicações e eventos adversos", acrescenta a
especialista.
Em nota a Anvisa disse que as
vacinas autorizadas no Brasil estão aprovadas somente para as indicações que
constam em bula, incluindo a faixa etária e doses indicadas. Segundo a agência
essas indicações da bula são reflexos dos estudos clínicos e dados apresentados
pelas empresas.
"Ou seja, indicações fora
da bula não estão embasada em informações apresentadas pelas empresas e
avaliadas pela Anvisa. A Anvisa não regulamenta o uso off label (fora do
especificado em bula) contudo esse uso deve ser baseado em evidências
científicas e sustentada na responsabilidade do médico prescritor",
afirmou a agência.
O g1 também entrou em contato com o Ministério da Saúde para esclarecer quais são as orientações para quem busca essa imunização no mercado privado, se idade e tempo desde a última vacinação são indicados como critério, e se haverá um controle do público que busca essas vacinas no mercado privado.
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