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sexta-feira, 3 de junho de 2022

Rede de drogarias vai vender vacina contra Covid por R$ 229 para quem tem mais de 18 anos e tomou dose há ao menos 4 meses

Produto será oferecido em duas unidades em São Paulo e no Rio de Janeiro. Grupo DPSP diz que vai atender adultos "interessados na aplicação da 3ª dose ou adicional de reforço, conforme liberação da Anvisa".

Por g1

Doses da vacina Covishield, produzida pela universidade inglesa de Oxford — Foto: Agência Saúde DF/Divulgação

Drogarias do Grupo DPSP anunciaram nesta quarta-feira (1º) que vão vender doses da vacina AstraZeneca contra a Covid-19 por R$ 229 para pessoas acima de 18 anos e que tenham recebido a imunização anterior há ao menos 4 meses.

De acordo com o grupo, o serviço estará disponível a partir deste final de semana inicialmente em três unidades das Drogarias Pacheco e Drogaria São Paulo nas cidades do Rio de Janeiro e na capital Paulista (veja dados abaixo). O agendamento deve ser feito via WhatsApp.

“Agora, com o fim da emergência sanitária no Brasil e o recente aval de aquisição das vacinas por parte de clínicas e empresas privadas, tornou-se possível ampliar o acesso à vacina, especialmente para as pessoas que desejam reforçar sua imunização, proporcionando a aplicação de forma muito mais cômoda, inclusive aos finais de semana”, afirmou, em nota, Daniel Cavallete, Gerente Executivo de Negócios do Grupo DPSP.  

Ainda segundo o Grupo DPSP, "os clientes interessados deverão ter mais de 18 anos, apresentar na ocasião RG e a carteirinha de imunização contra a Covid-19, com intervalo de quatro meses desde a última dose". O foco do atendimento serão, de acordo com o grupo, adultos "interessados na aplicação da 3ª dose ou adicional de reforço, conforme liberação da Anvisa".

Unidades em SP e no RJ

Em São Paulo, o serviço será oferecido em Moema (Avenida Lavandisca, 116 - telefone 11 9 1035-2935) e Paulista (Avenida Paulista 266, telefone 11 9 4217-1071). No Rio de Janeiro, a unidade fica na Barra da Tijuca (Avenida das Américas, 1800, telefone: 21 9 9947-9447).

Critério diferente da ABCVAC

Na última segunda-feira (30), a Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC) também anunciou que doses da AstraZeneca estariam sendo liberadas para a rede privada de clínicas do país nesta semana, contudo, o critério recomendado pela associação é diferente do anunciado pelo grupo DPSP.

De acordo com a ABCVAC, nas clínicas, a ideia é que a vacina não seja de busca espontânea, ou seja, cada paciente deve entrar em contato com sua clínica de confiança, se informar e fazer uma agendamento conforme a disponibilidade de doses, pois os frascos após abertos tem 48 horas de validade.

Além disso, as clínicas também devem checar as doses que o paciente já tomou e efetuar as devidas orientações.

Carla Kobayashi, infectologista do Hospital Sírio Libanês explica que essa avaliação individualizada com o profissional de saúde que acompanha o paciente (ou na clínica de imunização) é fundamental para que o esquema prévio de imunização seja analisado e uma prescrição específica possa ser direcionada, principalmente para aqueles pacientes com imunossupressão e com comorbidades.

Ela destaca que não há necessidade criar insegurança na população quanto a uso dos imunizantes, mas o ideal é o paciente seguir as orientações da Organização Mundial da Saúde, do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Imunização, não excedendo o limite de doses recomendado.

"A liberação da comercialização das vacinas é algo positivo, pois aumenta o acesso, mas deve ser visto com cautela", ressalta.

"Não podemos esquecer que vacina é um imunobiológico, ou seja, semelhante a medicamentos tem as suas regulamentações da Anvisa, indicações e eventos adversos", acrescenta a especialista.

Em nota a Anvisa disse que as vacinas autorizadas no Brasil estão aprovadas somente para as indicações que constam em bula, incluindo a faixa etária e doses indicadas. Segundo a agência essas indicações da bula são reflexos dos estudos clínicos e dados apresentados pelas empresas.

"Ou seja, indicações fora da bula não estão embasada em informações apresentadas pelas empresas e avaliadas pela Anvisa. A Anvisa não regulamenta o uso off label (fora do especificado em bula) contudo esse uso deve ser baseado em evidências científicas e sustentada na responsabilidade do médico prescritor", afirmou a agência.

O g1 também entrou em contato com o Ministério da Saúde para esclarecer quais são as orientações para quem busca essa imunização no mercado privado, se idade e tempo desde a última vacinação são indicados como critério, e se haverá um controle do público que busca essas vacinas no mercado privado.

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