Estudo
mostra que fatores como desmatamento e aumento da temperatura estão associados
com a incidência de hantavirose
A
letalidade do hantavírus, causador de uma síndrome pulmonar mortal para a qual
não há vacina nem tratamento, é alta no Brasil, atingindo 41%. A emergência
epidemiológica levou a um estudo, que fornece as primeiras evidências de
fatores sociais, ecológicos e climáticos associados com a incidência da
Síndrome Pulmonar Hantavírus na América tropical.
Publicada
na revista PLoS One, a pesquisa é coordenada por Jean Paul Metzger, professor
titular do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. “Queríamos
identificar quais variáveis socioambientais estão relacionadas com a doença e
tentar estabelecer quais seriam as condições de risco de infecção”, disse
Metzger. Até o momento, foram identificadas oito variantes de hantavírus no
Brasil, com oito espécies de roedores que são reservatórios naturais do vírus
por aqui.
Os
pesquisadores empregaram modelos estatísticos para analisar dados da incidência
da doença no Estado de São Paulo e as variáveis estudadas. “Quantificamos as
associações entre a incidência da síndrome pulmonar hantavírus entre 1993 e
2012 com variáveis climáticas, com a estrutura da paisagem e com fatores
sociais”, explicou. A partir dos dados, foram construídos modelos para os dois
principais biomas do estado, o Cerrado e a Mata Atlântica. “Produzimos um mapa
de risco que pode ser usado para a adoção de medidas preventivas e para a
otimização de recursos que auxiliem para evitar a propagação da doença.
Especialmente nos municípios que mostram índices de infecção médios para
altos”, comentou.
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