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quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

HANTAVÍRUS - AÇÃO HUMANA AMPLIA A INCIDÊNCIA

Estudo mostra que fatores como desmatamento e aumento da temperatura estão associados com a incidência de hantavirose

A letalidade do hantavírus, causador de uma síndrome pulmonar mortal para a qual não há vacina nem tratamento, é alta no Brasil, atingindo 41%. A emergência epidemiológica levou a um estudo, que fornece as primeiras evidências de fatores sociais, ecológicos e climáticos associados com a incidência da Síndrome Pulmonar Hantavírus na América tropical.

Publicada na revista PLoS One, a pesquisa é coordenada por Jean Paul Metzger, professor titular do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. “Queríamos identificar quais variáveis socioambientais estão relacionadas com a doença e tentar estabelecer quais seriam as condições de risco de infecção”, disse Metzger. Até o momento, foram identificadas oito variantes de hantavírus no Brasil, com oito espécies de roedores que são reservatórios naturais do vírus por aqui.

Os pesquisadores empregaram modelos estatísticos para analisar dados da incidência da doença no Estado de São Paulo e as variáveis estudadas. “Quantificamos as associações entre a incidência da síndrome pulmonar hantavírus entre 1993 e 2012 com variáveis climáticas, com a estrutura da paisagem e com fatores sociais”, explicou. A partir dos dados, foram construídos modelos para os dois principais biomas do estado, o Cerrado e a Mata Atlântica. “Produzimos um mapa de risco que pode ser usado para a adoção de medidas preventivas e para a otimização de recursos que auxiliem para evitar a propagação da doença. Especialmente nos municípios que mostram índices de infecção médios para altos”, comentou.

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