O ministro da Saúde diz que a
candidatura está a ser tratada como um objetivo nacional. A segurança e a
oferta de um pacote fiscal competitivo dão vantagem ao país.
Adalberto Campos Fernandes
enfatiza que Portugal tem de ter "uma candidatura ganhadora",
esperando que os portugueses se "unam em torno de um objetivo
nacional".
"É um objetivo importante
porque se trata de uma Agência relevante (...). Atrairá para Portugal uma
grande atenção, numa área que mobiliza muitos recursos no mundo. O setor
farmacêutico, com medicamentos e dispositivos, é provavelmente, a par da
indústria petrolífera e do armamento, do mais pujante em termos internacionais.
Do ponto de vista econômico, atrairíamos centenas, milhares de eventos, de
reuniões, de interações", afirmou o ministro em entrevista à agência Lusa.
Há cerca de mais duas dezenas
de interessados em receber a Agência Europeia do Medicamento, que vai abandonar
o Reino Unido na sequência do "Brexit''.
O ministro considera que
Portugal tem vantagens muito práticas e concretas, como ser o terceiro país
mais seguro do mundo e ter equidistância em termos de interesses na indústria
do medicamento.
A decisão, que cabe à Comissão
Europeia e deve ser tomada em outubro, contempla também outros requisitos, como
a capacidade de instalar os cerca de 900 profissionais da Agência e respetivas
famílias.
"Há um pacote fiscal que
é competitivo e que já foi apresentado. Isso é importante, porque há países em
que esse pacote fiscal é mais duro e exigente", esclareceu Campos
Fernandes.
O ministro reconhece que é
"um processo político complexo", que envolve também o Ministério dos
Negócios Estrangeiros, e que exige "um grande tricot", na medida em
que os países se vão apreciar mutuamente e avaliar-se uns aos outros.
Foto - João Relvas / Ag. Lusa
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