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sábado, 10 de junho de 2017

Portugal entre os favoritos para receber Agência Europeia do medicamento

O ministro da Saúde diz que a candidatura está a ser tratada como um objetivo nacional. A segurança e a oferta de um pacote fiscal competitivo dão vantagem ao país.

Adalberto Campos Fernandes enfatiza que Portugal tem de ter "uma candidatura ganhadora", esperando que os portugueses se "unam em torno de um objetivo nacional".
"É um objetivo importante porque se trata de uma Agência relevante (...). Atrairá para Portugal uma grande atenção, numa área que mobiliza muitos recursos no mundo. O setor farmacêutico, com medicamentos e dispositivos, é provavelmente, a par da indústria petrolífera e do armamento, do mais pujante em termos internacionais. Do ponto de vista econômico, atrairíamos centenas, milhares de eventos, de reuniões, de interações", afirmou o ministro em entrevista à agência Lusa.

Há cerca de mais duas dezenas de interessados em receber a Agência Europeia do Medicamento, que vai abandonar o Reino Unido na sequência do "Brexit''.

O ministro considera que Portugal tem vantagens muito práticas e concretas, como ser o terceiro país mais seguro do mundo e ter equidistância em termos de interesses na indústria do medicamento.

A decisão, que cabe à Comissão Europeia e deve ser tomada em outubro, contempla também outros requisitos, como a capacidade de instalar os cerca de 900 profissionais da Agência e respetivas famílias.

"Há um pacote fiscal que é competitivo e que já foi apresentado. Isso é importante, porque há países em que esse pacote fiscal é mais duro e exigente", esclareceu Campos Fernandes.

O ministro reconhece que é "um processo político complexo", que envolve também o Ministério dos Negócios Estrangeiros, e que exige "um grande tricot", na medida em que os países se vão apreciar mutuamente e avaliar-se uns aos outros.

Foto - João Relvas / Ag. Lusa


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