Após a chegada da unidade da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Governo do Estado espera que, até 2020, mais
três empresas da área de saúde e inovação iniciem suas operações no Polo
Industrial e Tecnológico da Saúde (Pits) do Ceará, no Eusébio, totalizando um
investimento de aproximadamente R$ 40 milhões. As obras dessas unidades deverão
começar ainda neste ano. E outras cinco empresas do setor ainda negociam com o
governo para se instalar no Pits.
Além dessas unidades, a
expectativa é de que até 2023 seja concluído, ao lado do prédio da Fiocruz, o
Centro Tecnológico de Plataformas Vegetais (Bio-Manguinhos), a primeira fábrica
de vacinas da Fiocruz fora do Rio de Janeiro, cujo investimento é estimado em
R$ 700 milhões. Atualmente, a obra da primeira unidade de Bio-Manguinhos está
em fase de terraplenagem.
"Já temos várias empresas
interessadas em se instalar no polo, inclusive com protocolo de intenção
assinado. E vamos ter ainda a futura fábrica da Bio-Manguinhos, investimento
que irá consolidar o polo de saúde. Agora, vamos trabalhar para garantir os
recursos para a fábrica. Vamos nos agarrar nessa questão", disse o
governador Camilo Santana, na manhã de ontem, durante a inauguração oficial da
unidade da Fiocruz no Pits.
O Polo Industrial e
Tecnológico da Saúde demandou um investimento de R$ 180 milhões, por parte do
Governo do Estado, da Fundação Oswaldo Cruz e do Ministério da Saúde.
Pesquisa
Segundo a presidente da
Fiocruz, Nísia Trindade Lima, nos próximos quatro anos, o Polo de Saúde já deve
mostrar resultados consistentes em pesquisa, principalmente no campo de
diagnósticos e de desenvolvimento de biofármacos.
"Vamos complementar essa
inauguração com a construção de Bio-Manguinhos, nos próximos três anos. E,
desenvolvimento completo, nos próximos quatro anos, certamente já estaremos
finalizando importantes projetos de pesquisa", disse a presidente durante
a cerimônia de inauguração.
Novas unidades
Para os próximos dois anos, o
complexo irá receber as unidades Nuteral, Point Suture e Instituto Atlântico,
com um investimento total de aproximadamente R$ 40 milhões.
Todas essas empresas já
assinaram protocolos de intenção com o Governo do Estado, por meio da
Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) e Agência de Desenvolvimento do
Estado do Ceará (Adece).
"Nós já tínhamos oito
empresas em negociação para se instalar no polo. Destas, três empresas já
indicaram que vão vir, inclusive iniciando as obras de imediato, provavelmente
neste ano. E a gente acredita que elas possam entrar em operação num prazo de
24 meses, o que é razoável para empresas do setor", disse Eduardo Neves,
presidente da Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece).
Instituto Pasteur
Quanto à instalação do
Instituto Pasteur no Pits, inicialmente prevista para ocorrer neste ano, o
governador disse que as negociações continuam e que a Fiocruz disponibilizou um
espaço para que o instituto francês pudesse funcionar no polo até que tenha uma
sede própria.
"Vamos fazer tudo o que
for possível", disse Camilo Santana.
Em agosto do ano passado, o
então presidente do Instituto Pasteur, Christian Bréchot, em visita ao Pits,
disse que a instituição tinha interesse em fazer parte do polo de saúde.
Na ocasião, o presidente da
empresa francesa, um dos maiores centros de pesquisa de saúde do mundo, afirmou
que esperava firmar esse acordo com o Governo do Ceará e começar a trabalhar no
Estado, "provavelmente", até o fim de 2018.
Na oportunidade, foi assinado
um termo de cooperação entre o Governo do Estado, Fiocruz e Instituto Pasteur.
"Há muito interesse (em
instalar uma unidade do Pits), mas o Instituto Pasteur teve uma mudança na sua
direção, e acredito que até novembro nós possamos ter uma definição de prazos e
datas", disse Nísia Trindade.
Foto: Natinho Rodrigues, por
Bruno Cabral - Repórter
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