Melatonina
Avaliar a capacidade das células tumorais de
produzir o hormônio melatonina pode se tornar uma estratégia inovadora
para medir o grau de malignidade em alguns tipos de câncer, entre eles tumores
do sistema nervoso central, pulmão, intestino, pâncreas e bexiga.
O nível de melatonina indica o grau de malignidade
de tumores - quanto maior é a produção de melatonina pelas células tumorais
menos agressiva é a doença e maior o tempo de sobrevida do paciente.
Regina Markus e seus colegas da USP descobriram
que, nesses tipos de câncer, o nível de expressão dos genes codificadores das
enzimas que sintetizam e degradam a melatonina está diretamente associado à
malignidade do tumor - quanto maior a produção local de melatonina, maior será
a sobrevida dos pacientes.
A melatonina é o hormônio que sinaliza para o
organismo que está escuro e, portanto, é hora de ir dormir.
"Estamos agora avaliando [...] a possibilidade
de criar um kit para medir o nível de melatonina em amostras de tecido tumoral
obtidas por biópsia. Além de auxiliar no prognóstico da doença, a tecnologia
abriria caminho para novas abordagens terapêuticas," disse Regina.
Os trabalhos da pesquisadora com melatonina tiveram
início nos anos 1990, quando ela demonstrou que esse hormônio pode ser
produzido em outros locais do organismo além da glândula pineal, situada dentro do cérebro, como até então
se acreditava.
Graças a esses trabalhos, hoje se sabe que, quando
há um estímulo inflamatório em alguma parte do corpo, para montar uma resposta
de defesa o sistema imunológico desativa a produção de melatonina
na glândula pineal, já que o hormônio impede a migração das células imunes até
o local do ataque. Depois que a ameaça é reduzida, as próprias células de
defesa passam a secretar melatonina no tecido afetado para evitar danos
desnecessários, até finalmente o organismo voltar à situação normal. Esse eixo
imune-pineal é regulado por um complexo proteico chamado NF-kB (fator nuclear
kappa B), um conhecido mediador inflamatório.
Melatonina
e câncer
Segundo Regina, há casos em que o organismo não
consegue, por algum motivo, voltar à condição fisiológica normal e a produção
periférica de melatonina é mantida. Ou então a produção pela pineal não é
recuperada e o organismo, que aparentemente está bem, fica mais propenso ao
surgimento de doenças. "Foi com esse raciocínio que resolvemos investigar
a relação entre melatonina e câncer," disse.
Segundo a pesquisadora, a melatonina em si não
poderá ser usada no tratamento porque atua por múltiplos mecanismos de ação e
pode não favorecer a contenção do tumor em alguns pacientes.
"É fundamental conhecer as possíveis variáveis
do sistema antes de intervir, pois são diferentes em cada paciente. Acreditamos
que o ideal seja uma terapia individual precedida por exame laboratorial
mostrando que o tratamento não será prejudicial. Por esse motivo, estamos
trabalhando no desenvolvimento de um kit para avaliar a produção de melatonina
no tecido tumoral. Acreditamos que seja possível fazer um teste barato,
semelhante ao usado para medir glicose no sangue", disse a pesquisadora.
Antes de lançar a tecnologia para avaliação do
prognóstico, contudo, será preciso validá-la em amostras de biópsia dos
diversos tipos de tumores sólidos estudados, processo que deve demorar cerca de
três anos.
Imagem: Regina P. Markus, Com informações da
Agência Fapesp
1 comentários:
Olá amigos eu estou usando Melatonina já faz 4 anos e estou tendo ótimos benefícios pois tenho uma noite de sono muito boa.
Acordo bem descansada, isso que durmo apenas 6 horas por noite.
A única dificuldade é para conseguir comprar a Melatonina precisa de Receita Médica, eu estou conseguindo comprar Melatonina sem Receita Médica nessa loja virtual:
ciadosuplemento.com
Eles enviam para qualquer Cidade o Brasil pelos Correios.
Postar um comentário