O Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) promoveu, no dia 20 de junho, o workshop‘Caminhos para
cidades inteligentes’, em parceria com profissionais da Universidade de São
Paulo (USP). Foram compartilhadas linhas de pesquisa desenvolvidas tanto na
universidade quanto no Instituto, a fim de possibilitar a integração de
competências entre as instituições e estabelecer parcerias em campos de
interesse mútuo.
O evento contou com abertura
da diretora-presidente do IPT, Zehbour Panossian, que apontou a importância de
ações e do incentivo às políticas públicas voltadas ao bem estar do cidadão. “O
desejo é de esse tema, voltado para a qualidade de vida das pessoas, unir ainda
mais as duas instituições”, declarou. Alessandro Santiago, um dos coordenadores
do projeto do IPT junto à Fapesp, com foco em cidades inteligentes e indústria
4.0, mediou o evento.
Pela USP, palestraram os
professores Miguel Bucalem, coordenador científico do Núcleo de Apoio à
Pesquisa USP Cidades, e Fábio Kon, membro do projeto InterSCity – Ciência e
computação a serviço das cidades. Eles apresentaram as linhas de pesquisa de
ambos os projetos, que focam no uso de Inteligência Artificial, Internet das
Coisas (IoT), sensores e outras tecnologias a serviço de diversos setores, tais
como mobilidade urbana, saúde e transportes, entre outros, com foco no
estabelecimento de boas práticas e recomendações para políticas públicas e em
mecanismos e instrumentos para implementação de melhorias pelos gestores
públicos.
Nestor Kenji Yoshikawa,
pesquisador do IPT, fala sobre projeto junto à Fapesp em mesa redonda
Uma mesa redonda composta por
seis pesquisadores do IPT foi responsável pela apresentação dos dois eixos de
pesquisa propostos pelo Instituto e aprovados pela Fapesp para a chamada
voltada à modernização dos institutos estaduais de pesquisa: indústria 4.0 e
cidades inteligentes. Cada um dos profissionais falou sobre as áreas de atuação
que o projeto deve contemplar: sistemas ciberfísicos, sensoriamento inercial
autônomo, gestão de florestas urbanas em tempo real, desastres ambientais,
gestão de áreas contaminadas e metrologia avançada.
“A ideia é aumentar a
capacidade do Instituto de conduzir pesquisa aplicada em prol da qualidade de
vida dos cidadãos. A integração dessas linhas de pesquisa e o desenvolvimento
de conhecimento e tecnologia é fundamental. A parceria entre IPT e USP nesse
projeto, que prevê inclusive bolsas no Brasil e exterior e auxílio a jovens
pesquisadores, é muito importante”, aponta Santiago.
Por fim, Alex Vallone, gestor
de parcerias públicas do IPT, falou sobre o convênio com a Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação para a implantação de
um ambiente de demonstração de soluções para cidades inteligentes no campus do
IPT. Vallone apresentou as soluções que devem ser desenvolvidas, ligadas à
gestão de arborização urbana, desastres naturais, mapeamento sonoro, energia
solar, gestão de águas e mobilidade urbana, entre outras áreas de atuação.
“Temos três públicos-alvo
principais: os gestores públicos, a comunidade acadêmica e estudantes. No caso
das empresas, elas podem entrar como desenvolvedoras de tecnologia, a fim de
integrar esse ambiente de demonstração, em uma espécie de showroom de
integração de soluções. A ideia é que não seja um projeto fechado, mas que
evolua sempre”, explica ele.
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