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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Ministro diz que falta investimento em atenção básica

Gilberto Occhi atribui a 'fake news' vacinação de crianças contra a gripe abaixo da meta

O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, disseontem que o país precisa aumentar os investimentos em atenção básica, que agrupa os serviços de saúde que podem prevenir doenças ou impedir que se agravem. No Brasil, esse serviço é oferecido nas chamadas Unidades Básicas de Saúde e através de programas como o Saúde da Família, que inclui o trabalho de agentes visitando residências. Ele também defendeu a maior oferta de especialistas no serviço público, mas não apresentou ações concretas do governo capazes de atacar o seu diagnóstico.

- É preciso melhorar esse ramo de cuidados - afirmou o ministro ao participar de um fórum sobre saúde e prevenção organizado pelo LIDE, entidade formada por empresários, em São Paulo. - Hoje, nós não temos um exame oftalmológico na atenção básica, por exemplo. Precisamos avançar e oferecer isso. É o tipo de estratégia que poderia evitar cirurgia futuras, problemas mais graves.

COBERTURAS CAEM ANO A ANO

Occhi atribuiu ontem à propagação de notícias falsas a baixa cobertura de vacinação entre crianças. Ele chegou a essa conclusão ao avaliar o desempenhoda campanha de vacinação contra a gripe este ano entre crianças com até 5 anos. A cobertura no grupo ficou em torno dos 73%, muito abaixo da meta de 90%.

- Todos os demais grupos prioritários, como idosos e profissionais de saúde, tiveram boa cobertura - disse Occhi, elencando entre os fatoras que podem ter interferido na vacinação de crianças boatos disseminados na internet e um possível desinteresse dos pais por imunizar seus filhos. - Temos uma questão que afeta o mundo inteiro, que são as fake news (notícias falsas). Temos que combater isso, mostrar para a população que a vacina é segura e importante.

Segundo ele, não é a primeira vez em que a vacinação em crianças fica abaixo do ideal. Segundo ele, a cobertura no grupo de até 5 anos ficou em tomo de 77% em 2017. Um informe do Ministério mostra que, entre 2011 e 2017, a meta de cobertura para esse grupo somente foi atingida em 2012 e 2013. Outras vacinas importantes, como as contra poliomielite, rubéola e caxumba sofrem de problema semelhante: as coberturas caem ano a ano. Occhi afirma que o ministério pensa em reformular sua estratégia para o ano que vem, e focar na vacinação em escolas e creches.

O Globo


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