Programa será ampliado para
quatro capitais e o Distrito Federal. A proposta visa fortalecer o atendimento
na atenção básica e permite qualificar e reduzir as filas de espera no
atendimento especializado
Crédito: Erasmo Salomão/MS
O ministro da Saúde, Gilberto
Occhi, lançou nesta quinta-feira (28) o projeto Regula+Brasil para mais quatro
capitais e o Distrito Federal com o objetivo de reduzir as filas de atendimento
no Sistema Único de Saúde (SUS). A ação vai permitir a expansão do programa
Telessaúde Brasil Redes do Ministério da Saúde, com foco na teleregulação. O
programa já em prática no interior do estado do Rio Grande do Sul atua como um
ente regulador entre o atendimento na atenção básica e o encaminhamento para a
média e alta complexidade.
Com a medida, o paciente que
necessita do encaminhamento especializado passa de imediato por uma avaliação
feita por uma equipe de médicos, que participam do núcleo remoto de regulação
proposto no projeto. Esses profissionais de forma integrada a uma rede de
Telemedicina avaliam com bases em protocolos o caso do paciente com o objetivo
de acelerar o processo de direcionamento aos ambulatórios especializados. No
encaminhamento, os médicos já indicam a prioridade do caso dentro de uma escala
que vai de um a quatro de acordo com a gravidade.
Para o ministro da Saúde,
Gilberto Occhi, a medida vai permitir solucionar um gargalo da saúde, que são
as filas de espera. “Estima-se que o atendimento na atenção básica resolva 80%
dos problemas de saúde da população, ou seja, o projeto Regula+Brasil é mais
uma ferramenta de qualificação para o sistema que busca incentivar o
aprimoramento e os melhores resultados em saúde no SUS”, reforçou o ministro.
A ação permite ainda que os
médicos do núcleo remoto de regulação em caso de dúvidas sobre o encaminhamento
do paciente entre em contato com o profissional da Unidade Básica de Saúde
(UBS) para rediscutir o caso. A medida vai evitar que o paciente seja
encaminhado de forma desnecessária a especialistas, além de reduzir filas de
espera no atendimento. A ação aumenta ainda a taxa de resolução na própria
unidade de saúde e ajuda a capacitar os médicos das UBS a partir da discussão
de casos.
Segundo dados do projeto
TelessaúdeRS, que já atua no Estado de Rio Grande do Sul, após 20 meses de
projeto foi possível reduzir o número de pacientes em fila de espera em 50%, o
tempo na fila de espera caiu em 60% e a qualidade do encaminhamento melhorou.
Observou-se também que, a partir da troca de experiência e discussão de casos
com os médicos das Unidades Básicas de Saúde (UBS), houve um aumentou na taxa
de resolução dentro da própria unidade de saúde, evitando em 25% o número de
novos encaminhamentos.
PROADI-SUS
Com a ampliação do
Regula+Brasil as capitais Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Maceió e o
Distrito Federal vão começar a contar com essa iniciativa. O projeto é mais uma
ação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de
Saúde (Proadi-SUS) do Ministério da Saúde, desenvolvido pelo Hospital
Sírio-Libanês em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) e a Prefeitura de Porto Alegre.
O projeto irá contar com um
investimento de R$ 37 milhões por meio de isenção fiscal provenientes do
PROADI. O programa possibilita que as entidades de saúde de referência
assistencial participem do desenvolvimento do SUS, transferindo tecnologias de
gestão e de atenção úteis para serem adaptadas pela rede pública, além de
desenvolverem pesquisas.
Para atender a nova demanda,
incluindo as quatro capitais e o Distrito Federal, serão instituídos dois
núcleos de atendimento, um em Porto Alegre, que já existe, e outro no Distrito
Federal. Os núcleos atenderão 8 horas por dia, por meio de um telefone gratuito
0800 644 6543, e atuarão proativamente para acelerar a resolução de casos.
“Este projeto amplia a capacitação da atenção primária por meio da discussão de
casos reais dos médicos das UBS, reduzindo o isolamento dessas equipes e
oferecendo suporte de um time remoto formado por médicos de família e
especialistas”, explica César Biselli, médico responsável pelo projeto do
Hospital Sírio-Libanês.
Por Alexandre Penido,
da Agência Saúde
Atendimento à imprensa
(61) 3315-3580/2898/2745
Informações para a imprensa
Hospital Sírio-Libanês
Vanessa Rodrigues/Rose Guirro
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