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domingo, 24 de junho de 2018

Tecnologia consegue detectar Zika em Aedes 18 vezes mais rápido

Técnica baseada em análises químicas por raios infravermelhos consegue reduzir o custo do monitoramento de Zika no mosquito

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) apostam em nova tecnologia para aperfeiçoar a vigilância da circulação do vírus da Zika. A técnica conhecida como “espectroscopia no infravermelho próximo” é capaz de agilizar em até 18 vezes e de baratear em até 116 vezes o monitoramento da presença do zika em mosquitos Aedes aegypti.

Em comparação ao método tradicional, considerado de alto custo, demorado e invasivo, a nova técnica apresenta características proporcionalmente opostas. “Toda a relação custo x benefício da nova técnica frente à tradicional se torna ainda mais expressiva quando levamos em conta que, devido à burocracia para a compra e recebimento de reagentes importados, esses itens muitas vezes demoram a chegar, atrasando a capacidade de resposta de um laboratório”, afirma Lilha Maria Barbosa dos Santos, que atua no projeto enquanto estudante de doutorado do Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária do IOC/Fiocruz.

Antes da implementação do projeto, serão realizados testes em mosquitos Aedes aegypti coletados na natureza já que, até o momento, foram realizados testes em condições artificiais, com a infecção do mosquito provocada em laboratório. Além disso, deve-se avaliar a técnica com outros vírus como dengue e Chikungunya, assim como o parasita causador da malária. “Com essa tecnologia, o IOC e outros institutos de ciência e saúde serão capazes de responder de forma mais acelerada, e com menor custo, a diversos problemas de saúde pública”, finaliza o pesquisador, Rafael Freitas.



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