Técnica baseada em análises químicas por raios infravermelhos consegue reduzir o custo do monitoramento de Zika no mosquito
Pesquisadores do Instituto
Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) apostam em nova tecnologia para aperfeiçoar a
vigilância da circulação do vírus da Zika. A técnica conhecida como
“espectroscopia no infravermelho próximo” é capaz de agilizar em até 18 vezes e
de baratear em até 116 vezes o monitoramento da presença do zika em
mosquitos Aedes aegypti.
Em comparação ao método
tradicional, considerado de alto custo, demorado e invasivo, a nova técnica
apresenta características proporcionalmente opostas. “Toda a relação custo x
benefício da nova técnica frente à tradicional se torna ainda mais expressiva quando
levamos em conta que, devido à burocracia para a compra e recebimento de
reagentes importados, esses itens muitas vezes demoram a chegar, atrasando a
capacidade de resposta de um laboratório”, afirma Lilha Maria Barbosa dos
Santos, que atua no projeto enquanto estudante de doutorado do Programa de
Pós-graduação em Biologia Parasitária do IOC/Fiocruz.
Antes da implementação do
projeto, serão realizados testes em mosquitos Aedes aegypti coletados
na natureza já que, até o momento, foram realizados testes em condições
artificiais, com a infecção do mosquito provocada em laboratório. Além disso,
deve-se avaliar a técnica com outros vírus como dengue e Chikungunya, assim
como o parasita causador da malária. “Com essa tecnologia, o IOC e outros
institutos de ciência e saúde serão capazes de responder de forma mais
acelerada, e com menor custo, a diversos problemas de saúde pública”, finaliza
o pesquisador, Rafael Freitas.
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