Ferramenta é capaz de gerar
relatório em tempo real, conforme os profissionais respondem ao questionário,
por e-mail ou com o uso de tablets e smartphones.
Já está disponível para
preenchimento o “E-Questionário de Cultura de Segurança Hospitalar”,
sistema eletrônico para avaliação rápida e confiável da cultura
de segurança do paciente (CSP) em hospitais. A iniciativa é da
Anvisa, em parceria com o Grupo de Pesquisa do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) QualiSaúde da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O
lançamento integra as atividades da Agência previstas para a
celebração do Dia Nacional da Segurança do Paciente, comemorado
em 1º de abril.
O
sistema conta com dois aplicativos gratuitos que dispõem de uma
versão traduzida e adaptada para o Brasil da Pesquisa Hospitalar sobre
Cultura de Segurança do Paciente (Hospital Survey on Patient Safety Culture - HSOPSC) da Agência
de Pesquisa e Qualidade em Saúde (Agency for
Healthcare Research and Quality - AHRQ) dos Estados
Unidos (EUA).
O sistema permite a
profissionais de saúde o preenchimento e o envio automático de
questionários, gerando indicadores referentes às 12 dimensões da
CSP. Essas dimensões incluem tópicos como a frequência de eventos
adversos (EAs) notificados, percepção de segurança e trabalho em
equipe.
As dimensões contemplam
também expectativas e ações da direção ou supervisão da unidade,
comunicação sobre erros identificados, além de informações sobre o apoio da
gerência do hospital para a segurança do paciente, entre outros.
O relatório é produzido em
tempo real, conforme os profissionais respondem ao
questionário, por e-mail ou com o uso de tablets e smartphones, facilitando
o feedback aos interessados e contribuindo para a promoção
de intervenções de melhoria nos serviços.
A Anvisa já estimulou a
participação dos serviços de saúde nessa avaliação em 2019 e pretende que em
2021 mais instituições participem dessa avaliação nacional. Acesse aqui o
formulário: Avaliação da cultura de segurança do paciente.
Sigilo
Todas as informações enviadas
no cadastro do aplicativo e obtidas pela avaliação da cultura são sigilosas.
Portanto, não serão divulgados, em nenhum momento, os nomes do
hospital avaliado, do responsável pela avaliação e dos profissionais respondentes.
A Anvisa, as Coordenações
Estaduais/Distrital e Municipais dos Núcleos de Segurança do Paciente
da Vigilância Sanitária (NSPs Visa) e o Grupo de Pesquisa
CNPq/UFRN QualiSaúde solicitam aos Núcleos de Segurança do Paciente
(NSPs) dos hospitais do país que coordenem localmente esta atividade,
estimulando a liderança e os profissionais da assistência de sua
instituição a responderem ao “E-Questionário
de Cultura de Segurança Hospitalar”.
Avaliação permanente
A Gerência de Vigilância
e Monitoramento em Serviços de Saúde (GVIMS), vinculada à Gerência Geral
de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES), informa que o instrumento está
disponível de forma permanente, mas os hospitais que iniciarem sua avaliação
até o dia 30 de setembro de 2021 poderão comprovar esta atividade no ano
corrente.
Em 2021, além da Anvisa, as
Coordenações estaduais, municipais e distrital dos NSPs Visa irão
gerenciar a ferramenta, por esfera de gestão, possibilitando a emissão de
relatórios com dados agregados (estaduais, distrital, municipais e regionais).
Importância
Para a Anvisa, a mobilização
em torno do Dia Nacional da Segurança do Paciente deve estimular a
reflexão sobre as práticas e os esforços realizados para
aprimorar a segurança do paciente nos diversos ambientes de cuidado à
saúde, ajudando a mudar a estimativa de que, aproximadamente, uma em cada dez
admissões hospitalares resulta na ocorrência de ao menos um evento adverso.
Especialmente neste contexto
de pandemia da Covid-19, o olhar para a redução de riscos assistenciais é ainda
mais crítico. Sabe-se que a identificação atenta dos riscos aos quais os
pacientes estão sujeitos tem impacto direto na qualidade do cuidado, pela
oportunidade de implementação de práticas de segurança nos serviços de saúde.
Se implantadas, medidas
simples e efetivas podem prevenir danos, uma vez que cerca de
50% dos EAs são evitáveis. Algumas delas são a identificação
correta do paciente, a segurança no uso de medicamentos e a
realização de cirurgia em local de intervenção, procedimento e paciente
corretos. Também integram o rol de ações a higienização das mãos e outras
medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde (Iras),
a prevenção de quedas e lesões por pressão e notificação
de EAs, entre outras.
Contudo, para implementar essas medidas, é necessário promover a cultura de segurança do paciente no sistema de saúde. Valorizar a segurança, trabalhar em equipe, abrir-se para a comunicação, manter a aprendizagem contínua diante de erros e riscos são comportamentos e atitudes desejáveis, alinhados à política de segurança do paciente instituída nacionalmente.
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